Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

JAZZ EM JUNHO - NEW YORK CITY - II

12 junho 2008

O Village Vanguard está situado no coração de Greenwich Village, bairro ainda boêmio da cidade porém longe da agitação que o notabilizou como a vizinhança cool entre as décadas de 60 e 90.

A casa, no nível da rua, é uma droga, desprovida de qualquer luxo, entre um restaurante mexicano e uma drogaria decaídos e só mesmo o toldo vermelho com o nome famoso em letras douradas a distingue e lhe traz alguma dignidade.

Ao descer-se a longa escada, porém, os sons longínquos vão se tornando mais perceptíveis e o beat das freqüencias mais graves começa a incorporar-se a você e, quando a porta enfim se abre, você descortina "o ambiente", perfeito para o jazz.

O tamanho é o suficiente para abrigar uma platéia interessada no que acontece no palco, e mesmo no assento mais distante você está "dentro" do clima. As pesadas cortinas de veludo (vermelhas, também, e com umas duas décadas de idade) são os anteparos necessários para a acústica perfeita. As paredes, recobertas de fotos dos grandes mestres que lá se apresentaram, aperfeiçoam o clima do basement club.

A platéia, acrescida dos parentes/amigos dos músicos (achei ter visto uma duas mãezonas deles lá, pelo menos), vibra intensamente com cada segundo do concerto, percebendo e respondendo com yeahs às mínimas filigranas deste ou daquele solo. Esse calor genuíno, tanto pela proximidade dos músicos como pelo nível de interesse dos presentes - diferentemente do Blue Note, os turistas visíveis no V.V. eram todos, sem exceção, admiradores do bom e verdadeiro jazz, e dava para notar que não estavam ali por mero acaso, em busca de um programa que incluísse um jantar e um "jazzinho"- criou e cria um clima que acredito seja tudo o que artistas desejam quando estão destilando sua arte.
O V.V., nesse ponto, é imbatível e merece toda a projeção histórica que tem como um templo para algumas das mais antológicas sessões do jazz - as gravadas ao vivo são vastas. Em NYC, é parada obrigatória.

A programação do templo:

Fui colhendo o material que estava disponível pela mesa e fotografei o que pude. Só o que rolou em maio e o que estava rolando neste mês era suficiente para qualquer aficionado pelo jazz permanecer em estado de graça por um ano inteiro: Frank Wess, Charlie Haden, Paul Motian, Tom Harrell, Al Foster, Eric Reed, Diego Urcola, Miguel Zenón, Brian Blade e Fred Hersch são apenas alguns dos nomes pinçados da programação da casa. Sem contar os escudeiros de altíssimo nivel, cujos nomes se pode ver ampliando a foto ao lado.

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