Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 33 – PAUL MARES

02 dezembro 2007


Paul Mares natural de New Orleans de 15/jun/1900 desde cedo se iniciou no domínio do cornet e quando adolescente foi colega do clarinetista Leon Roppolo e do trombonista Georgie Brunies. Inicía na banda de Tom Brown e depois na de seu amigo Roppolo. Em 1919 decidiu ir para o norte do país onde o jazz já fervilhava, e junto com Brunies ingressaram na banda do barco S.S. Capitol subindo o rio Mississipi. Ao aportarem na cidade de Davenport uma surpresa, o antigo amigo Roppolo também embarca e os três ao chegarem a Chicago procurando trabalho juntaram-se a Elmer Schobel (piano), Frank Snyder (bat), Alfred Loyacano (baixo) e Louis Black (banjo). Iniciaram fazendo uma gig (bico) no Friars Inn, um cabaré dirigido por gangsters, como aliás a grande maioria na época. Agradaram tanto que foram promovidos à banda da casa e se intitularam de — Friars Society Orchestra. Com exceção da Original Dixieland Jass Band, foi a mais influente banda branca dos anos 20. Quando deixaram o Friars tornaram-se conhecidos como os New Orleans Rhythm Kings - NORK.
As gravações feitas pelo grupo em 1922 e 23 para a Gennett, além de muito sucesso foram usadas por muitas bandas na procura do “idioma” jazzístico delineado por Paul Mares e seu grupo, mais tarde caracterizado como DIXIELAND. O grande Jelly Roll Morton gravou 5 canções com a banda em 1923 e talvez tenha sido, pelo menos oficialmente, a primeira sessão digamos “racialmente mista”, ou seja de músicos brancos com negros já que Morton apesar de muito claro era mulato (ou melhor Creole), porém para o famigerado racismo — um NEGRO. Os NORK dissolveram-se em 1924 e Mares e Roppolo foram para New York ingressando na banda de Al Siegals do clube Mills Caprice no Greenwich Village. Em 1925 Mares retorna a New Orleans e reforma os New Orleans Rhythm Kings com Roppolo e gravam 7 temas para as gravadoras Okeh e Victor. Entretanto, Mares deixa a música para se juntar aos negócios de sua família e pouco depois Roppolo tem severo colapso nervoso que o leva a ser confinado em uma instituição para doentes mentais pelo resto da vida. Mares em 1934 sente saudades do meio musical e recria os NORK, gravando para a Decca e atuando também em New York e Chicago. Novamente se afasta da música até 1945 e nos últimos 3 anos de vida volta a liderar pequeno conjunto se apresentando mais na área de Chicago, principalmente no Tin Pan Alley Club. Falece a 18/ago/1949. Paul Mares foi o primeiro estilista branco do trompete/cornet que caracterizou bem o dixieland, uma considerável influência aos músicos brancos da década de 20.
NEW ORLEANS RHYTHM KINGS – Paul Mares (cornet), Georgie Brunies (tb), Leon Roppolo (cl), Jack Pettis (Cmelody sax), Glenn Scoville (sa, st), Don Murray (st), Chink Martin (tuba), Ben Pollack (bat) e banjo desconhecido.
Gravação original: MILENBERG JOYS (Jelly Roll Morton) de 18/07/1923 - Gennett MM 149 (mx 11551c) – Richmond, Indiana.
Fonte: CD – Jelly Roll Morton Vol. 1 – (1923-1924) – selo Master of Jazz MJCD 19 – 1991- França

Nenhum comentário: