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NOSSO PATRONO: DICK FARNEY (Farnésio Dutra da Silva)
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LANÇAMENTOS 2004 E INJUSTIÇA
01 abril 2004
Assim para começar, resolvi entre muitos (Brad Mehldau e Dave Douglas por exemplo, bem recomendados com @@@@1/2 e @@@@@ respectivamente ), comentar 2 lançamentos específicos, sendo o primeiro a estréia do Wynton Marsalis na Blue Note, depois de muito tempo de Columbia, e 5 anos após seu ultimo CD de quarteto, onde segundo o nosso BeneX, não se sente muito a vontade...
Seu novo trabalho chama se "The Magic Hour" produzido pelo seu irmão caçula Delfeayo e vem acompanhado por Eric Lewis ( piano ) , Carlos Henriquez ( baixo ) e Ali Jackson ( bateria ), apresentando ainda nos vocais Dianne Reeves na faixa de abertura "Feeling of Jazz" e Bobby McFerrin também co-autor de "Baby I Love You".
Trata se do CD mais vendido nos EUA e também o mais criticado pelos especialistas, que, para dizer o mínimo, o classificaram como "Disapointed Return" e não tendo mais do que @@ e @@1/2; ou seja, avaliado como fraco e regular, tanto para a Down Beat (onde inclusive é capa), como para a All Music Guide.
Aí entro considerando além de uma grande injustiça, a falta de respeito e o eterno patrulhamento da critica especializada; é um dos mais premiados músicos de jazz de toda a história, tendo sido o 1o. a ganhar o "Pulitzer Prize For Music", 9 Grammys, o
Grand Prix Du Disque, é Membro Honorário da Royal Academy of Music, líder e organizador de turnes anuais da Lincoln Center Orchestra, fora outras condecorações além-musica, como por exemplo, "Messenger of Peace" da ONU, indicado pelo seu Secretário-Geral Kofi Annan.
Mesmo assim ou até por isso, a crítica não tem por Marsalis qualquer tipo de afeto, até pelo contrário, e dizem se dever ao fato de que na histórica entrevista de Miles (pouco antes de falecer) à Rolling Stone, teria dito não considerar Wynton como seu eventual substituto por ser um "body without soul", e que em sua resposta Marsalis que o tinha por ídolo, o chamou de "fdp" com todas as suas letras. Não sei se o patrulhamento vem daí, gostaria de ouvir os comentários do Raffaelli, que com certeza sabe a verdadeira razão.
Em resumo e voltando ao CD, recomendo-o a todos aqueles que gostam do bom e velho jazz, para enriquecer suas discotecas.
Quanto ao segundo lançamento, trata se do novo trabalho de um dos principais, se não o maior musico de jazz italiano, Enrico Rava (também trompetista como Marsalis), intitulado "Easy Living", pela ECM e acompanhado só por conterraneos, alguns da nova geração, como Gianluca Petrelli (trombone), Steffano Bollani (piano), além de Rosario Bonnacorso (baixo) e Roberto Gatto (bateria).
CD já enaltecido pela crítica, considerando esse musico de Trieste como o maior seguidor e melhor discipulo de Miles, a quem dedicou inclusive seu CD de 2002 junto com Paolo Fresu. Neste trabalho, no entanto, traz composições próprias (11), à exceção do titulo, bastante criativo e mostrando total integração com seus musicos, deixando-os inteiramente a vontade para os improvisos.
Enfim, Rava mostra neste CD porque cada vez mais a Italia se perpetua no cenário atual como sendo onde se faz o melhor jazz fora dos EUA.
Gostaria, antes de encerrar esta curta e corrida analise, de registrar como gratíssima surpresa (pelo menos para mim) o CD que recebi do nosso embaixador JoFlavio, do Joe Lovano (que não é, decididamente, my piece of cake) de 1991, "From the Soul" (Blue Note) com o Petrucciani, Dave Holland e Ed Blackwell, que além de coroado pela Penguin é digno de ser levado para nossa ilha, ressaltando a soberba versão de "Portrait of Jenny".
E já pedindo perdão pelos erros pois a pressa continua sendo inimiga da perfeição,
Sá
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