Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

JAZZ NA JOATINGA

05 dezembro 2005

Na última quinta feira aconteceu mais uma noite do "Jazz na Joatinga", uma idéia muito simpática do gentleman Heiner Plflug, ex-super-executivo de uma multinacional, hoje dedicado a aproveitar a vida no que ela pode oferecer de melhor. Um apaixonado por jazz, Heiner decidiu fazer de sua cinematográfica casa na Joatinga, que muita gente já conhece de emissões televisivas, um palco eventual para apresentações de grupos de jovens jazzistas, que lá tem a oportunidade de tocar para os convidados.

Vista e decoração à parte, a casa ostenta uma acústica surpreendente para um ambiente totalmente envidraçado, permitindo que se ouça a boa música dos garotos de qualquer lugar, seja no entorno da piscina, para os que preferem o ar livre, seja em qualquer posição em seu interior. Talvez contribua para isso o pé direito duplo, do belo projeto de Cláudio Bernardes.

Heiner é o anfitrião que todos gostariam de ter. Caloroso na recepção, sempre tem uma palavra para cada um dos convivas, mesmo que lá estejam aparecendo, pelo boca-a-boca e pelo email-a-email, pela primeira vez. Isto feito, senta-se numa das várias cadeiras de design premiado que tem no living e não arreda pé, absorto nas interpretações, até a próxima leva de récem-chegados.

Na parte musical, o time de jovens promete. Tocando, como não poderia deixar de ser, repertório composto de standards e temas da bossa-nova com competência, o grupo formado de sax (alto e soprano), teclado, baixo e bateria, depois acrescido de uma guitarra, faz da noite uma experiência tão agradável que ninguém, nem o mais empedernido jazzófilo, consegue ansiar por maiores talentos ou competências naquele momento. O resultado final, se não é propriamente o paraíso terrestre, está bem acima do que se ouve ordinariamente pelos "botecos musicados" do Rio.

Desta vez, apresentou-se o Quarteto Yuri Villar, composto dos seguintes, e promissores jazzistas, de quem esperamos que não se deixem levar pelos apelos puramente comerciais e que continuem suas carreiras nessa grande e desafiadora arte que é o jazz:

Yuri Villar - sax alto e soprano
João Bittencourt - piano/teclado
Bruno Aguilar - baixo
Mingo Leahy - bateria.


A junção de boa música, nesse ambiente, com gente bonita e educada, tudo aliado a uma natureza circundante extraordinária bastam para colocar o programa como um dos melhores da cidade. Vai pegar.

Heiner vem conversando conosco, sondando a possibilidade de se fazer uma noite especial, produzida pelo CJUB, em suas dependências "aéreas", já que a casa se debruça sobre o abismo. Estamos dando tratos à bola, querendo inventar alguma fórmula que possibilite juntar nosso público e produção musical à ambientação dele, residindo o maior problema nos custos para uma realização desse tipo.

Como a idéia do Heiner é fazer alguma coisa em março de 2006, estamos botando nossa criatividade para funcionar para tentar unir o fabuloso com o espetacular. Quem sabe a gente consegue? Sonhar não custa nada...

Aguardem notícias.

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