Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

OS DEZ DISCOS E A ILHA DESERTA

26 dezembro 2005

Meu critério será simples:

Hoje, jamais iria para uma ilha deserta SEM:

- Kind of Blue (Miles Davis, Columbia): o álbum de maior mística na história do jazz;

- Jazz At Santa Monica Civic '72 (Ella Fitzgerald, Oscar Peterson, Count Basie, etc, etc., enfim, Jazz at The Philarmonic, Pablo): seguramente um dos três maiores registros - senão o maior -ao vivo de Ella em toda a sua carreira, sem contar o timaço, neste album duplo.

- You Must Believe in Spring (Bill Evans, Warner): o ápice daquilo a que um trio cool poderia chegar, até hoje insuperado;

- Here´s to Life (Shirley Horn, Verve): o grande disco vocal da década de 90, arranjos de Mandel e, finalmente, o Estate definitivo, que superou - em muito - o tão famoso registro de JG, no LP "Amoroso";

- The Tokyo Blues (Horace Silver, Blue Note): TODO o disco é irretocável, mas o solo de Silver em Sayonara Blues - não bastasse a própria maravilha que é o tema - é uma das coisas mais perfeitas que já ouvi um músico criar em Jazz;

- Very Tall (Oscar Peterson, Verve), mais perfeito trabalho da trinca Peterson, Milt Jackson e Ray Brown;

- For Musicians Only (Sonny Stitt, Dizzy Gillespie e Stan Getz, Verve); Getz apanha, mas com dignidade. Stitt e Birks estão nos píncaros do inimaginável;

- Tribute do Cannonball (Bud Powell/Don Byas, Columbia Legacy); uptempos furiosos, talvez a gravação definitiva de Jeaninne (Duke Person) e a classe inconfundível dos mestres Powell e Byas;

- A Swingin´ Affair (Dexter Gordon, Blue Note): Nem Billie gravou Don´t Explain de maneira tão pungente e soberba; não à toa Dexter defendia a idéia de que o solista, para tocar uma balada, precisava saber - e bem - a letra;

- Percepção (Eumir Deodato, Odeon): quem disse que Coisas, do Moacir Santos, restou insuperado ? Pouco mais de 30 minutos de um Deoadato iluminado - e distante de seus anos CTI - provam o contrário, e com autoridade ímpar.

Desculpem, mas, como o Mestre LOC (e provavelmente como o saudoso Jorginho Guinle), também contrabeanderia o Free Jazz de Ornette Coleman (Atlantic), experiência musical única e depois da qual o jazzófilo jamais é o mesmo.

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