As gravações feitas pelo grupo em 1922 e 23 para a Gennett, além de muito sucesso foram usadas por muitas bandas na procura do “idioma” jazzístico delineado por Paul Mares e seu grupo, mais tarde caracterizado como DIXIELAND. O grande Jelly Roll Morton gravou 5 canções com a banda em 1923 e talvez tenha sido, pelo menos oficialmente, a primeira sessão digamos “racialmente mista”, ou seja de músicos brancos com negros já que Morton apesar de muito claro era mulato (ou melhor Creole), porém para o famigerado racismo — um NEGRO. Os NORK dissolveram-se em 1924 e Mares e Roppolo foram para New York ingressando na banda de Al Siegals do clube Mills Caprice no Greenwich Village. Em 1925 Mares retorna a New Orleans e reforma os New Orleans Rhythm Kings com Roppolo e gravam 7 temas para as gravadoras Okeh e Victor. Entretanto, Mares deixa a música para se juntar aos negócios de sua família e pouco depois Roppolo tem severo colapso nervoso que o leva a ser confinado em uma instituição para doentes mentais pelo resto da vida. Mares em 1934 sente saudades do meio musical e recria os NORK, gravando para a Decca e atuando também em New York e Chicago. Novamente se afasta da música até 1945 e nos últimos 3 anos de vida volta a liderar pequeno conjunto se apresentando mais na área de Chicago, principalmente no Tin Pan Alley Club. Falece a 18/ago/1949. Paul Mares foi o primeiro estilista branco do trompete/cornet que caracterizou bem o dixieland, uma considerável influência aos músicos brancos da década de 20.
NEW ORLEANS RHYTHM KINGS – Paul Mares (cornet), Georgie Brunies (tb), Leon Roppolo (cl), Jack Pettis (Cmelody sax), Glenn Scoville (sa, st), Don Murray (st), Chink Martin (tuba), Ben Pollack (bat) e banjo desconhecido.
Gravação original: MILENBERG JOYS (Jelly Roll Morton) de 18/07/1923 - Gennett MM 149 (mx 11551c) – Richmond, Indiana.
Fonte: CD – Jelly Roll Morton Vol. 1 – (1923-1924) – selo Master of Jazz MJCD 19 – 1991- França
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