

Vista e decoração à parte, a casa ostenta uma acústica surpreendente para um ambiente totalmente envidraçado, permitindo que se ouça a boa música dos garotos de qualquer lugar, seja no entorno da piscina, para os que preferem o ar livre, seja em qualquer posição em seu interior. Talvez contribua para isso o pé direito duplo, do belo projeto de Cláudio Bernardes.
Heiner é o anfitrião que todos gostariam de ter. Caloroso na recepção, sempre tem uma palavra para cada um dos convivas, mesmo que lá estejam aparecendo, pelo boca-a-boca e pelo email-a-email, pela primeira vez. Isto feito, senta-se numa das várias cadeiras de design premiado que tem no living e não arreda pé, absorto nas interpretações, até a próxima leva de récem-chegados.
Na parte musical, o time de jovens promete. Tocando, como não poderia deixar de ser, repertório composto de standards e temas da bossa-nova com competência, o grupo formado de sax (alto e soprano), teclado, baixo e bateria, depois acrescido de uma guitarra, faz da noite uma experiência tão agradável que ninguém, nem o mais empedernido jazzófilo, consegue ansiar por maiores talentos ou competências naquele momento. O resultado final, se não é propriamente o paraíso terrestre, está bem acima do que se ouve ordinariamente pelos "botecos musicados" do Rio.
Desta vez, apresentou-se o Quarteto Yuri Villar, composto dos seguintes, e promissores jazzistas, de quem esperamos que não se deixem levar pelos apelos puramente comerciais e que continuem suas carreiras nessa grande e desafiadora arte que é o jazz:
Yuri Villar - sax alto e soprano
João Bittencourt - piano/teclado
Bruno Aguilar - baixo
Mingo Leahy - bateria.
A junção de boa música, nesse ambiente, com gente bonita e educada, tudo aliado a uma natureza circundante extraordinária bastam para colocar o programa como um dos melhores da cidade. Vai pegar.
Heiner vem conversando conosco, sondando a possibilidade de se fazer uma noite especial, produzida pelo CJUB, em suas dependências "aéreas", já que a casa se debruça sobre o abismo. Estamos dando tratos à bola, querendo inventar alguma fórmula que possibilite juntar nosso público e produção musical à ambientação dele, residindo o maior problema nos custos para uma realização desse tipo.
Como a idéia do Heiner é fazer alguma coisa em março de 2006, estamos botando nossa criatividade para funcionar para tentar unir o fabuloso com o espetacular. Quem sabe a gente consegue? Sonhar não custa nada...
Aguardem notícias.
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