Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

22 julho 2008

RETRATOS
09. FATS NAVARRO (B)
FILMOGRAFIA E BIBLIOGRAFIA

FILMOGRAFIA
A menos de “fotos” inseridas em documentários (aí incluindo-se o episódio “Risco” do documentário “JAZZ” de Ken Burns), desconhecemos filmes específicos com a participação de “Fats” Navarro, o que constitui grave lacuna para a história filmada da “Arte Popular Maior”.
Entende-se que com a greve de gravações na primeira metade dos anos 40 do século passado (“recording ban” da The American Federation Of Musicians, iniciada em 01/agosto/1942 e prolongada até novembro/1944 sob a liderança de James Caesar Petrillo, que proibiu expressamente todos seus músicos afiliados de gravar discos, dando como resultado o fato de que nenhum músico entrou em estúdio para gravar), muito deixou de ser registrado na cera e no celulóide, exatamente na época em que o “bebop” nascia e quando “Fats” Navarro iniciava sua atividade plena; todavia com a interrupção da greve “Fats” prosseguiu atuando e gravando até 1950, daí porque lamenta-se que esse músico maior em seu instrumento, o trumpete, não tenha tido filmografia preservada.
Ainda reservamos algumas esperanças quanto ao surgimento desse ou daquele documento filmado inédito, como temos tido alguns, por exemplo, na série “Jazz Icons” e outras. Sempre haverá um arqueólogo para presentear-nos ! ! ! . . .

BIBLIOGRAFIA
“Fats” Navarro
é presença obrigatória em todas as obras escritas sobre JAZZ, daí porque e apesar de sua curta estada entre os vivos a bibliografia sobre o mesmo é imensa. A seguir listamos apenas 15(quinze) indicações que julgamos merecer destaque para consultas, entre tantas e tantas outras.

01. THE ENCYCLOPEDIA OF JAZZ
Leonard Feather,1ª Edição, 1956 (reimpressão de 1960), U.S.A., dedica verbete a “Fats” Navarro. Do mesmo autor “The Encyclopedia Yearbooks Of Jazz” (apresentação de Benny Goodman) que combina os “yearbooks” de 1956 e 1958, traz a votação dos músicos em seus músicos preferidos. “Fats” Navarro é o indicado por, entre outros, Buddy De Franco, Herb Geller, Carmen McRae e Lennie Tristano, o que constiui justo reconhecimento por músicos de ponta.

02. A HISTÓRIA DO JAZZ
Barry Ulanov, 1ª Edição, 1957(tradução de original americano de 1952), Brasil, destaca “Fats” Navarro como um trumpetista de sonoridade autoritária, quente, leve e vibrante, com um “drive” formidável, adicionado ao estilo e à imaginação de Gillespie; foi o mais consistente dos “beboppers” com um fraseado mais consciente que caprichoso e um técnico extraordinário.

03. GRAN ENCICLOPEDIA DEL JAZZ
Ed. SARPE, 1ª Edição, 1980, Espanha, publica extenso verbete com histórico musical e pessoal de Navarro, com foto do mesmo ao lado de Illinois Jacquet e culminando com uma descrição que nos parece perfeita: “.....además era um incomparable constructor de melodias (a la altura del próprio Armstrong) y su improvisación no se perdia em refinamientos, era concisa y sostenida por uma precisión y una sonoridad de rara belleza.”

04. ABAIXO DE CÃO
Charles Mingus,1ª Edição, 1982 (tradução de original americano de 1971), Portugal, além de diversas referências a "Fats" Navarro, tem seu último capítulo (39º) dedicado ao derradeiro encontro de Mingus com “Fats”, que aquele tinha como “o amigo mais chegado que jamais tivera”, além de músico excepcional.

05. OBRAS PRIMAS DO JAZZ
Luiz Orlando Carneiro, 1986, 1ª edição, Brasil. Nas páginas de 78 a 81 e em companhia de seu alter-ego Tadd Dameron a figura de “Fats” Navarro é sucinta e precisamente focada, assim como as gravações “top” desse músico ímpar.

06. THE MAKING OF JAZZ: A COMPREENSIVE HISTORY
James Lincoln Collier, 1ª Edição, 1987 (reimpressão ampliada do original de 1978), Inglaterra, dedica além de diversas referências pontuais a "Fats" Navarro e 02 páginas de comentários sobre o mesmo acoplados aos sobre Clifford Brown, evidencia a ambos como “tops”, todo um capítulo (páginas 397 a 407) aos “filhos de Bird e Diz”: Clifford Brown, “Fats” Navarro e Sonny Rollins.

07. OS GRANDES CRIADORES DO JAZZ
Gérald Arnaud & Jacques Chesnel, 1ª Edição, 1989 (tradução de original francês de 1985), Portugal, abre o capítulo “O Pavilhão do Jazz” com bela foto de “Fats” Navarro e insere verbete curto mas preciso sobre esse mestre do trumpete.

08. DESCOBRINDO O MELHOR DO JAZZ
Stephen M. Stroff, 1ª Edição, 1994(tradução de original americano de 1991), Brasil, destaca “Fats” Navarro ao longo de 03 páginas dedicadas aos “seguidores” de Gillespie. Atenção: Esse livro é recomendável como um bom panorama sobre o JAZZ em geral, mas contem um erro grosseiro na página 123, ao destacar Ray Brown como “....um dos poucos contrabaixistas brancos influentes dos anos 50....”

09. LOS 100 MEJORES DISCOS DEL JAZZ
Jorge Garcia, Federico G. Herraiz, Federico Gonzales e Carlos Sampayo, 1ª Edição, 1993, Espanha, traz como um dos “100 Melhores” o “The Fabulous Fats Navarro” da Blue Note, que cobre gravações de setembro de 1947 a agosto de 1949 em diversas formações. A indicação é inserida em página inteira dedicada à descrição das características técnicas e musicais de “Fats”.

10. DICCIONARIO DEL JAZZ
Philippe Carles, André Clergeat e Jean-Louis Comolli, 1ª Edição, 1995 (tradução de original francês de 1988), Espanha, traz-nos excelente verbete sobre “Fats”, com 03 colunas muito bem ordenadas cronologicamente e indicação de discografia essencial.

11. MAESTROS DEL JAZZ & BLUES
Editora Planeta, 1995, 1ª Edição, Barcelona, Espanha, tem o número 50 da coleção dedicado a “Fats” Navarro, com 12 páginas e CD contendo 18 faixas com duração de 51’29”. Associada às de outros trumpetistas “bebop”, a biografia de “Fats’ Navarro é bem delineada.

12. JAZZ - THE ROUGH RIDE
Ian Carr, Digby Fairweather e Brian Priestley, 1ª Edição, 1995, Inglaterra, mesmo sendo obra destinada a indicações discográficas, publica verbete sintético mas consistente sobre o trumpetista, com boas referências sobre suas gravações.

13. OS GRANDES DO JAZZ
Edições del Prado S.A.,1ª Edição, 1996/1997(tradução para o português), Espanha, dedica em seu 3º volume um fascículo de 10 páginas a “Fats” Navarro. Biografia sintética, travessia musical e indicações discográficas bem escolhidas.

14. JAZZ - LEGENDS OF STYLE
Keith Shadwick, 1ª Edição, 1998, Inglaterra, é edição luxuosa e ainda assim de bom conteúdo, a par do material fotográfico de primeira linha. A página 243 é inteiramente dedicada a Navarro, classificando-o como “elemento-chave” na evolução do Jazz-trumpete.

15. EL JAZZ - DE NUEVA ORLEANS A LOS ANOS OCHENTA
Joaquim E. Berendt, 4ª Edição (2ª reimpressão), 2002 (tradução de original alemão), México, situa “Fats” Navarro entre os 04 trumpetistas modernos mais importantes na linha gillespiana (Howard McGhee, Kenny Dorham e Miles Davis sendo os outros 03), sublinhando que “......la temprana muerte de “Fats” Navarro provocó entre los jazzistas de su generación lamentos tan grandes como la de Bix beiderbecke entre los músicos del estilo de Chicago....”. Destaca as interpretações ágeis e infalivelmente seguras de Navarro.

Observação - Muitos artigos foram escritos sobre a figura e a obra de “Fats” Navarro nas revistas especializadas. Entre muitos destacamos o artigo de Luca Perini, “Fats Navarro – Oltre Il Bebop” (revista italiana “Música Jazz” de fevereiro/1996, cuja capa sob o título “Addio Gerry", é uma homenagem a Gerry Mulligan, então falecido). Trata-se de uma boa resenha da carreira e da obra discográfica de “Fats”, encerrada focando a importância que ele dedicava á melodia (“the tune”): “...È in questo senso che il genio di Navarro nell’ambito della storia del jazz risulta un crocevia di fondamentale importanza...”

Segue em (C), (D) e (E) - DISCOGRAFIA RESUMIDA

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