
No palco da Modern Sound, mais uma vez com casa cheia, quem sobe é o trompetista Claudio Roditi. Acompanhado pelo luxuoso sax de Idriss Boudrioua, realizou mais de 2 horas de show para uma platéia delirante e curiosa em assistir a performance deste gigante, que foi eleito pela quarta vez consecutiva pela revista Downbeat um dos 10 melhores trompetistas da atualidade.
Completando seu quinteto com o piano de Dario Galante, o contrabaixo-bossa de Sergio Barroso e a agitada bateria de Pascoal Meireles, Roditi inicia a apresentação de forma arrebatadora com o tema Impressions (Coltrane). Bem solto, com longos improvisos e uma marcante presença de palco, Roditi contou histórias, tocou muito e contagiou a platéia, esta que brilhava com a presença de nomes importantes da nossa música como Alberto Castilho, Julio Castilho, Paulo Moura, Aurino Ferreira, nosso confrade Alberto Chimelli e, chegando diretamente de NY, Duduka da Fonseca e Nilson Matta, que estarão se apresentando nas próximas produções do CJUB no Mistura Fina nos dias 26/01 e 02/02.
Não teve canjas e o show fluiu naturalmente sobrando muito improviso para Idriss, sempre brilhante, e Dario. O repertório foi refinado com um bela versão de Naima (Coltrane), que, particularmente, acho uma das baladas mais bonitas já feitas, Giant Steps (Coltrane) em formato bossa-jazz, A Rã (Donato) e alguns temas do próprio Roditi. Já era tarde quando pensávamos que ele ia fechar o show com a anunciada Influência do Jazz (Carlos Lyra), mas Roditi emenda Body and Soul (Johnny Green) para deleite da platéia que ainda pedia mais, o que o levou para um super bis com So What (Miles), fechando a apresentação com chave de ouro.
Claudio Roditi, bem-vindo de volta à sua terra, a nossa terra, mostrando mais uma vez que o jazz também corre em sangue brasileiro.
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