Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

5. In the Wee Small Hours of the Morning - Stacey Kent

10 fevereiro 2003

Minha paixão por essa americana de voz pequena e entonações muito ricas e completamente inusitadas por pouco não se deu. Há coisa de uns cinco anos, uma amiga que sabia de minha atração pelo jazz mandou-me o disco de uma desconhecida "inglêsa", que havia ganho e que tinha achado boazinha. Lotado de coisas para fazer, inclusive à noite, ouvi o CD "Close Your Eyes" com pressa e superficialmente, pois de cara impliquei com o timbre da moça. Devolvi-o à dona com um amarelo sorriso e um inconvincente "é bom".
Há uns três anos atrás, procurando por "Sleep Warm", clássico dos anos '50, através do Napster, encontrei-a cantando essa música com inflexões raríssimas, num clima de lençóis que poucas vezes tinha ouvido. Daí a explorar todo o seu acervo foram algumas noites em claro, em busca de tudo o que pudesse encontrar. Depois de compilar um CD com 16 músicas suas, tive o prazer de apresentá-la aos demais editores do CJUB.
Foi, entretanto, a sua interpretação de "In the Wee Small Hours of the Morning", do disco Tender Trap, que me detonou o tampo da cabeça, fazendo com que minha admiração por seu jeito intimista e delicado de contar histórias de amor chegasse ao limite superior. É, das cantoras surgidas na década de 90, para mim a maior revelação. Pode-se tomar, aleatoriamente, qualquer das canções de um de seus 5 discos editados e encontraremos uma interpretação fresca, um timbre diferenciado e andamentos inusitados que a distinguem positivamente em relação a outras boas cantoras, mesmo que a música escolhida seja um surrado "standard".
Stacey Kent é, para mim, um sopro de sutil modernidade no panorama do jazz e é apaixonante. E Wee Small Hours a trilha sonora dessa paixão.

[Love is a] Tender Trap - Chiaroscuro, 1999

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