Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

JAZZ EM JUNHO - NEW YORK CITY

11 junho 2008

Cheguei à cidade de NY bo dia 5 à tarde, com a noite anterior perdida e ainda bem que não tinha programado nenhuma incursão jazzística. A despeito do atraso causado pelo cancelamento do vôo, estava sereno, ansiando pelo concerto daquela noite que imaginava, seria com o trio do pianista Eric Reed, no Village Vanguard. Não tinha idéia da formação que me aguardava, um quinteto, que contou com Jeremy Pelt (tp), Stacy Dillard (as, ts), Rodney Whitaker (b), Willie Jones III(dr). Tirando o Pelt, figurinha conhecida no Brasil e Whitaker, a quem já ouvira antes, não conhecia os demais.

O [pastor] Reed é um músico pleno e a sua sensibilidade musical é temperada por extenso conhecimento do piano. Suas interpretações mesclam uma sensibilidade extrema nos temas de andamento lento e um swing contagiante nos rápidos. Conhece tudo, portanto. Ao longo do set (o segundo), apresentou vários temas originais do seu último álbum Here, entremeados com alguns de seu próximo lançamento a ocorrer em julho, além de alguns standards.

Reed, diga-se, é bem superior aos demais componentes da banda. Embora todos tenham tocado bem, dentro do padrão profissional americano, eu preferia ter visto um show mais intimista (trio).

Nos temas em que Pelt teve maior destaque, soube segurar sua habitual estridência, surpreendendo-me, até, com a delicadeza que empregou no flugelhorn numa das raras baladas do encontro. O saxofonista Dillard, que deu preferência ao soprano em conjunto com o trompete, alternando-o com o sax alto às vezes numa mesma música, foi correto e seguro mas não teve criatividade suficiente a empolgar a platéia. O batera Jones manteve-se comportado, mantendo a máquina nos trilhos com uma marcação segura e limpa, sem maiores espasmos criativos mesmo nos poucos momentos em solo. Whitaker, no contrabaixo, manteve a pulsação densa e firme como se espera de um bom profissional do instrumento. Não chegou a ter espaço ali para demonstrar suas habilidades, que as tem em larga escala, pelo que me lembro de uma apresentação anterior.

Reed foi, ao vivo e a cores, a confirmação do que já imaginava dele nos CDs de que disponho. Um criativo compositor e um excepcional músico, digno de figurar entre os expoentes do jazz.

A platéia foi bastante receptiva às suas criações e mexeu-se bastante nas cadeiras durante os temas em uptempo. Inclusive os membros do numeroso time de japoneses, habituais frequentadores da cena jazzística americana.

Havia diversas advertências alertando para que não se gravasse, fotografasse ou filmasse nada no V.V. e por isso, pude registrar pouquíssima coisa - e na maior parte do tempo, com a máquina virada de lado, quando não filmando o teto - para trazer e mostrar. Na quarta tentativa, recebi cartão amarelo da garçonete e desisti do métier de repórter, recostei-me e curti estar ali na capital do jazz mundial ouvindo música de muito boa qualidade.

Para o quarteto: @@@ e meia; Eric Reed leva as @@@@@, integralmente.





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