Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

Histórias curiosas do mundo do jazz - como contadas pelo JD Raffaelli

08 novembro 2002

Reproduzo aqui algumas histórias engraçadas do mundo jazzístico, que, com a ressalva de que já apareceram no site do chivasjazzfestival, foram-me enviadas pelo nosso Maestro.

*****O famoso Tommy Dorsey foi ouvir o octeto do clarinetista Joe Marsala. No final da noite, empolgado com o que ouviu, contratou sete músicos de Marsala, que ficou sem banda de uma hora para outra. Dias depois, Marsala enviou um telegrama para Dorsey:

- Tommy, sugiro contratar-me para tocar na sua banda assim poderei tocar com a minha.*****

*****Esta quem me contou foi o pianista Dick Katz, em 1982, quando tocava com o noneto de Lee Konitz.
Katz tocava no quinteto de Oscar Pettiford quando aconteceu este epísódio, em 1955:
O quinteto foi tocar num bar do Village recém-inaugurado. Ao chegarem, as luzes do local estavam totalmente apagadas, apenas com duas velas acesas em mesas bastante afastadas uma da outra. Os músicos foram em direção ao que seria o palco guiados pela lanterna de um garçom (na verdade, não havia palco, era apenas um exíguo canto escuro com um piano e uma bateria). Kenny Clarke sentou na bateria e Dick foi para o piano. Tateando, Dick abriu a tampa do instrumento e começou a dedilhar o teclado. Horrorizado, deu-se conta de que faltavam várias teclas. Virando-se para Pettiford, disse-lhe:
Dick: - Não posso tocar.
Pettiford: - Por quê ?
Dick: - Estão faltando várias teclas.
Pettiford:- Trate de se virar porque começamos em 10 minutos.

Fazendo o que podia, como era de se esperar, o apavorado Dick Katz comprometeu a atuação do conjunto. No final da noite, Pettiford recebeu o cachê dos músicos das mãos do gerente da casa, não sem antes ouvir um conselho dele:
- Seu conjunto é bom, mas despeça o pianista porque ele é muito ruim. *****

*****Outro que bebia muito era o saxofonista Ben Webster. Abusava tanto da bebida que raramente se recordava de alguma coisa. Uma noite, totalmente embriagado, Webster tocava no clube Ronnie Scott´s, em Londres, quando avistou o cantor Billy Eckstine sentado no bar. Atirou-se com tal ímpeto ao velho amigo que ambos rolaram no chão. Levantaram-se, abraçaram-se e passaram o resto da noite conversando e bebendo. No dia seguinte, ao chegar sóbrio no clube, fato muito raro, Ronnie Scott dirigiu-se a ele:

Ronnie Scott: - Você e Billy Eckstine conversaram um bocado ontem à noite, não?
Ben Webster: - Eu e quem ?
Ronnie Scott: - Você e Billy Eckstine. Pelo papo que tiveram, esgotaram todos os assuntos.
Ben Webster: - Homem, você andou bebendo ? Não vejo Billy Eckstine há uns oito anos. *****

Por enquanto é só. Depois tem mais!

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