Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 54 – AS CANTORAS DE BLUES 2 - CLARA SMITH

20 fevereiro 2009

Pouco se sabe sobre o início da vida de Clara Smith, mas nasceu em Spartanburg, South Carolina no ano de 1894. Trabalhou desde a infância em espetáculos vaudeville acabando por se tornar uma estrela popular do circuito T.O.B.A (Theatre Owners Booking Association, uma organização tipo sindical de empresários que agenciava atrações para shows com artistas negros incluindo bandas de Jazz e cantoras de Blues).
Em 1923 foi para o Harlem onde atuou em cabarés, teatros e iniciou gravações exclusivas para a Columbia Records acompanhada nada menos que pelos pianistas Fletcher Henderson e James Price Johnson e depois por Louis Armstrong, Coleman Hawkins, Joe Smith e Don Redman. Atuou regularmente no Stroller’s Club em New York durante o final dos anos 1930 e por 6 meses na Orchestra Gardens em Detroit.
Muitos críticos consideram que as gravações ficam apenas atrás das de Bessie Smith (que realmente são fantásticas). As duas cantoras foram amigas íntimas até que certa noite em 1925 Bessie muito alcoolizada surrou Clara.
Interessante que Clara deu a Josephine Baker seu primeiro gostinho do teatro aos 13 anos ao empregá-la em sua companhia musical emprestando-lhe inclusive suas roupas para atuar.
Clara continuou gravando até 1932 e atuando em teatros até sua morte em fevereiro de 1935 em Detroit de ataque cardíaco. Foi cognominada ― Queen of the Moaners (Rainha dos Gemidos) e a canção Awful Moaning Blues ilustra bem seu estilo.
Gravou 3 duetos com a Bessie Smith, coisa rara, cantoras de Blues cantarem juntas e as canções foram: Far Away Blues, I'm Going Back To My Used To Be e My Man Blues das quais escolhemos a primeira.

Awful Moaning Blues (Stanley S. Miller) – Clara Smith vocal e Fletcher Henderson ao piano
Gravação Original – 13/set/1923 – New York – Columbia A4000
Fonte: CD Clara Smith Vol. 1 (1923-1924) – selo Document DOCD5364 – 2002 -UK
Far Away Blues (George Brooks) – Clara Smith e Bessie Smith vocais e Fletcher Henderson ao piano - NOTA - a segunda voz é a de Bessie
Gravação Original – 4/out/1925 – New York – Columbia 13007-D
Fonte: Complete Recordings Vol. 1 CD - Bessie Smith - selo Columbia/Legacy - Forever Gold – 1991 - USA

3 comentários:

APÓSTOLO disse...

Prezado MÁRIO:
Magnífico contraste entre 02 vozes tão belas e características.
A 2ª voz é fascinante, com o vibrato típico de Bessie: uma assinatura.

APÓSTOLO disse...

Claro que escreví sobre o "Far Way Blues".

Anônimo disse...

Belissimo presente...!