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PIANISTAS E SUA FASE PÓS-POP-M****
22 novembro 2006
Alguns, felizmente, provaram da maçã e cuspiram fora. Casos como o do Bill Evans com uns poucos discos usando teclados e mesmo assim dentro de sua ambiência jazzística.
Ocorre que os teclados-samplers abriram uma fantástica e horrorosa possibilidade de criar novos timbres e os tecladistas passaram a contar com um novo filão de mercado, atraindo para si belos contratos. O Eumir Deodato embarcou nesta há décadas e se tornou um dos maiores criadores de timbres do mercado. Este é o campo bosta-pop.
Nesta onda, embarcou gente do calibre de Chick Corea e Herbie Hancock. Talvez mais sábio comercialmente, Corea soube separar as suas bandas Akoustic e Elektric, mantendo a sua produção de belas obras jazzísticas na Akoustic Band destarte a mania de criar timbres na Elektric Band. Hancock, por sua vez, passou a produzir Jazz erraticamente, caiu de boca nesse pós-pop bosta, gravando aquela série insuportável iniciada na Columbia Records desde 'Survival of The Fittest' até 'Thrust'.
A apresentação de Hancock no Festival de Jazz do Rio de Janeiro em 2006 deu bem a medida do material boiante que se jogou no público. Hancock apareceu com 3-4 engenhocas, um saxofonista da pesada, um baixista pirotécnico e uma baterista fungante. Um desrespeito a um público que adquiriu ingresso caro para um espaço de Jazz. A produção do Festival deixou passar, mais interessada no faturamento da lotação esgotada por imberbes de cabelo espetado de olhos vermelhos e vestimenta dark. Oh,yeah.
Felizmente, Ahmad Jamal ainda está vivo, bem como tantos outros que não se contaminaram com o vírus pop para faturar mais. Acima de tudo, ele estava lá naquela mesma noite, do alto de seus quase 80 anos, para mostrar o digno respeito a tudo que construiu. Há muito de Jazz acústico por aí, não há o que reclamar do mercado. Entretanto, o pecado da escolha cínica do espaço de Hancock no Festival é que realmente pegou mal.
Além de Hancock, há mais tecladistas que enveredaram pela caminho de Eva. Lembro o halterofilista George Duke, desconfigurado com aquela incrível capacidade de digitalização aliada a uma técnica estupenda a serviço do nada. Quanto desperdício! Lembro também do Bob James, que se deu bem naqueles discos da CTi vendendo que nem banana preta em fim-de-feira.
Deixo de citar outros por pura má vontade.
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