Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

CRÉDITOS DO PODCAST # 344

17 janeiro 2017

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÃO  LOCAL / DATA
CARMELL JONES
Carmell Jones (tp) Harold Land (st), Frank Strazzeri (pi), Gary Peacock (bx) e Leon Petties (bat)
NIGHT TIDE (Jimmy Bond) 
Los Angeles, junho/1961
FULL MOON AND EMPTY ARMS
(Buddy Kaye / Ted Mossman)
ART PEPPER
Art Pepper (sa), Ted Brown (st), Warne Marsh (st), Ronnie Ball (pi), Ben Tucker (bx) e Jeff Morton (bat)

AVALON
(Buddy DeSylva / Al Jolson / Vincent Rose)
Hollywood, CA, 21/dezembro/1956
I CAN'T BELIEVE THAT YOU'RE IN LOVE
(Clarence Gaskill / Jimmy McHugh)
GEORGE SHERING
Emil Richards (vib), George Shearing (pi), Toots Thielemans (gt), Al McKibbon (bx), Percy Brice (bat) e Armando Peraza (cga)
SENOR BLUES (Horace Silver)    
New York, agosto/1957
THE LATE LATE SHOW
(Roy Alfred / Murray Berlin) 
ETHAN IVERSON
Ethan Iverson (pi), Ron Carter (bx) e Nasheet Waits (bat)
ALONG CAME BETTY
(Benny Golson)
Brooklyn, NY, 22/fevereiro/2016
SENT FOR YOU YESTERDAY
(Count Basie / Eddie Durham / Jimmy Rushing)
THE MANHATTAN TRANSFER 
Janis Siegel, Laurel Masse, Tim Hauser, Alan Paul (vcl) acc por Yaron Gershovsky (pi), John Pisano (rhythm-gt), Tony Dumas (bx) e Ralph Humphrey (bat)
STOMP OF KING PORTER (J.R.Morton / Manhattan Transfer)
New York c. 1997
DOWN SOUTH CAMP MEETING
(Fletcher Henderson)
HARRY ARNOLD
Sixten Eriksson, Weine Renliden, Bengt-Arne Wallin (tp), Arnold Johansson (tp,v-tb), Ake Persson, Andreas Skjold, George Vernon, Goran Ohlsson (tb), Arne Domnerus, Rolf Backman (sa), Rolf Blomquist (st,fl), Bjarne Nerem (st), Rune Falk (sbar), Bengt Hallberg (pi), Rolf Berg (gt), Georg Riedel (bx), Egil Johansen (bat), Quincy Jones (arranjo) e Harry Arnold (condução)
KINDA BLUES (Harry Arnold)
Live at "The Concert Hall", Estocolmo, Suécia, 28/abril/1958
COUNT’EM (Quincy Jones) 
GEORGE CABLES
George Cables (pi,ldr), Essiet Okon Essiet (bx) e Victor Lewis (bat)
AFTER THE MORNING
(John Hicks)
Brooklyn, NY, 10/fevereiro/ 2015

GRAVAÇÃO INÉDITA DE JOÃO GILBERTO E STAN GETZ

16 janeiro 2017







O selo Resonance lançou no mercado um álbum com gravações feitas em 1976 no clube de jazz - Keystone Korner de San Francisco,  jamais publicadas.

As gravações deixaram representadas as apresentações do cantor e compositor João Gilberto e do saxofonista Stan Getz, além deles, pelo pianista Joanne Brackeen, o baixista Clint Houston e o baterista Billy Hart.
O álbum é chamado "Getz / Gilberto '76" e foi publicado 50 anos após o outro, que teve mais de um milhão de vendas (Verve), bem como um prêmio Grammy, "Getz / Gilberto" em dois volumes diferentes (1964 e 1966).
O novo álbum está disponível em uma caixa de luxo, em formato de CD, mas também em um LP de edição limitada em vinil.
Junto com o álbum inédito, foi publicado um outro com o mesmo quarteto de Stan Getz, João Gilberto, mas, intitulado Moments In Time.

(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz de Pablo Aguirre)


NOTA: Resonance Records é uma gravadora de jazz independente estabelecida em 2008 como a peça central da Rising Jazz Stars Foundation, uma organização sem fins lucrativos dedicada à preservação da arte e legado do jazz. A etiqueta é baseada em Los Angeles, Califórnia e é dedicada à preservação do jazz e descobrir as estrelas em ascensão de amanhã. O “cast” da etiqueta inclui John Beasley, Bill Cunliffe, Tamir Hendelman, Christian Howes, Kathy Kosins, Andreas Öberg, Marian Petrescu, Claudio Roditi, Donald Vega e outros.

Também a Resonance Records lançou gravações de John Coltrane, Bill Evans, Gene Harris, Scott LaFaro, Charles Lloyd e Wes Montgomery.

P O D C A S T # 3 4 4

13 janeiro 2017

ETHAN IVERSON
CARMELL JONES






GEORGE SHEARING
HARRY ARNOLD
















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11 janeiro 2017



Piano – Uma História de 300 anos, edição do SESC, com apresentação e texto de João Marcos Coelho, DVD com duração de 68 minutos e livro com 78 páginas, é trabalho sério e de qualidade abordando obras de J.S.Bach, Scarlatti, Mozart, Beethoven, Chopin, Brahms e outros.     Recomendamos mais esta realização do SESC, sempre lançando material de qualidade.

Havíamos interrompido a edição da série “PIANISTAS DE JAZZ” na “20ª Parte” com o pianista número “24” (Bill Evans, 24.b Acima de Qualquer Nivel) em 17/outubro/2015 e agora prosseguimos com o pianista número “25”, Errol Garner, que será postado em 03 partes, dada a extensão do texto.
                                                          Série   “PIANISTAS  DE  JAZZ
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
21ª Parte
(25)(a) ERROLL GARNER         Excelência sem estudo
Boa parte do texto seguinte foi feito para trabalho conjunto com nosso falecido amigo e Mestre LUIZ CARLOS ANTUNES, o “Lula”, quando pensávamos em escrever livro dedicado e esse gigante do teclado, ERROLL GARNER.

Escrevia “Lula” que a admiração dele por GARNER ocorreu no início da década de cinqüenta do século passado, quando o rádio ainda cumpria seu primordial papel de difusor cultural. Certa tarde “Lula” foi atraído para perto do rádio por uma música executada por um pianista de forma totalmente diferente do que habitualmente se ouvia; colou os ouvidos no aparelho, aguardando o anúncio do locutor e foi premiado: - Ouvimos “Penthouse Serenade” com o pianista Erroll Garner. 
Naquela época o comércio fonográfico ainda era incipiente, principalmente no que se referia a LP’s, então escassos. Após infrutíferas buscas, foi orientado por amigos a procurar as “Lojas Murray” (centro da cidade do Rio de Janeiro), onde Jonas Silva, mais tarde proprietário do selo “Imagem”, importava discos sob encomenda. Por sorte, lá estava o 10” da “Savoy” com o “Penthouse Serenade”.
Daí para a frente, procurou adquirir tudo o que ERROLL GARNER gravou, principalmente os LP’s lançados no Brasil.
Coletou o máximo possível de informações, organizando arquivo próprio com entrevistas, reportagens, “releases” e noticiário referente á estadia de ERROLL GARNER no Rio de Janeiro, quando se apresentou no Teatro Municipal em magnífica récita, ocorrida em 10 de julho de 1970 (viajou para São Paulo no dia seguinte, onde realizou 03 apresentações de 12 a 15 de julho, retornou ao Rio de Janeiro no dia 16 de julho, de passagem para temporada na Europa).
Entusiasmado com a idéia de “Lula” e tendo ouvido, admirado e desfrutado da arte pianística de ERROLL GARNER desde os anos 50 do século passado, dediquei tempo para pesquisar a vida desse músico excepcional. 
Na verdade e na sua aparente (nunca real) limitação de “aproach”, GARNER possuía amplo senso de organização sonora, o que lhe permitia desempenho pianístico com sonoridade de grande orquestra, a par de ter sido um dos grandes improvisadores do JAZZ.
Os que tiveram a ventura de acompanhá-lo quase nunca sabiam o que seria executado. Seu repertório, constantemente renovado, era vastíssimo e mesmo quando retornava a um tema, modificava o tempo, ou a harmonia, ou a tonalidade, conferindo execução inteiramente diferente da(s) anterior(es). Um dos clássicos exemplos disso são as 04(quatro) versões que deixou registradas de “St. Louis Blues”.
Uma escuta atenta e uma análise aprofundada do extenso patrimônio discográfico que GARNER nos legou, nos faz descobrir, sob a superfície luxuriante carregada de tons rapsódicos, de arpégios e aparência barroca, um admirável domínio da vizinhança de todos os estilos pianísticos: é um pequeno universo do “piano-Jazz”.
Do “stride-piano” de James P. Johnson e “Fats” Waller(escute-se a versão de GARNER em setembro de 1945, do clássico “I Know That You Know”), ao “boogie-woogie”(“Boogie Woogie Boogie” de dezembro de 1944) e ao largo emprego dos “block-chords”(1953, “I’ve Got My Love To Keep Me Warm”), GARNER está sempre a vontade.
Mesmo não sendo um devoto do “Blues” dos quais poucos registrou, ainda assim e como demonstrou na gravação de “Way Back Blues” em 1956, possuía um “feeling” exato.
De resto suas mãos se multiplicam: ataque poderoso com as duas, impressionante rapidez e destreza com a direita(ouvir sua versão de “Honeysuckle Rose” de janeiro de 1951), inconfundível e característica defasagem(ligeiro atraso) da direita em relação à esquerda(“Undecided” de março de 1949 é um primeiro de múltiplos exemplos) e completa independência entre as duas – o que lhe permitia combinar ritmos diferentes com absoluta naturalidade(ouça-se o registro de 1956 para “But Not For Me”). Permanente carga de “swing”, alimentando incessantemente sua improvisação com inesgotável fantasia criativa, desenvolvendo ao infinito qualquer melodia, mesmo se banal, enriquecendo-a com adornos, tessituras rapsódicas, variações de timbre, até literalmente transfigurá-la.
Como episódio esclarecedor das execuções de GARNER, lembramos a exclamação de Jerome Kern após escutar as peças de sua autoria, “Who” e “Yesterdays”, gravadas por GARNER em março de 1955(texto da capa do LP “Erroll”, EmArcy MG 36.069):
“..........será possível que tudo isso seja obra minha ? ? ? .............”.
É importante lembrar as magníficas “introduções” de GARNER, sempre inovadoras e imprevisíveis mesmo para ouvintes preparados, provocando a curiosidade e criando suspense até que, quando ele atacava o tema com seu inconfundível “Garner beat”, o auditório não podia fazer menos que explodir em ovação, descarregando a tensão acumulada e deixando-se envolver pela impressionante cascata de notas.
Simples é ouvir e deliciar-se com a música de ERROLL GARNER, mas complexo é analisá-la. Transcrevemos a seguir em tradução livre e adaptada, uma pequena parte do artigo de Mini Clar(revista “The Jazz Review” de janeiro de 1959, páginas 06 a 10), gentilmente cedido pelo “cjubiano”Carlos Augusto Tibau Ribeiro.
“........Analisar a música de ERROLL GARNER envolve o exame, não de um, mas de vários estilos de tocar. Talvez mais que qualquer outro pianista de JAZZ, ele sempre prosseguiu desenvolvendo seu estilo. De um início razoavelmente simples, GARNER forjou continuamente a produção de uma crescente complexidade de idéias e de sons. Sem importar o quanto seu desenvolvimento foi radical, ele sempre manteve identidade musical marcante em todo o seu trabalho. 
Três influências(ou raízes) são identificáveis no estilo de GARNER, a saber: (1) o Ragtime, (2) o Impressionismo e (3) o “Stride-piano” do Harlem à “Fats” Waller. As harmonias luxuriantes e as sinuosidades sonhadoras, nas baladas em tempo lento de GARNER, vêm do Impressionismo; o balanço e a jovialidade nas faixas em “up-tempo” derivam do Ragtime; a vitalidade robusta e o humor insinuante que permeiam seu toque, vem de “Fats” Waller e da sua escola “Stride”. Observe-se que essas raízes são puramente pianísticas, sem influência de estilos conseqüentes dos instrumentos de sopro. Uma aproximação bem satisfatória pra o estudo do estilo de Garner pode ser obtida considerando: melodia / harmonia / ritmo / cores tonais / expressão emocional. Melodicamente GARNER utiliza cada recurso possível em sua improvisação: as duas mãos executam papéis melódicos(padrões para a mão esquerda, trabalho de mãos cruzadas e freqüente alternância de fragmentos melódicos). Em execuções com um único dedo GARNER emprega notas de enfeite, apogiaturas simples e duplas, arpégios ascendentes e descendentes, escalas cromáticas e diatônicas, escalas pentatônicas e repetição de notas. A repetição constante de notas da melodia é uma marca registrada de GARNER: notas ou acordes são repetidos duas ou três vezes por tempo.....”
Erroll Louis Garner, artisticamente ERROLL GARNER, nasceu em 15 de junho de 1921 na cidade de Pittsburgh, na Pensilvânia., a mesma cidade natal de tantos e tantos outros nomes importantes no JAZZ e nos espetáculos, que citaremos mais adiante.
A família era musical: o pai era tenor na Igreja e um diletante do piano e de outros instrumentos(guitarra e bandolim em um conjunto amador), que tocava de ouvido; seu irmão mais velho, Linton, tocava trumpete, piano e fazia arranjos, tendo chegado a colaborar com Billy Eckstine e Dizzy Gillespie; as irmãs mais jovens, Martha e Ruth, estudaram piano. Em contrapartida GARNER teve um irmão gêmeo, Ernest, que para desespero da família nasceu retardado e viveu muito tempo em um instituto de reabilitação psico-física.
Nesse ambiente a educação musical do menino GARNER estava garantida e ele logo demonstrou possuir audição e memória musicais extraordinárias: o irmão Linton, em seguidas ocasiões, observou com indisfarçável inveja que o menino, mesmo sem conhecimento musical, era capaz de tocar qualquer música após ouvi-la uma única vez.
Sua irmã Ruth declarou a James M. Doran, biógrafo de GARNER, que quando este estava tomando lições de música, ao invés de aprender a ler as partituras memorizava os exercícios tal como a professora os executava no teclado: depois os tocava sem respeitar as notas do pentagrama, mas à sua maneira, com digitação “heterodoxa” e interpretação toda pessoal. Segundo a família GARNER com nada mais que 03 anos de idade já executava com as 02 mãos trechos de Art Tatum, Teddy Wilson, Earl Hines e “Fats” Waller: ouvia os discos e os reproduzia de ouvido.
Claro que depois de cansativas e infrutíferas tentativas de ensinar a maneira “correta” ao menino GARNER, a professora recusou-se a prosseguir ensinando-o, até porque o interesse maior do seu aluno era o beisebal.
Deixado à sua sorte GARNER saiu-se muito bem, se confirmada a versão de que já aos 10(dez) anos participava de uma orquestra de jovens, a “Kan-D-Kids”, que se apresentava regularmente na rádio local(emissora KDKA).
Aos 11(onze) anos o menino GARNER tocou nos “riverboats” do Rio Allegheny.
Na escola e entre outros que o encorajaram a “ir para a estrada”, destacaram-se seu amigo Dodo Marmarosa e o então bem jovem Billy Strayhorn(ambos já então com sólida formação musical), assim como Fritz Jones(leia-se Ahmad Jamal), que foi um de seus principais seguidores musicais. 
Tantos músicos como contemporâneos ? ? ? Claro que sim; Pittsburgh foi importante celeiro de figuras do JAZZ ou ligadas ao mundo dos espetáculos, bastando citar-se, por exemplos e entre outros, os seguintes nativos:
Ahmad Jamal - Art Blakey - Babe Russin - Barry Galbraith - Billy Eckstine - Billy May - Billy Strayhorn - Bob Cooper - Christina Aguilera - Dodo(Michael) Marmarosa - Dakota Staton - Eddie Safranski - George Benson - Henry Mancini - Horace Parlan - Kenny Clarke - Lena Horne - Mary lou Williams - Oscar Levant - Paul Chambers - Perry Como - Ray Brown - Roy Eldridge - Shirley Jones - Stanley Turrentine - Stephen Foster - Tommy Turrentine - Victor Herbert....ufa!!
GARNER não se exercitava muito e era do tipo que gostava de viver muitíssimo bem, mesmo sem possuir um piano à sua disposição. A quem lhe perguntava qual era o segredo de uma técnica, respondia:
“....basta sentar-me ante o piano e pedir às mãos que façam seu trabalho....”
Sempre será lembrada sua declaração(revista “Melody Maker”, dezembro de 1952) de que:
“....se posso soar melhor sem ler música, porque deve mudar meu estilo???... para mim é suficiente escutar, sentir a música - deixo a leitura para os outros....”
A carreira precoce a partir de então estava delineada e prosseguiria sem obstáculos. 

Prosseguiremos nos próximos dias

BANDA MANTIQUEIRA COM ALMA

Recebemos de nosso colaborador Pedro Cardoso o CD COM ALMA  da Banda Paulista MANTIQUEIRA contando com convidados ilustres Wynton Marsalis e Romero Lubambo.  

“Manter uma orquestra ativa durante 25 anos já é por si só uma proeza, mas os músicos da Banda Mantiqueira e seus fãs têm mais a comemorar com o lançamento desse álbum. Basta ouvir algumas faixas para comprovar que a aventura iniciada por essa big band paulistana, em 1991, resultou em uma liguagem instrumental brasileira que não se fecha às enriquecedoras influências de outras tradições musicais... “ 
(Notas do encarte do CD)

Integrantes: Nailor Proveta (sax alto, clarinete, arranjos e direção); Ubaldo Versolato (sax barítono, flauta e piccolo); Josué dos Santos (sax tenor e flauta); Cássio Ferreira (sax tenor, sax soprano e flauta); Valdir Ferreira (trombone de vara); Odésio Jericó, Walmir Gil e Nahor Gomes (trompete e flugelhorn); François de Lima (trombone de válvulas); Jarbas Barbosa (guitarra elérica); Edson Alves (arranjos, contrabaixo elétrico e violão); Cleber Almeida e Fred Prince (percussão); Celso de Almeida (bateria).
Participações especiais: Cacá Malaquias (autor e arranjos); Wynton Marsalis (flugelhorn) e Romero Lubambo (violão).
Ao clicar no link abaixo poderá ouvir a faixa CON ALMA (Dizzy Gillespie) com arranjo de Edson Alves e solos de Wynton Marsalis (flugelhorn), Romero Lubambo (violão) e Josué dos Santos (sax tenor). 



CD cedido pelo Produtor Executivo Roberto Bruzadin  

 www.sescsp.org.br/livraria link através do qual pode ser adquirido o cd da BANDA MANTIQUEIRA e outros do selo SESC.

CRÉDITOS DO PODCAST # 343

10 janeiro 2017

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÃO
LOCAL /DATA
WYNTON MARSALIS
Wynton Marsalis (tp), Bob Wilbert (cl), Victor Goines (st, ssop, ssop curvo), Olivier Franc (sa, ssop), Wyclife Gordon (tb), Dan Nimmer (pi), Carlos Henriquez (bx) e Ali Jackson (bat)
THE SHEIK OF ARABY
(Harry Beasley Smith / Ted Snyder / Francis Wheeler)
Festival Jazz Marciac de 2009 na França
BECHET’S FANTASY (Sidney Bechet)
CAKE WALKIN’ BABIES FROM HOME  (Chris Smith / Henry Troy / Clarence Williams)
SUMMERTIME (G. Gershwin)
PROMENADE AUX CHAMPS ELYSÉES  (Sidney Bechet )
PETITE FLEUR (Sidney Bechet )
THE WAY I RIDE (Tradicional)
SWEET LOUISIANA (Sidney Bechet)

ADEUS A NAT HENTOFF, CRÍTICO E HISTORIADOR DO JAZZ

09 janeiro 2017


Nat Hentoff nos deixou dia 7/janeiro/2017 aos idade 91, depois de uma vida intelectual intensa dedicado com paixão para escrever sobre o jazz e para defender os direitos civis nos EUA.
Durante décadas ele escreveu regularmente para o Washington Post, assim como para Down Beat (revista de jazz que já foi seu diretor), Jazz Times e outras publicações. Ele foi co-fundador da publicação Jazz Review e escreveu notas para vários álbuns famosos, incluindo "Giant Steps", de John Coltrane. Por duas vezes ele foi finalista para o prestigioso prêmio "Pulitzer" e em 2003 foi um dos primeiros agraciados, sem ser um músico, com o título Mestre do Jazz pela National Endowment for the Arts - (NEA).
Mas, além do jazz, Hentoff se destacou escrevendo colunas e comentários sobre a discórdia social, a desigualdade e a injustiça racial, a liberdade e a luta pelos direitos sociais. Foi um dos defensores mais assíduos dos direitos constitucionais dos Estados Unidos, especialmente a liberdade de expressão.
Sua produção intelectual, além de escrever para jornais e revistas, possui mais de 35 livros, incluindo vários romances, e ele era um ávido leitor com milhares de livros em sua biblioteca pessoal.
No mundo do jazz, quando jovem, ele descobriu Artie Shaw e Louis Armstrong, cuja música o marcou profundamente. Ao longo do tempo a sua admiração abrangeu Thelonious Monk, Charlie Parker, Charles Mingus, Miles Davis, Ornette Coleman e Cecil Taylor, através de todos os estilos contemporâneos.
Durante anos, também ele apresentou um programa de rádio em Boston.
Os artigos que escreveu em seus últimos anos foram publicados pelo Wall Street Journal.
Parece relevante e apropriado, nestas circunstâncias, informar acerca do documentário sobre sua vida, lançado a um par de anos atrás, em Nova York e Los Angeles. O documentário inclui conversas com Hentoff, além de clipes de entrevistas com Amiri Baraka, Stanley Crouch, Floyd Abrams, Aryeh Neier e Dan Morgenstern (outro grande crítico e escritor de jazz), bem como fotografias, filmes inéditos, música e coletânea de entrevistas.
O filme é chamado de - "The Pleasures Of Being Out Of Step: Notes On The Life Of Nat Hentoff"  e foi dirigido por David L. Lewis. Na trilha de música tem-se: Duke Ellington, Miles Davis, John Coltrane, Charles Mingus e incluídos muitos outros músicos que eram amigos do jornalista ou foram muito admirados por ele .
Como mencionamos, além de crítico e colunista por décadas, Hentoff era um escritor e historiador de jazz, além de romancista e jornalista político (muito sobre as liberdades civis). Ao longo dos anos, ele escreveu um imenso conjunto de colunas, artigos, críticas, comentários e notas para álbuns de jazz.
Seu nome é respeitado e irá permanecer no seu país, na Europa e em outros lugares.


(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz de Pablo Aguirre)

UM SONHO REALIZADO

08 janeiro 2017

No início dos anos 60 eu estava no auge das minhas atividades jazzísticas, ou seja, comprava meus vinis frequentando os sebos do Rio de Janeiro, ouvia O Assunto é Jazz e outros programas de Jazz das rádios, participava das reuniões na casa do amigo Lula, assistia as apresentações dos músicos estrangeiros como o American Jazz Festival (1961) entre outros, comprava livros do assunto, enfim, respirava Jazz as 24 horas do dia. Girava também na minha cabeça um projeto de escrever uma discografia de Jazz de Lps editados no Brasil. Levei minha ideia para os amigos para sentir se existiria uma necessidade de tal projeto. Todos acharam que seria muito importante para a memória do Jazz no Brasil no que se refere das edições dos Lps aqui lançados. Numa ida ao apartamento do Sylvio Tulio Cardoso em Botafogo, junto com os amigos Lula, Luiz Fernando Pinho e Helio Galindo, apresentei a ele a minha ideia e qual não foi minha surpresa quando o Sylvio me deu um forte abraço e disse que me ajudaria em tudo que eu precisasse e que achava de fundamental importância o projeto. Saí de lá eufórico e bastante animado em dar prosseguimento na minha ideia. E foi o que fiz. Num dos encontros das sextas na Lojas Murray conversei também com o Raffaelli que nos dias que se seguiram também me ajudou muito me enviando correspondências com algumas das gravações dos Lps de Jazz de 10 polegadas editados no Brasil. Comecei também a coletar as informações nas lojas de discos, na Biblioteca Nacional, para onde as gravadoras enviavam seus catálogos, em publicações nos jornais, enfim, aonde pudesse achar alguma coisa eu estava lá pesquisando. O Sylvio me ligou algumas vezes e me passava algumas informações. Na sua coluna de O Globo ele também as vezes publicava alguma coisa. Ele veio a falecer em 1967 e esta minha preciosa fonte não existia mais. Com o termino das publicações dos vinis de 10 polegadas, eu continuei me concentrando nas edições dos Lps de 12 polegadas. Resolvi fazer um apanhado das informações dos vinis de 10 polegadas de Jazz e fechar a discografia. Agora viria a parte mais trabalhosa, ou seja, coletar os músicos e datas das gravações editadas. Eu possuía diversas discografias publicadas que eu havia importado e que me foi de grande valia para especificar ao máximo estas informações discográficas. Com uma mudança de residência a grande maioria das informações dos Lps de 12 polegadas que eu havia feito foram perdidas mas a informações dos Lps de 10 polegadas haviam sobrevivido. Ao término deste projeto resolvi transcreve-lo para o computador e salva-lo em PDF. E é esse projeto que eu estou disponibilizando para quem estiver interessado e possa baixar, e também esperando que seja de alguma valia aos jazzistas, colecionadores ou não.  
Forte abraço.




P O D C A S T # 3 4 3

06 janeiro 2017


O PROVEDOR DE ÁUDIO MUDOU A FORMA DE ACESSO AO ÁUDIO. VOCÊ DEVERÁ CLICAR NO LINK ABAIXO E SERÁ DIRECIONADO PARA O SITE ZIPPYSHARE. O PRIMEIRO CLIQUE NO ÁUDIO SEMPRE REMETE A UM ANÚNCIO, APAGUE O ANÚNCIO (X) E VOLTE AO STREAMING DE ÁUDIO. O MELHOR É FAZER O DOWNLOAD NOW E OUVIR NO COMPUTADOR.


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CRÉDITOS DO PODCAST # 342

03 janeiro 2017

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
GRAVAÇÕES LOCAL e DATA
CAROL WELSMAN
Carol Welsman (vcl,pi) Guido Basso (flh), Phil Dwyer (st), Paul Novotny (bx) e Mark Kelso (bat)
LUCKY TO BE ME
 (Leonard Bernstein / Betty Comden / Adolph Green)
Toronto, Canadá, 13/dezembro/1994
CARLA NORMAND
Carla Normand (vcl), Bob Schulz (cnt), Don Neely (sa, direção), Ray Skjelbred (pi), Dix Bruce (gt), Steve Hanson (bx) e Steve Apple (bat)
JUST YOU JUST ME
(Jesse Greer / Raymond Klages)
Berkeley, CA, 1991
AGA ZARYAN
Aga Zaryan (vcl)  acc dos músicos poloneses: Tomasz Szukalski (st), Michal Tokaj (pi), Darek Oleszkiewicz (bx) e Lukasz Zyta (bat)
I'VE GOT THE WORLD ON A STRING
(Harold Arlen / Ted Koehler)
Varsóvia, Polônia, 4/setembro/2001
IRENE KRAL
Herb Pomeroy Orchestra: Irene Kral (vcl), Herb Pomeroy (tp, ldr), Lennie Johnson, Augie Ferretti, Nick Capezuto, Bill Berry (tp), Gene DiStasio, Joe Ciavardone, Bill Legan (tb), Dave Chapman, Charlie Mariano (sa), Varty Haroutunian, Joe Caruso (st), Jimmy Mosher (sbar), Ray Santisi (pi), John Neves (bx), Jimmy Zitano (bat) e  Ernie Wilkins (arranjo)
WHAT'S RIGHT FOR YOU
(Tommy Goodman)
New York, /novembro/1958
SYLVIA SYMMS
Sylvia Syms (vcl) acc by Don Elliott (tp), Kai Winding (tb), Al Cohn (st), Elliot Eberhard (pi), Clyde Lombardi (bx), Jimmy Campbell (bat) e Johnny Richards (arranjo)
TEA FOR TWO
(Irving Caesar / Vincent Youmans
New York, 9/fevereiro/1954
KELLY JOHNSON
Kelley Johnson (vcl) acc pelo trio John Hansen (pi), Paul Gabrielson (bx) e Julian MacDonough  (bat)
A LOVELY NIGHT
(Oscar Hammerstein II / Richard Rodgers)
Redmond (Washington) c. 2008
TERAESA VINSON
Teraesa Vinson (vcl) e Tom Dempsey (gt)   
MY HOW THE TIME GOES BY
(Cy Coleman / Carolyn Leigh)
New York, c. 2007
LEE WILEY 
Lee Wiley  (vcl),  Bobby Hackett (cnt), Joe Bushkin (pi), Billy Goodall (bx) e Charlie Smith (bat)
SUGAR
(Edna Alexander / Sidney Mitchell / Maceo Pinkard) 
New York, 12/dezembro/1950
MARY WITT
Mary Witt (vcl,bx), Gary Maynard (tp), Chris Glanville (tb), Kerry Blount (st), Chris Haynes (pi), Zack Danziger, Ann Percival (gt, vcl), Pieter Struyk (bat)
ALMOST LIKE BEING IN LOVE
(Alan Jay Lerner / Frederick Loewe)
New York, c. 2005
JANE MONHEIT
Jane Monheit (vcl) Geoff Keezer (pi),  Christian McBride (bx) e Lewis Nash (bat)
HONEYSUCKLE ROSE
(Fats Waller / Andy Razaf)
Los Angeles, maio/ 2004
JANET LAWSON
Janet Lawson (vcl), Roger Rosenberg (sbar), Bill O'Connell (pi), Ratzo Harris (bx) e Jimmy Madison (bat)
IT AIN'T NECESSARILY SO
(George Gershwin / Ira Gershwin) 
Stroudsburg, PA, maio/1983
NNENNA FREELON
Nnenna Freelon (vcl), Bill Anschell (pi), John Brown (bx), Woody Williams (bat) e os convidados : Scott Sawyer (gt) e Alex Acuna (cga)
SHAKING FREE
(Bill Anschell / John Brown / Nnenna Freelon / Woody Williams)
Burbank, CA, 27/fevereiro/1996
BETTY ROCHE
Betty Roche (vcl), Conte Candoli (tp), Eddie Costa (vib), Donn Trenner (pi), Whitey Mitchell (bx) e Davey Williams (bat)
SEPTEMBER IN THE RAIN
(Al Dubin / Harry Warren)
New York, , abril/1956
KARRIN ALLYSON
Karrin Allyson (vcl, pi), Rod Fleeman (gt),  Danny Embrey (el-gt), Bob Bowman (bx) e Todd Strait (bat)
NATURE BOY (Eden Ahbez)
Kansas City, Missouri, c. 1993
CARLA COOK 
Carla Cook (vcl), Cyrus Chestnut (pi), Bruce Barth (pi), Kenny Davis (bx) e Billy Kilson (bat)
WEAK FOR THE MAN
(Jeanne Burns / Noël Coward)
Brooklyn, NY, 21/junho/2002

QUEM TEM MEDO DO JAZZ 09

02 janeiro 2017

Olá turma.
Feliz 2017 para todos.
Que tal começarmos o novo ano apresentando a primeira gravação da história do Jazz? E foi isso que fiz no meu canal do Youtube (Carlos Tibau) e que trago até vocês, e também espero seus comentários e críticas. Obrigado.
Forte abraço para todos.

https://www.youtube.com/watch?v=1Niyd683TRE&feature=youtu.be

 https://youtu.be/1Niyd683TRE




P O D C A S T # 3 4 2

30 dezembro 2016


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RECORDANDO O GRANDE BUDDY DE FRANCO

29 dezembro 2016

Após oito décadas influentes, o grande clarinetista Buddy De Franco, que abriu o caminho para a transição de seu instrumento do swing ao bebop, morreu em 24 de dezembro de 2014, aos 91 anos de idade e hoje queremos lembrá-lo mais uma vez .
DeFranco começou sua carreira como adolescente, no final da década dos anos 30 começou a admirar Artie Shaw e na década de 40 participou das bandas de Gene Krupa, Tommy Dorsey e Charlie Barnet. Na década seguinte, ele entrou para o Count Basie Septet.
Ele gravou e participou de concertos com algumas das celebridades da época, como Frank Sinatra, Billie Holiday, Tony Bennett, Ella Fitzgerald, Nat King Cole, Oscar Peterson e Art Tatum.
Quando Charlie Parker e Dizzy Gillespie (entre outros) começaram a " revolução bop " Buddy DeFranco se interessou imediatamente e formou um quarteto para desenvolver esse estilo com Art Blakey, Kenny Drew e Eugene Wright. Ele excursionou pela Europa e, em 1954, Norman Granz, produtor da "Jazz At The Philharmonic", o reuniu com Oscar Peterson e Art Tatum, com quem gravou sessões históricas.
Nas décadas seguintes, DeFranco trabalhou, principalmente na televisão, incluindo o seu próprio show, mas continuou dirigindo conjuntos de jazz, especialmente com Terry Gibbs nos anos 80 e 90. Trabalhou também com músicos de jazz do estilo "west coast".
Em sua carreira, ele recebeu inúmeros prêmios e honrarias. Em 2007, ganhou o prêmio de maior prestígio para músicos de jazz dos Estados Unidos, MASTER NEA (National Endowment for the Arts).
Buddy De Franco deixou gravado mais de 160 álbuns.


(traduzido e adaptado do blog NOTICIAS DE JAZZ  de Pablo Aguirre)

DABUS BROTHERS & HECTOR COSTITA

28 dezembro 2016

Numa ida recente a São Paulo, tive a satisfação de retornar à simpática casa All Of Jazz, no bairro do Itaim, na noite em que lá se apresentavam o Dabus Brothers (quarteto composto pelos irmãos Álvaro Dabus - trompete, André Dabus - bateria, Giba Estevez - piano, e Airton ao baixo acústico), com o especial convidado, o lendário Maestro, compositor, clarinetista e saxofonista Hector Costita, que fez parte do grupo do pianista Sergio Mendes no antológico álbum Você ainda não ouviu nada. Som delicioso, belíssimos solos, e um bom bate-papo ao final, conhecendo mais detalhes de uma época de Ouro da música que saía do Beco das Garrafas (Bottles e Little Club). Temas como Nôa Nôa, Clouds, Razão de Viver, Cherokee....
Fica a dica para os paulistas para que em 2017 não percam este show, que costuma ocorrer uma vez ao mês. Certeza de boa música"

Texto do nosso colaborador BETO KESSEL

LEMBRANDO YUSEF LATEEF


No Natal de 2013, relatou-se a morte aos 93 anos de idade, do lendário músico de jazz Yusef Lateef (cujo nome original era Bill Evans antes de se converter ao Islã em 1950), depois de uma carreira de mais de 5 décadas. Yusef Lateef principalmente tocando sax tenor, flauta, oboé e fagote, mas também, bem como uma série de outros instrumentos indígenas de sopro, especialmente na última parte de sua carreira, quando ele abraçou a "música do mundo".
Lateef, que foi uma grande influência sobre John Coltrane, foi revelado tocando com Milt Jackson, Paul Chambers, Elvin Jones e Kenny Burrell. Em seguida, viajou com a orquestra de Dizzy Gillespie. Na primeira metade da década de 60 ele se juntou ao influente Sexteto Cannonball Adderley. Ele gravou cerca de 70 álbuns como líder de seus próprios conjuntos, e uma quantidade considerável como parte de outras bandas, incluindo as de Nat Adderley, Curtis Fuller, Charles Mingus e de Art Farmer.
Ele obteve os graus acadêmicos na Manhattan School of Music, nos anos 60, onde tinha ido para estudar. Em seguida, obteve um doutorado na Universidade de Massachusetts.
Em 1987, ganhou o Grammy por seu "Little Symphony", em que ele tocou todos seus instrumentos. 
Em 2010 foi incluído na lista do NEA Jazz Masters (National Endowment of the Arts), maior honra artística dos EUA.
Lateef também publicou uma série de livros, incluindo o seu autobiografía "The Gentle Giant".

(traduzido e adaptado do blog NOTICIAS DE JAZZ  de Pablo Aguirre)