
Tão rápida foi a transformação do pós-efebo em senhor quarentão que mal tive tempo de ligar-lhe, aos 45 minutos da madrugada daquele sábado, segundo ele, já em acelerado estado de fuga das faculdades gerais, por conta de uma degustação de cevada e lúpulo, com passagem pelo trigo, seguida de uma jóia rara da República Dominicana (Arturo Fuente, hoje um dos bons charutos do mercado, em qualidade e preço e vindo en directo)para a felicitação de praxe, ao som dos saxes afiadíssimos do Idriss B. e do Widor S., acompanhados, no Esch Café, pelo M. Tommaso, pelo T.Botelho e por um baterista de quem não me lembro o nome. Tentei ainda fisgá-lo para o set que ali se iniciava, de modo a poder fazer um brinde à tão relevante passagem. Preso às iniciativas familiares para o mesmo efeito, sabiamente declinou da comemoração jazzística em vista do adiantado da hora e, muito provavel, do tom pastoso do convite.
O fato é que, se ele próprio não menciona, hoje, o "desprestígio" de que nem um confrade sequer tivesse postado mísera nota a respeito, a efeméride natalícia, digna de óbvio registro pela amizade e admiração que todos lhe tem, passaria em branco total. É verdade inquestionável. Atribuída, no meu caso, em parte à crise mundial (17%) e o restante à mera incapacidade de lembrança de postar (83%).
Para tentar corrigir uma desafinada dessa categoria, são necessárias umas cinco execuções repetidas de So What pelo Miles em camara acústica exclusiva, regadas com seu vinho predileto (um Don Melchor 2001 decantado umas duas horas antes). E os membros do CJUB irrompendo porta a dentro, antes da sexta rodada do tema, gritando bem alto: Daviiiiiiiid, parabéns pra você!
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