
Casa cheia e a tarde começou bem com o quarteto de Victor Assis Brasil abrindo a programação. Após tocar um dos últimos números, um senhor levantou-se de sua mesa e perguntou em voz alta qual era o nome do tema . Victor respondeu : “Three flowers”. E o senhor indagou : “The composer ? ” e Victor respondeu : McCoy Tyner. Após o último número a ansiedade tomou conta da platéia. Chegara a hora de ouvir e ver Gulda tocando Jazz. Entre-tanto, após dez minutos ,sobe ao palco Ricardo Cravo Albim e informa meio sem jeito que Gulda, cansado após seu último concerto não compareceria, ao mesmo tempo em que o senhor que interrogara Victor subia ao palco pela escada lateral e se sentava ao piano. ERA O PRÓPRIO GULDA. Após as gargalhadas que gozaram o Albim assumiu a bateria Oswaldo de Oliveira Castro enquanto o contrabaixo estava abandonado encostado à parede. Gulda deu dois ou três acordes anunciando o rítmo, Oswaldinho atacou e tudo parecia bem até o austríaco notar que não havia ninguém no contrabaixo. Parou de tocar, levantou-se do piano e com um “I’m sorry” ,irritado retirou-se do palco.
Não tenho certeza se o contrabaixista era Sérgio Barroso. O que comentavam é que ele aproveitou o intervalo para namorar e a maionese desandou.
Claro, as opiniões se dividiram. Uns achavam correta a posição de Gulda enquanto outros, como Sylvio Tullio Cardoso, acharam que aquilo não passava de um “ataque de estrelismo”. Coisas do Jazz.
llulla
Nenhum comentário:
Postar um comentário