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LIZZ WRIGHT, MISTURA FINA, 04/8/2003, 1º SET @@
05 agosto 2003
Antes de mais nada, a ressalva: as duas "orelhas" (@@) valem como cotação de show no gênero "pop". Porque não basta cantar "Goodbye" (G. Jenkins) e "Afro Blue" (M. Santamaria) para ser considerada cantora de Jazz. Lembre-se, por exemplo, que o Simply Red de Mick Hucknall gravou uma versão (até simpática) de "Every Time We Say Goodbye (C. Porter) e Rod Stewart tem até CD e DVD novos na praça, dedicados só a standards.
De todo modo, a talentosa Lizz Wright, com um trio tão indigente a acompanhando, mesmo se diante de um set list fully "Ellington" ou "Parker", ainda assim dificilmente soaria Jazz.
No dial dos registros, o dela se avizinha aos de Anita Baker, Oletta Adams, e, até, Des'ree. No traditional "Walk With Me Lord", evocou o gestual e o fervor de Mahalia Jackson, até porque Miss Wright não foge à sina de 10 entre 10 cantoras negras americanas, todas parece que descobertas em coros de Igrejas.
Dos temas originais, a faixa título do CD do estréia, "Salt", realmente é o menos insosso, perdendo-se, entretanto, como o restante do set, em meio aos incipientes "arranjos" do pianista Jon Cowherd, "à risca seguidos" pelos fraquíssimos Doug Weiss (baixo) e E.J.Strickland (bateria). Impressiona, no disco, tenham aceito ladear tão pobre arranjador, cats do calibre de Danilo Perez e Chris Potter, entre outros do 1º time do Jazz de hoje.
Tudo isto, entretanto, não chega a obscurecer o brilho autônomo da cantora, que, com apenas 23 anos, tem tudo para alçar ao Olimpo do sucesso comercial, quiçá com qualidade, desde que passe a contar, pelo menos, com sidemen à altura de sua musicalidade, classe e intuição, estes sim dignos de muito mais que duas "orelhinhas".
Melhor ainda se guinasse, de vez, para o Jazz - tem talento e condição para isto - em vez de enveredar pelo viés traiçoeiro da fusão superficial de gêneros, a la Norah Jones e, entre nós, Marisa Monte.
Mas aí talvez já seja pedir demais.
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