Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

Búzios, sexta, 7/2/03 - Patio Havana

10 fevereiro 2003

Sillvana Agla. Com dois "eles". Está assim no cartão de visitas que fui buscar depois do espetáculo, o que me pareceu coisa de numerologia. Fez um muito bom show por ser uma muito boa cantora. Como costuma acontecer no Brasil, é pouco conhecida. E como inúmeros outros artistas, talvez busque a proteção dos astros, dos deuses, da numerologia, enfim, para darem certo por aqui, além de terem de contar uma grande dose de coragem. E Isso Sillvana tem, sobrando.
Poucas vezes vi uma cantora ousar tanto numa única apresentação. Pois a desconhecida Sillvana segurou 3 sets com sua banda de teclado, baixo e bateria, de uma maneira empolgante. Mais do que isso, foi sua personalidade vibrante e destemida que permitiu-lhe, ao cantar músicas conhecidíssimas do repertório internacional de grandes divas (mesclou acertadamente trechos onde cantava só jazz e trechos onde cantava só "pop"), desviar-se do óbvio em belas e personalíssimas variações, possíveis somente por sua boa técnica e domínio da voz. Mandou ótimas "Caravan" e "Night in Tunisia", além de hits dançantes, com muita garra.
O suporte a Sillvana foi dado pela tecladista Sheila Zagury, figura de aparência tímida, que, no entanto, transformava-se em uma "fera" quando de seus improvisos nos temas jazzísticos, demonstrando anos de estudo e uma capacidade de improvisar elegante e de ótimo nível melódico. No baixo elétrico de 5 cordas, Alex Rocha, além de uma atuação bem sólida nas bases, fazia ainda as vezes de solista em diversas oportunidades, com talento. Na bateria, o récem-agregado Xande Figueiredo soube dosar muito bem sua força nos temas de jazz, preferindo adequadamente as vassourinhas às baquetas que só utilizou, com competência, durantes os temas "pop" e dançantes.
Um belo e surpreendente espetáculo num paraíso à beira mar. Surpresa total numa noite não programada de sexta-feira, exatamente como costumam ocorrer as boas surpresas da vida.
Sillvana Agla - @@@

Nenhum comentário: