
Hoje em dia existem diversos fabricantes, mas nenhum tão consagrado como a Steinway.
James Barron, um reporter do New York Times e pianista amador, foi à fábrica da Steinway mostrar para os leitores todas as etapas da fabricação de um Concert Grand Piano.
O que torna o livro de Barron diferente é sua narrativa, ele acompanhou a fabricação de um único piano, o de número K0862.
Essa jornada durou um ano, do início da fabricação até a entrega na divisão de concertos da loja da Steinway & Sons, em Nova York.
O livro é especial também, mostrando que a Steinway resistiu esses anos todos a se automatizar. Desta forma, o leitor torna-se uma testemunha de um raro tipo de fabricação hoje em dia. O K0826 é, em quase sua totalidade, feito à mão, da mesma forma que os pianos produzidos há um século atrás.
Barron descreve técnicas e ferramentas, frequentemente fabricadas pela Steinway, que leva a imaginação a entender que são passadas de pai para filho.
A caixa de madeira do piano é feita de 17 tiras de maple, coladas e curvadas, não por uma prensa gigante, mas pela força de seis homens. Um dos trabalhadores é conhecido como "bellyman", porque sua tarefa é entalhar os 88 frisos na ponte de madeira onde irá se encaixar o encordoamento, deitado de barriga para baixo, tudo sem se preocupar em usar réguas ou qualquer outro instrumento para conferir suas medições.
O fundador da Steinway foi o alemão Heinrich Steinweg, que teve o nome americanizado para Steinway, assim que chegou a Nova York nos anos 1830.
Barron consegue ainda comparar o Steinway aos pianos do primeiro fabricante americano, Chickering & Sons, com histórias deliciosas da competição.
Uma observação surpreende: hoje em dia quase a metade dos pianos vendidos nunca são tocados. A habilidade e experiência dos trabalhadores da Steinway são impressionantes mas muitas das suas obras de arte irão servir apenas como um bonito móvel.
PIANO The Making of a Steinway Concert Grand
James Barron; Times Books; 280pp; US$24
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