Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

Histórias do Jazz n° 65

27 janeiro 2009

RONALD BIGGS E O JAZZ

Existem coisas que realmente surpreendem no grande mundo do Jazz. Quem diria que um dia eu viria a ser apresentado a Ronald Biggs, um dos famosos personagens do grande roubo do trem pagador em Londres, e com ele conversar longamente sobre um assunto realmente palpitante - o JAZZ. Foram três encontros agradáveis e interessantes onde o Jazz foi o tema principal até porquê, jamais eu quis saber onde estava o dinheiro , produto do grande roubo. A primeira vez foi na sala de Arlindo Coutinho, nos tempos da Sony Music , onde depois do expediente havia um chá escocês servido em xícaras de café, como nos tempos dos “speaky easy” durante a lei seca nos Estados Unidos. Biggs tratava do contrato de seu filho Mike, um dos integrantes do grupo “Turma do balão mágico” que fazia grande sucesso na vendagem de discos.
O segundo encontro foi durante um almoço no Lamas com Coutinho. Observei que as pessoas olhavam para a nossa mesa , algumas surpresas, talvez querendo saber qual o assunto daquela animada conversa . Foi quando soube que Biggs era ouvinte assíduo de “O Assunto é Jazz”, principalmente do bloco “O Beco das Big-Bands”, apresentado por seu compatriota Maxwell Johnstone. Gostava e conhecia bastante sobre as grandes orquestras americanas e inglesas, das quais destacava a de Ted Heath.
O terceiro encontro foi durante dois dias na “Casa da Suiça”, numa promoção intitulada “O Clube da Conversa”. Eu Coutinho e Biggs fomos entrevistados por algumas jornalistas que nos fotografaram e prometeram nos dar cópias das fotos. Como era de se esperar as fotos nunca foram publicadas e muito menos vistas por nós. O assunto reinante foi o Jazz e depois de algumas doses do chá escocês fui para o piano incentivado por Coutinho. Claro que o entusiasmo dos presentes ajudou na armação e deu para enrolar por quase meia hora. Voltando para a mesa, fui surpreendido por Biggs que me deu o seu livro “RONALD BIGGS – Odd man out” e fez questão de autografá-lo e dedicar ao casal Luiz Carlos Antunes. Corria o ano de 1994 e devo dizer que foi muito interessante esses encontros , mostrando mais uma vez a força do Jazz. Resolvi incluir esse relato nas minhas histórias ao saber que Biggs, preso em Londres e possivelmente com seus dias contados merecia essa referência.

llulla

2 comentários:

Anônimo disse...

Biggs virou personagem da cena carioca nos anos 70 como o larápio q se deu bem.Confesso q me comovi pela dedicação do filho Mike ao pai nos últimos anos e também pela atitude de Biggs em se entregar de forma espontânea para fazer jus ao sistema de saúde pública da Inglaterra, mesmo abdicando de sua liberdade pessoal.Nem com todo dinheiro q obteve pelo assalto (q não foi grande coisa ) e as cobranças pelas entrevistas lhe garantiram a "segurança" de um bom plano de saúde na velhice.

APÓSTOLO disse...

LULA:

Quando "O Assunto É Jazz", esquecem-se marotices do passado, aliás devidamente redimidas com a entrega espontânea às autoridades de Sua Majestade, como bem assinala o confrade EDÚ.