Iniciou-se no violão aos 07 anos, estudou o clássico por 04, passando depois para o popular e a guitarra elétrica (anos 60 do século passado, naturalmente Elvis e Beatles). Logo após formar-se em Direito iniciou o estudo da guitarra “Country” (“Western Swing”) e do “Bluegrass”. Foi a Nashville e conheceu de perto as bases da história do “Country”.
Por meio de ALCIDES LIMA, o “CIDÃO”, baterista da “TRADITIONAL JAZZ BAND BRASIL” (TJB), teve seu primeiro contato com o Jazz Tradicional. Entre os discos recomendados pelo “CIDÃO” veio-lhe às mãos uma coletânea que incluía o clássico “Djangology” de DJANGO REINHARDT, o que lhe causou impressão forte e imediata. Nunca ouvira alguém tocar como ele e as dúvidas o tomaram: que violão ele usava ? seriam cordas de nylon ? como era sua técnica ? e tantas outras questões.
Mesmo sendo escasso o material sobre DJANGO no Brasil, a Internet veio-lhe em socorro: a guitarra de DJANGO era especial, cigana, cordas de aço, tangidas com palheta bem grossa o que tornava o som mais grave. Passou a comprar discos de DJANGO e a tentar tocar no mesmo estilo, uma tarefa extremamente complexa para quem tocava “Country” e “Rock”.
Apreciador do grupo “HELLECASTERS”, formado por três guitarristas virtuosos liderados por JOHN JORGENSON e que toca Jazz no estilo “Manouche”, constatou que além dele eram inúmeros os seguidores de DJANGO pelo mundo afora: Angelo Debarre, Biréli Lagrène, Jimmy Rosemberg, Dorado Schmitt, Mandino Reinhardt, Tchavolo Schmitt e tantos e tantos guitarristas e grupos sob o nome de “HOT CLUB” (Noruega, Detroit, São Francisco, Lisboa, Sandwich, Cowtown). Envolvido pelo estilo “Manouche”, o “Gypsy Jazz”, o Juiz foi até Nova York (“Staten Island”) e na “Mandolin Brothers” (loja de violões “top de linha” de STAN JAY) adquiriu um violão “signature” de JOHN JORGESON (que além de músico maravilhoso é Professor), um “Selmer Style” da marca “Gitane”, réplica do violão de DJANGO, que para sua surpresa era fabricado com madeira...brasileira !
Comprou o método do JOHN JORGESON e, após vê-lo e ouví-lo tocar, desafiou-se a aprender o estilo; noites e noites após os dias de mais de 10 horas como Magistrado em Piracicaba, deram-lhe um aprendizado bem consistente. Adquiriu também um violão “Gitane”, Maccaferri Style D-hole item Number: D-500.
Recebeu o incentivo dos já então amigos “CIDÃO” e MARCOS MÔNACO (este clarinetista e saxofonista da TRADITIONAL JAZZ BAND BRASIL), adentrando o exercício do Jazz Tradicional. Em Piracicaba os três gravaram um CD com vários outros músicos participantes e em diversos estilos, mas sempre tangenciando a “herança DJANGO”.
Fizeram um apresentação só para amigos em Piracicaba, quando surgiu a idéia do “HOT CLUB DE PIRACICABA”, com base na união do Jazz Tradicional, do Manouche Jazz, do “Country” e do “Blues”, com elementos da música brasileira: como definição para as apresentações nunca uma banda fixa, mas sempre com convidados, amigos.
Veio a decisão de gravar um CD com o título de “Jazz a la Django” pelo selo “TJB”, sem fins lucrativos e com finalidade beneficente; na festa de aniversário dos 40 anos do Dr. FERNANDO para seus familiares e amigos no próximo dia 13 de setembro, sábado, na Associação Atlética Banco do Brasil de Piracicaba / SP a partir das 20 horas, oficializa-se a inauguração do “HOT CLUB DE PIRACICABA” com o lançamento do CD, em noite com músicos convidados.
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