Uma de mestre MaJorCorria o ano de 1989 quando o Hotel Intercontinental e a Pan American Airways, por intermédio de Norma Ilner,enviaram convite para os eventos que integravam um festival de New Orleans que abrangia música e gastronomia. Esse era o terceiro que acontecia e claro, participamos de tudo.
Primeiro o almoço de apresentação à imprensa realizado no Restaurante Monseigneur do próprio Hotel. Assim que chegamos, uma das cantoras, Sadie Black, veio falar comigo para dizer que estava me reconhecendo, pois no festival anterior o jornal “Última Hora” ocupou meia pagina do segundo caderno com uma foto em que eu aparecia no palco ao lado da cantora Wanda Rouzan. Aliás, essa jam session, acontecida na beira da piscina, contou com a participação de músicos brasileiros como Alex Andrade e Juarez Araújo. Conversamos um pouco e ficamos de nos reencontrar dia seguinte, no show que aconteceria depois do jantar.
Ocupamos uma grande mesa redonda com quatro ou cinco casais amigos, entre os quais Arlindo Coutinho e o cidadão Mário Jorge Nascimento Jacques. Jantar de primeiríssima ordem, pontificando um lombinho de porco ao molho de ostras, regado naturalmente por alguns Jambalayas. Começa o show e a cantora Sadie vem à nossa mesa, me cumprimenta e logo depois vem me tirar para dançar “When the Saints Go Marchin'in”. Entrei no cordão, demos as mãos e acabei dando um ósculo na simpática cantora.Veio o intervalo, voltei para a mesa e fui surpreendido com o “groom” do hotel, batendo um sininho e chamando por Luiz Carlos Antunes. Numa bandeja um cartão com os seguintes dizeres: “Lula, I wait for you in my apartment after the show. No more words by now. Sadie”
De saída pensei que fosse brincadeira mas, tendo em vista o carinho com que fui tratado por ela, fui mudando de opinião. Na mesa ninguém se pronunciava mas, surge Sadie para se despedir. Me cumprimenta e eu logo me prontifico a levá-la ao elevador. Aí foram os amigos que ficaram embaraçados pensando “Lula se deu bem”, a brincadeira não vingou. Na porta do elevador nos despedimos mais uma vez e voltei para o restaurante.A mesa estava ansiosa querendo saber o desfecho do romance, até que Mário Jorge, autor do bilhete, informou que era uma brincadeira. Na verdade, não chegou a haver a gozação pois confirmaram que ficaram receosos que eu me desse bem no final das contas. E ficou nisso.
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