Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

O MAESTRO E SUA BANDA

11 julho 2004

Foi na primeira quinta-feira de julho que vi, durante o 12o. Concerto Chivas Jazz Lounge, no "Tributo a Billy Strayhorn", uma das melhores demonstrações de vontade, garra e interesse em cativar uma platéia desde que comecei a acompanhar espetáculos de música ao vivo. Não vou comentar aqui o lado técnico, que disporá de uma resenha "comme-il-faut", mas o lado humano do espetáculo posto em ação pelo energético Maestro José Lourenço e seu time naquela noite, no palco do Mistura Fina.
José Lourenço, André Tandeta, Augusto Mattoso, Daniel Garcia, Altair Martins e Gilmar Ferreira
Ao entrar no camarim pré-espetáculo, encontrei cinco largos sorrisos saudando-me em faces emolduradas por indumentárias elegantes, com destaque para os suspensórios e o chapéu de feltro do trombonista Gilmar Ferreira (que fez questão de mantê-lo durante todo o concerto). A acrescentar a isso, a animada discussão sobre os temas da set-list, que enchiam o recinto.

Sob a batuta do Zé Lourenço - que inclusive fez um arranjo original para "Lush Life", tema da preferência absoluta do Mestre Raf, coisa que poucos os que se apresentaram nas CJL ousaram -, os músicos conseguiram passar à audiência uma empolgação que emanava de seus instrumentos e percorria a todos na platéia. A escolha eficiente do repertório, recheado de temas tão conhecidos como a carreira e a obra de Duke e seu fiel escudeiro e homenageado da noite, Strayhorn, definitivamente contribuiram para isso.

O fato é que a banda estava em ponto de bala, trocando alguns mínimos desacertos por compensadores momentos, frutos do empenho a todo momento incentivado e cobrado pelo líder. O desempenho geral, deixou nos presentes a sensação de prazer advindo das noites em que o jazz verdadeiramente flui pelos corações e mentes.

A mencionar também o trabalho de David Hadjes, que muito ajudou na concepção e na escolha do repertório em conjunto com Zé Lourenço, dando condições plenas para que Daniel Garcia, Altair Martins, Gilmar Ferreira, Augusto Mattoso e André Tandeta, além do líder, pudessem mostrar sua arte aos aficionados que prestigiaram a noite.

Quando, mais que um show meticuloso e frio como às vezes ocorre com músicos de elevada estatura jazzística, o que nos foi entregue pelo sexteto do Zé Lourenço foi um exemplo de alegria e calor. Um presente que o Manim deu não apenas aos seus numerosos amigos e familiares mas a todos os presentes. Em resumo, uma bela noite.

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