Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BENE-X, AT LAST

22 março 2003

Como antecipei em comentários a alguns dos posts dos colegas, as músicas que estão associadas a nossos momentos marcantes podem NÃO ser, necessariamnente, aquelas de que mais gostamos. Sabe-se lá o tema que o destino pôs no caminho de cada um em tal ou qual ponto crucial de sua existência. Nós não escolhemos os acasos, mas eles nos marcam e sua trilha sonora jamais é apagada de nossas mentes.

Como, confesso, essas bandas sonoras (pelo menos algumas das minhas) eventualmente podem parecer constrangedoras, quando não ridículas, aos olhos dos outros (quiçá aos meus, hoje), lançarei, ao contrário de minha própria proposição inicial, os 10 temas (standards ou originais) em jazz que mais me atraem.

Resumidamente, aqueles que, figurando na contracapa do CD, o tornam imediatamente candidato à aquisição. Destaco, também, as versões preferidas.

- So What (Miles Davis): várias versões, todas do próprio Miles: a original, do Kind of Blue; a famosa versão filmada nos estúdios da CBS; a dos concertos de Estocolmo, de 1960; as do Carnegie Hall de 1961 (com a orquestra de Gil Evans) e 1964, esta última já com o chamado "2º quinteto";

- Autumn Leaves (Kosma/Prevert/Mercer): Sarah Vaughan, Crazy and Mixed Up, Pablo, 1982; Keith Jarret, Still Live, ECM; a clássica leitura do Something Else (Cannonball e Miles, Blue note), com sua indefectível introdução, até hoje utilizada; Art Tatum, TheTatum Group Masterpieces, Vol. 8 (com Ben Webster), Pablo;

- All the Things You Are (Hammerstein/Kern): Johnny Griffin, A Blowing Session, Blue Note; a longa, porém linda versão da orquestra de Duke (Ray Nance, vocais e violino), no clássico Indigos (Columbia); Keith Jarret, Tribute, ECM;

- Moanin (Bobby Timmons): sem dúvida a versão do histórico concerto de 1985, One Night with Blue Note, Art Blakey, reunião de antigos integrantes dos Jazz Messengers; a versão original, do disco homônimo (Blue Note) é também antológica, claro;

- Moanin´ (Charles Mingus): tanto a gravação original (Blues & Roots, Atlantic), quanto a enérgica versão de Tito Puente (Royal T, Concord Picante);

- When Joanna Loved Me (R. Wells/J. Segal): Tony Bennet, qualquer gravação (eu, como ele, dei nome a minha filha em grande parte por causa desta música);

- Reunion Blues (Milt Jackson): Oscar Peterson, Very Tall, Verve;

- Bright Mississipi (T. Monk): Monk, claro, no antológico Monk´s Dream, Columbia;

- Green Chimneys (T. Monk): Elvin Jones, It Don´t Mean a Thing ..., Enja

- Duke´s Place ou C-Jam Blues (Duke Ellington): Várias gravações, com destaque para aquelas em que participa Ella Fitzgerald;

- Work Song (Nat Adderley): Paris Reunion Band (Vídeo).

Elaborar uma lista como essa é, claro, cometer um crime contra dezenas de outros temas de igual quilate, maravilhosos e inequecíveis, como, p.e.: Canteloup Island (H. Hancock), Watermelon Man (Hancock), Song for My Father (H. Silver), The Sidewinder (L. Morgan), Misty (E. Garner), Round Midnight (Monk), as grandes composições de Parker, Gillespie, Benny Golson, Bill Evans, W. Shorter, Coltrane, M. Legrand, tantas do American Songbook, a própria Bossa Nova, etc., etc. e etc. ...).

Mas os dez (11, na verdade) acima são irrestíveis, parece inegável.

Bene-X

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