Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 26 – FRANK TRUMBAUER

16 agosto 2007



O talento de Frankie Trumbauer talvez tenha sido eclipsado por sua carreira entrelaçada a do genial Bix Beiderbecke, em consagrada aliança Bix & Tram, contudo pode-se atribuir tanto a Bix quanto a ele o estilo mais intelectual que veio a se concretizar mais tarde na escola west coast e na forma cool de execução da "hot music". Lester Young foi a própria imagem ao tenor de Trumbauer.
A par de sua característica intrínsica de uma musicalidade "cool" muito contribuiu o inusitado instrumento — C-Melody sax, ou seja nome dado ao saxofone tenor afinado em dó, um tom acima do tenor usual, intrumento originalmente criado para obras sinfônicas em virtude de seu timbre e do colorido tonal mais delicados.
Trumbauer viveu de maio/1901 a junho/1956 deixando os fundamentos do movimento cool do final dos anos 50 e 60.
Iniciou sua carreira em várias bandas do midwest norte-americano, sendo a mais importante a Sioux City Six de 1924 com o pessoal oriundo dos Wolwerines como Bix Beiderbecke ao cornetim, Min Leibrook à tuba, Vic Moore à bateria e ainda Rube Bloom ao piano e Miff Mole ao trombone.
Em 1925 chegou a se tornar diretor musical da Jean Goldkette's Orchestra atuando com enorme sucesso no Acadia Ballroom em St. Louis contando com Bix, época em que gravou algumas obras magníficas como For No Reason at All in C, Singing the Blues e Wringin' and Twistin'. Depois, juntou-se por algum tempo ao grupo de Adrian Rollini e em 1927 grava com The Chicago Loopers contando com Bix Beiderbecke, Eddie Lang na guitarra, Vic Berton à bateria, Don Murray ao clarinete, Frank Signorelli ao piano e os vocais do Deep River Quintet. Ao final de 1927 até 32 atua na grande orquestra de Paul Whiteman, também junto com Bix.
Após o falecimento de Bix em agosto de 1931, Tram tenta montar uma banda, porém logo em 1933 retorna a Whiteman.
Em meados dos anos 30 toca com Charlie e Jack Teagarden e depois em 1937 lidera uma banda na California com o trompetista Manny Klein. Durante a 2ª Guerra deixa a música indo ser piloto de teste na Army Air Force e ao fim da guerra passou a tocar na NBC Orchestra em New York e a trabalhar como inspetor para a Civil Aeronautical Authority. Muito ocasionalmente executava jazz e ainda fez alguns registros em 1946 e se apresentou no Dixieland Jubilee Bix em outubro de 1952 e após, até sua morte em 1956, ficou totalmente ausente do meio musical.
Além de sonoridade muito pura Tram possuía belas idéias melódicas e harmônicas tendo exercido grande influência em outros excelentes solistas, além de Lester Young, tais como: Benny Carter, Jimmy Dorsey, Johnny Hodges e Willie Smith.
Podemos ouvir uma de suas maiores criações de início de carreira junto com seu amigo Beiderbecke, este ao piano, contudo na coda do tema não resiste ao cornetim.



For No Reason at All in C (Frankie Trumbauer / Bix Beiderbecke) – Frankie Trumbauer no C melody sax, Eddie Lang na guitarra e Bix Beiderbecke ao piano e cornetim.

Gravação original:– Okeh 40871 – 13/maio/1927 - New York
Fonte: LP - The Bix Beiderbecke Story - Bix And Tram Vol. 2 – Columbia - ML-4812 – USA


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