Era aquela também a primeira noite em que se apresentaria a primeira das três cantoras escaladas para o evento e assim, com a casa lotada - afinal, era sexta-feira -, entrou no palco René Marie, uma cantora tão estilosa em seu penteado quanto talentosa em sua interpretação, sua voz muito bem dosada nas variações de cada número escolhido, demonstrando um vasto range. René, além de seus músicos, trouxe como coringa o renomado trompetista Jeremy Pelt ao palco, atuando na quase totalidade dos números.
A série de temas apresentados por René Marie - a moça andou algum tempo afastada do biz por conta exatamente de problemas que teve com outra versão do hino americano, considerada racista - que vem voltando com força ao panorama musical norte-americano, agradou bastante à platéia presente, ávida, no entanto, para ver/rever a atração principal da noite, a bandaça reunida para comemorar os 50 anos da gravação do disco de jazz mais vendido da história.
Para René, sua personalidade forte e sua voz bem interessante, @@@,5.
Logo em seguida ao intervalo foi anunciada, com pompa e circunstância, a razão maior para que a platéia ali estivesse ocupando cada centímetro do espaço. O retorno da banda arregimentada por Jimmy Cobb para reencenar, re-tocar, repetir ou refazer o que já tinha sido bom na véspera. E essa mesma banda superou-se.
E assim, a magia de Kind of Blue pode ser sentida plenamente, atendendo às mais exigentes expectativas da platéia repleta, diga-se, de jovens de ambos os sexos vivamente interessados na arte jazzística, o que nos impressionou muito favoravelmente, vez que, em outros festivais que temos frequentado, há certa predominancia de cabecinhas brancas no panorama das platéias.
Uma apresentação de gala para essa brilhante sacada do Toy: @@@@@, plenas.
(segue)
Fotos: Guto Nóbrega / Mila Maluhy
Um comentário:
Feliz de quem teve uma grande e rara oportunidade de presenciar uma apresentação desse naipe.
Só de me imaginar presente (lendo esta narrativa) eu já fiquei "arrepiado".
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