O grupo chama a cantora Wendy Lewis e o show transforma-se mais intimista com a recriação de alguns temas da safra pop-rock. Wendy não apresentou extensão de voz mas mostrou uma beleza com sua voz linear e envolvente completamente encaixada com o trio que, literalmente, entortou os arranjos em forma de balada para os temas Blue Velvet, Smells Like Teen Spirits (Nirvana), uma belíssima interpretação de Under a Blood Red Sky (U2) com o piano de Ethan Iverson explorando todas as teclas causando até um certo frenesi, Comfortably Numb (Pink Floyd) e um encerramento mais frenético com Barracuda (Heart).
E esse é o grande barato, a recriação de temas de pop-rock em linguagem mais jazzistica; é o que se precisa para trazer o público mais jovem não habituado com a linguagem jazz a ouvir jazz.
A inclusão da cantora Wendy Lewis complementou de forma brilhante o trio. Esperamos que o CD lançado pelo quarteto não fique na unidade.
Este show - simplesmente espetacular, o show do festival !
A noite segue com o show do guitarrista John Hammond e seu quarteto formado por contrabaixo acústico, hammond e bateria. Com um som mais enraizado no blues, Hammond sempre se utilizou do suporte de gaita e alternou o show entre a guitarra elétrica, o violão de aço e o dobro.
Fim de noite e a atração tão polêmica e esperada, Spyro Gyra. Quem já gostou um dia também gostou do show! O grupo cancelou a turnê pelo México para estar novamente no Brasil, sábia decisão pois não esperava-se que a gripe suino instalaria-se por lá.
Explorando muito o ritmo latino, o destaque da banda foi o baixista Scott Ambush abraçado a um elétrico de 6 cordas com uma musicalidade impressionante dando espaço a belos walking e a longos improvisos. A banda o deixou deitar e rolar !
Da safra antiga, os temas Shaker Song e Morning Dance. Jay Beckerstein tocou alto e soprano, em alguns momentos ambos ao mesmo tempo; o guitarrista cubano Julio Fernandes deu asas a seu lado cubano e arriscou-se aos vocais com um belissimo tema de sua autoria e o baterista Boney B fez muito barulho no encerramento do show bem ao estilo funky dos 70`. O público gostou e eu também !
Enfim, só temos que agradecer e comemorar mesmo a realização deste festival e ano que vem esperamos mais!
Mais que tudo é a oportunidade de estar ao lado dos nossos amigos blogueiros Salsa e Olney Batera; e como sempre colocar em dia o papo animado e musical com a equipe da produção e imprensa do festival e os jornalistas Antonio Amaral da Rolling Stone Brasil e Leandro Souto Maior do Jornal do Brasil.
foto Cezar Fernandes : Spyro Gyra
8 comentários:
Beleza, Guzz,
Agora é Ouro Preto. Já comecei a economizar.
Abraços,
PS - Ivan já liberou a programação?
Tá quase pronto. Boas surpresas virão.
Abraço,
Ivan Monteiro
Parabéns, Guzz, pela ótima reportagem - suas impressões - sobre o festival.
Sobre Ouro Preto - que tb pretendo ir - só espero que no próximo festival eles façam como no de Rio das Ostras e outros em que rolam 3 (TRÊS) shows por noite; é o que a maioria do público consegue assistir sem sono, sem cansaço.
E ainda poderia baixar o custo (que é alto). Nas duas ocasiões em que fui a O.Preto eu sempre perdia a metade do 1° show e a metade do último; haja resistência pra aguentar ficar das 18h até cerca de 2h da manhã...
ps.:há dias, mandei e-mail pra produção do festival (O.Preto) a respeito da programação e eles não deram resposta; agora, por aqui, fiquei sabendo que ainda não saiu. Mas eles poderiam ao menos ter me respondido, né?
(o Ivan deve ler este blog mas não os e-mails)rs
Figbatera,
não trabalho na produtora e sim para a produtora (Multcult). Não é minha a responsabilidade de ler/responder os emails...
Assim que a programação estiver fechada o CJUB trará todas as informações.
Abraço,
Ivan Monteiro
Ok, Ivan, agora entendi.
Guzz,
beleza de trabalho de cobertura, afinal vc. é o nosso homem em "Rivière des Huîtres". Chique, não?
Em breve acho que vais levar um título de Cidadão Honorário, por conta da divulgação e da qualidade da matéria.
Parabéns!
Abs.
Concordo.
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