Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

PRIMEIRO DISCO DE PIANO SOLO DE MICHEL CAMILO:
12 FAIXAS, ENTRE MÚSICA BRASILEIRA, STANDARDS DO JAZZ E ORIGINAIS

31 janeiro 2005

“O conceito sobre o qual a seleção foi montada - o mapa, como diz Camilo - foi equilibrar três universos diferentes. Ao dar representação igual para a música brasileira, standards relacionados ao jazz e suas composições originais, Camilo criou uma trilogia entremeada que expõe seu perfil particular." – Bob Blumenthal, nas liner notes.

Que continuam, em tradução livre (e adaptada, claro) assim:

"Bem conhecido pelo seu estilo selvagem e íntima familiaridade com uma vasta gama de idiomas jazzísticos e latinos, o ganhador do Grammy Michel Camilo sempre teve uma queda pela aventura musical e seu terceiro disco pela Telarc não é exceção. Críticos ao redor já incensaram os talentos desse dominicano, pianista de jazz, também como compositor e arranjador, mas "Solo" o apresenta como músico. Embora Camilo venha aperfeiçoando o conceito há sete anos, esse é o seu primeiro album solo e significa um marco importante em sua carreira.

“De fato levei muito tempo para entrar no estúdio e gravar este disco", diz Camilo. “Eu queria que fosse um depoimento pessoal e profundo, que refletisse algumas de minhas influências musicais, como também as cores exóticas, texturas e nuances que venho desenvolvendo na minha forma de tocar piano pelos últimos vários anos.”

Produzido por Camilo e gravado nos estúdios Avatar, em Nova Iorque em maio de 2004, sem overdubs, as doze faixas de "Solo" estão organizadas como uma trilogia, dando destaque para quatro preciosidades brasileiras (Minha e Atrás Da Portade Francis Hime, mais Luiza e Corcovado, de Antonio Carlos Jobim), quatro standards de jazz (The Frim Fram Sauce, ‘Round Midnight, de Monk, e Our Love Is Here To Stay e Someone To Watch Over Me de Gershwin), além de três novas composições do próprio Camilo. O disco fecha com uma "reengenharia" do mais famoso e popular tema do pianista/compositor, Suntan.

“Penso neste álbum como uma trilogia", diz Camilo, “com três universos musicais muito queridos por mim igualmente representados e ao mesmo tempo com cada tema contando uma história que eu espero que toque o ouvinte de uma maneira especial”.

Nascido em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1954, Michel Camilo é um dos mais considerados músicos do jazz atual – imortalizado por sua brilhante performance no filme "Calle 54". Embora seja antes de tudo um músico de jazz, ele não teme a possibilidade de desenvolver a reputação de alguém que quebra as regras.

Camilo é também reconhecido como compositor e já teve peças suas gravadas por artistas que vão de Dizzy Gillespie ao grupo vocal The Manhattan Transfer. Seu currículo musical diversificado inclui performances com orquestras sinfônicas, composições para o cinema e projetos em colaboração com músicos como Paquito D’Rivera e as irmãs pianistas Katia e Marielle Labeque.

"Spain", o lançamento de Camilo pela Verve Records em 2000, com o guitarrista de flamenco Tomatito, ganhou o primeiro Grammy Latino, como Melhor Álbum de Latin Jazz.

"Triangulo", seu disco de 2002 pela Telarc (com Anthony Jackson no baixo e o seu antigo baterista Horacio “El Negro” Hernandez) aclamado pela crítica, foi nominado para o Grammy de Melhor Álbum de Jazz Instrumental e para Melhor Álbum de Jazz Latino, no Prêmio de Música Latina da Billboard.

Lançado em 2003, "Live at the Blue Note" foi o primeiro disco de Camilo gravado ao vivo e seu primeiro com uma seção rítmica cubana. A caixa com 2 CDs, que ganhou o Grammy de Melhor Álbum de Latin Jazz, oferece na grande maioria, temas originais, tocados "con gusto" pelo baixista Charles Flores e pelo onipresente baterista Hernandez. Em 2004, Camilo ganhou o prêmio de Artista do Ano concedido pela revista JazzWeek.

Este 16o. disco de Camilo traz uma estonteante demonstração da criatividade do pianista, misturando seu virtuosismo tecnico e amplo vocabulario de improvisações para permitir aos ouvintes emoções tocantes e reais."

Se esse era o seu objetivo, a ser alcançado através do mapa que traçou ao conceber inicialmente o projeto, Camilo parece tê-lo atingido. O site JazzReview, em www.jazzreview.com, qualificou "Solo" como "highly reccomended".

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