Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

CRÉDITOS DO PODCAST # 211

18 junho 2014

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS
Todos de autoria de Cole Porter
LOCAL e DATA
COLE PORTER
Coler Porter (pi, vcl)
ANYTHING GOES
Victor Studio, NY 27/novembro/1934
LENA HORNE
orquestra de Lennie Hayton com arranjo de Joe Reisman
FROM THIS MOMENT ON
Webster Hall, NY, 4/abril/1956
ANITA O’DAY
Billy May's Orchestra: Anita O'Day (vcl) acc by Mannie Klein, Conrad Gozzo, Frank Beach, Uan Rasey (tp) Dave Wells, Si Zentner, Dick Noel, Ed Kusby (tb) Skeets Herfurt, Wilbur Schwartz (as) Justin Gordon, Gene Cipriano (ts) Chuck Gentry (bar) Al Pellegrini (p) Tommy Tedesco (g) George Morrow (b) Mel Lewis (d) Billy May (arr,dir)
GET OUT OF TOWN
Hollywood, CA, 9/abril/1959
BILLIE HOLIDAY
Eddie Heywood And His Orchestra : Shad Collins (tp), Leslie Johnakins, Eddie Barefield (sa), Lester Young (st), Eddie Heywood (pi), John Collins (gt), Ted Sturgis (bx), Kenny Clarke (bat) e Billie Holiday (vcl)
LET’S DO IT
New York, 21/março/1941
SHORTY ROGERS
Shorty Rogers (tp), Milt Bernhart (tb), Bud Shank (fl,sa), Bob Cooper (st,oboe), Jimmy Giuffre (sbar), Andre Previn (pi), Jack Marshall (gt), Joe Mondragon (bx) e Shelly Manne (bat)
IT’S DELOVELY
Los Angeles, 14/setembro/1954
SIDNEY BECHET
Sidney Bechet Quartet : Sidney Bechet (ss), Lloyd Phillips (pi), Pops Foster (bx) e Freddie Moore (bat)
LOVE FOR SALE
New York, 23/julho/ 1947
CARMEN MCRAE
Carmen McRae (vcl), Marshall Otwell (pi), Jim Andron (bx) e Mark Pulice (bat)
I CONCENTRATE ON YOU
Fort Lauderdale, Florida, 17/janeiro/1981
ARTIE SHAW
Artie Shaw And His Orchestra : John Best, Claude Bowen, Chuck Peterson (tp) George Arus, Ted Vesely (tb) Harry Rogers (tb), Artie Shaw (cl), Les Robinson, Hank Freeman (sa), Tony Pastor e Ronnie Perry (st), Les Burness (pi), Al Avola (gt), Sid Weiss (bx), Cliff Leeman (bat) e Jerry Gray(arranjo)
BEGIN THE BEGUINE
New York, 24/julho/1938
COLEMAN HAWKINS
Manny Album And His Orchestra : Nick Travis (tp), Chauncey Welsch (tb), Al Epstein (sa), Coleman Hawkins (st), Ray Beckenstein (fl), Romeo Penque (sbar), Marty Wilson (vib,) Hank Jones (pi), Barry Galbraith (gt), Arnold Fishkin (bx), Osie Johnson (bat) e Manny Albam (ldr,cond)
I LOVE PARIS
New York, 9/julho/1956
PAUL DESMOND
Al Richman (fhr), Romeo Penque, Stan Webb (st), Gloria Agostini (harp), Jim Hall (gt), Milt Hinton (bx), Bobby Thomas (perc), Paul Desmond (as, ldr)  + cordas, Bob Prince (condução)
I’VE GOT YOU UNDER MY SKIN
Webster Hall, New York, 2/outubro/1961
TOMMY DORSEY
Tommy Dorsey And His Orchestra : Johnny Amoroso, Stan Stout, Doc Severinsen, Ray Wetzel (tp), Ange Callea, Nick DiMaio, Billy Pritchard (tb), Walt Levinsky (cl, sa), Hugo Lowenstern (sa), Babe Fresk, Boomie Richman (st), Sol Schlinger (sbar), Gene Kutch (pi), Sam Herman (gt), Ward Erwin (bx), Buddy Rich (bat), Bill Finegan (arranjo)
I GET A KICK OUT OF YOU
New York, 4/janeiro/1950
JOHN COLTRANE
John Coltrane (st), Earl May (bx) e Art Taylor (bat)
I LOVE YOU
Hackensack, N.J., 16/agosto/1957
SARAH VAUGHAN
Sarah Vaughan (vcl) acc by Sir Roland Hanna (pi), Richard Davis (bx) e Percy Brice (bat)
WHAT IS THIS THING CALLED LOVE ?
Radio Broadcast "The Navy Swings", Los Angeles, 1961
CANNONBALL ADDERLEY
Nat Adderley (cnt), J.J. Johnson (tb), Cannonball Adderley (as, ldr), Jerome Richardson (fhr,st) Cecil Payne (sbar), John Williams (pi), Paul Chambers (bx) Kenny Clarke (bat) e Quincy Jones (arranjo e condução)
YOU’D BE SO NICE TO COME HOME TO
New York, 29/julho/1955
SONNY ROLLINS
Sonny Rollins (st), Sonny Clark (pi), Percy Heath (bx) e Roy Haynes (bat)
EVERYTIME WE SAY GOODBYE
New York, 11/junho/1957
LES BROWN
Eddie Bailey, Bob Thorne, Joe Bogart (tp) Warren Brown, Si Zentner (tb) Ronnie Chase (tb,vcl) Les Brown (cl,as,arr) Steve Madrick, Abe Most (as,cl) Wolfe Tayne (ts) Eddie Scherr (sop,ts,bar) Billy Rowland (p) Joe Petrone (g) Charlie Green (b) Eddie Julian (d) Doris Day (vcl) Ben Homer (arr)
LET’S BE BUDDIES
Radio Broadcast, Glen Island Casino, New York, 29/novembro/1940
NAT KING COLE
Mannie Klein, Conrad Gozzo, Frank Beach, Uan Rasey (tp) Dave Wells, Si Zentner, Dick Noel, Ed Kusby (tb) Skeets Herfurt, Wilbur Schwartz (as) Justin Gordon, Gene Cipriano (ts) Chuck Gentry (bar) Al Pellegrini (p) Tommy Tedesco (g) George Morrow (b) Mel Lewis (d) Billy May (arr,dir)
JUST ONE OF THOSE THINGS
New York, 7/agosto/1957
CHARLIE PARKER
Charlie Parker (sa), Walter Bishop, Jr. (pi), Billy Bauer (gt), Teddy Kotick (bx) e Art Taylor (bat)
LOVE FOR SALE
New York, 10/dezembro/1954
B G
Count Basie com Helen Humes ao vcl, Buck Clayton (tp,arr) Shad Collins (tp) Harry "Sweets" Edison (tp,arr) Ed Lewis (tp) Dicky Wells, Dan Minor, Benny Morton (tb) Earl Warren (as) Chu Berry, Lester Young (ts) Jack Washington (bar,as) Count Basie (p) Freddie Green (g) Walter Page (b) Jo Jones (d) Jimmy Rushing, Helen Humes (vcl) Jimmy Mundy (arr)

MY HEART BELONGS TO DADDY
New York, 5/janeiro/1939
o trompete de Dizzy Gillespie, na voz de Ella Fitzgerald e pelo piano de Oscar Peterson, Ray Brown (bx) e Herb eEllis (gt)
New York, 1975

17 junho 2014


ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS  -  24
Joseph Barry Galbraith, artisticamente BARRY GALBRAITH, nasceu no dia 18 de dezembro de 1919 em Pitisburg, estado da Pensilvânia, vindo a falecer aos 63 anos em 13 de janeiro de 1983 na cidade de Bennington, estado de Vermont.
Aprendeu a tocar o banjo de forma auto-didata, sendo que no início dos anos 30 do século passado, portanto ainda na adolescência, passou a dedicar-se à guitarra após ouvir o guitarrista Eddie Lang acompanhando o cantor Bing Crosby.
Iniciou-se profissionalmente nos clubes de Pittsburgh e arredores, sendo que em 1941 e com 22 anos atuou com Red Norvo e Babe Russin.
Nessa época e já em New York chegou a integrar a orquestra de Teddy Powell, que havia constituído sua banda no ano anterior (1940), egresso da banda de Abe Lyman em New York.    Teddy Powell adotou como prefixo de sua banda o tema “Blue Sentimental Mood”, chegando a atuar durante 01 ano no “Rustic Tavern” e a apresentar-se em diversos números do “Coca Cola Spotlight Band Show”.    Na banda de Teddy Powell, cujos arranjos eram assinados por, entre outros, Ray Conniff, chegaram a tocar músicos do calibre de Charlie Ventura, Pete Candoli e Milt Bernhardt.   Isso significa que BARRY GALBRAITH, ainda que auto-didata, “cursou’ uma excelente escola prática.
Ainda em 1941 e até 1942 BARRY passou a integrar outra banda importante, a do pianista, arranjador e líder Claude Thornhill, que antes de montar sua banda tocou nas de Hal Kemp, Benny Goodman, Ray Noble, Artie Shaw, Freddy Martin e outras, isto é, possuía vasta experiência no “metiê” das “Big Bands”.    Tornhill havia iniciado sua banda no ano anterior e adotado como prefixo o tema “Snowfall”.    Participou como banda fixa do programa de televisão “Judy ‘N Jill ‘N Johnny” nas temporadas de 1946 e 1947, gravou para as etiquetas Vocalion, Okeh, Columbia, Decca e Camden e, ao longo do tempo, teve como músicos integrantes de sua banda Conrad Gozzo, Irving Fazola, Nick Fatool, Billy Butterfield, John Graas, Dave Tough, Randy Brooks, Gil Evans, Gerry Mulligan e muitos outros.   
BARRY obteve sucesso e reconhecimento nesse período com Claude Thornhill, mas desligou-se da banda para servir nas Forças Armadas americanas de 1943 a 1946;    retornou ao grupo de Thornhill nos anos de 1946 e 1947, época de participação da banda nos programas de televisão.     Mais “escola” para BARRY GALBRAITH ! ! !
É importante assinalar que Claude Tornhill possuía sólida formação musical (sua mãe queria torná-lo pianista clássico), tendo estudado no “Cincinnati Conservatory” e na “University Of Kentucky”;   Claude também serviu nas Forças Armadas, com destacada atuação na marinha.
Ainda assim e em 1942 BARRY chegou a incorporar-se à banda de Hal McIntyre, sax.tenorista, clarinetista e flautista, que havia iniciado sua banda em New York no ano anterior.   Essa banda gravou para as etiquetas Victor e Cosmo e adotou como prefixos os temas  “Moon Mist” e “Ecstasy”.   McIntire possuía, também, larga vivência no cenário das “Big Bands”, já que era egresso das formações de Glenn Miller, dos irmãos Dorsey (Jimmy e Tommy) e de Smith Ballew.  Teve como músicos, entre outros, Clarence Willard, Vic Hamann, Dave Mathews e Larry Kinsey, contando com arranjos de Billy May.      BARRY GALBRAITH, portanto, sempre teve participação em formações com músicos de primeira linha.
De 1947 e até 1970 BARRY trabalhou no rádio, na televisão (orquestras das redes CBS e NBC) e nos estúdios de gravação, onde atuou com músicos de primeira linha, citando-se entre os principais Coleman Hawkins, Joe Newman, Betty Glamman (harpista então consagrada pela crítica e pelo público), Hal McKusick, Ralph Burns, o também guitarrista Tal Farlow, John Lewis (“remember” o Modern Jazz Quartet), Hank Jones, a vocalista Chris Connor, Sam Most, os arranjadores George Russell e Gil Evans, enfim, uma verdadeira “constelação” de astros musicais.
BARRY granjeou enorme prestígio entre os músicos e as gravadoras e era nessa ocasião, muito provavelmente, o guitarrista mais ativo no panorama novairquino.
Participou da gravação de mais de uma centena de LP’s, quase que totalmente como “sideman” e tendo como titulares, além dos já citados anteriormente, Stan Kenton, Peggy Lee, Ella Fitzgerald, Tony Bennet, Benny Goodman, Benson Brooks, Tommy Shepard, o “Manhattan Jazz Septet”, Wild Bill Davinson, Willie Rodriguez e Jimmy Cleveland.
Podemos ouví-lo integrando a sessão rítmica composta por ele à guitarra, Wynton Kelly, Keeter Betts e Jimmy Cobb (piano/baixo/bateria), na clássica e seminal gravação “For Those In Love” (março de 1955, todos os temas em arranjos de Quincy Jones) da cantora Dinah Washington (Ruth Lee Jones nascida em Tuscaloosa, estado do Alabama, em 29 de agosto de 1924 e falecida no dia  14 de dezembro de 1963, cantora de jazz, blues e música religiosa), com uma banda de qualidade superior:  Clark Terry ao trumpete, Jimmy Cleveland no trombone (solando a “la Frank Rosolino” em “I Get A Kick Out of You”), Paul Quinichette no sax-tenor e Cecil Payne ao sax-barítono.  Essa gravação nos permite acompanhar solos excelentes de todos os músicos, com Dinah em plena forma nos temas “I Get A Kick Out of You”, “Blue Gardenia” (canção tornada clássica por Nat “King” Cole e, nessa gravação de Dinah Wahington, com magnífico solo de BARRY GALBRAITH), “Easy Living” (excelente versão de Dinah), “If I Had You” e mais 06 standards do populário americano e sempre bem aproveitados no JAZZ.
Também podemos apreciá-lo no documentário “After Hours” de 1961, 27 minutos, ao lado de Coleman Hawkins / sax.tenor, Roy Eldridge / trumpete, Johnny Guarnieri / piano, Milt Hinton / contrabaixo e Cozy Cole / bateria, em que é filmada uma “jam session” na madrugada do clube do mesmo nome (“After Hours”) em New York.
O fato de atuar e gravar com grupos de outros titulares aparentemente não trouxe para BARRY GALBRAITH maior popularidade mas, com absoluta certeza, tornou-o um super-requisitado guitarrista por outros músicos, que o tratavam com um astro muito estimado.
Gravou em seu nome ou com grande destaque para os selos DECCA (“Guitar And The Wind”), Bethlehem (“East Coast Jazz nº 8 With Hal McKusick”), Norgran (“Tal Farlow Álbum”), Jazz Kings (“Jimmy Hamilton Orchestra”) e Mea Coral (“Jazz At Academy”).
Seu estilo sempre se revelou “moderno”, com toques inspirados em Charlie Christian, Jimmy Raney e Tal Farlow. 
Ainda que seu maior acervo de atuações e de gravações seja o de acompanhante e mesmo que auto-didata, GALBRAITH possuía uma técnica soberba, extraordinária, um solista que se destacou por sua delicadeza nas linhas melódicas e pelo “swing” sempre presente.   
Até o final da década de 50 do século passado GALBRAITH formou seção rítmica com Hank Jones, Milt Hinton e Gus Johnson (piano, baixo e bateria), grupo esse que permanece como referência, modelo e símbolo de coesão, de liberdade e de agilidade dentro dos cânones do JAZZ.  Ai ele era um solista de “concerto” ! ! !  
Durante os últimos anos de sua vida, 1971 e até quase o final de 1982, com problemas na coluna, BARRY dedicou-se ao ensino.

Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo
            apostolojazz@uol.com.br

CRÉDITOS DO PODCAST # 210

11 junho 2014

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
LOCAL /DATA
THELONIOUS MONK
Thelonious Monk (pi), Charlie Rouse (st), Larry Gales (bx), Ben Riley (bat).
EPISTROPHY
(Thelonious Monk / Kenny Clarke)
“Live” Local Television Noruega 15/4/1966 e Dinamarca 17/4/1966
BLUE MONK
 (Thelonious Monk)
ROUND MIDNIGHT (Thelonious Monk)
LULU’S BACK IN TOWN (Fats Waller)
DON’T BLAME ME
(Jimmy McHugh / Dorothy Fields)

P O D C A S T # 2 1 0

06 junho 2014

THELONIOUS MONK
CHARLIE ROUSE

BEN RILEY



LARRY GALES


PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO:  http://www.divshare.com/download/25570479-05a

04 junho 2014

ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS  -  23

Oscar Frederic Moore, para o meio musical  OSCAR  MOORE”, nasceu em Austin, estado do Texas, no dia 25 de dezembro de 1916, vindo a falecer a ponto de completar 65 anos em Las Vegas, Nevada, no dia 08 de outubro de 1981 de causa natural.
Ainda que seu nome e seu reconhecimento musical tivessem sido atrelados, com justiça diga-se, à participação e longa permanência no famoso trio do grande Nat “King” Cole, MOORE teve brilho próprio e claro prestígio e reconhecimento de público e crítica por suas qualidades.
Desde cedo e ouvindo seu irmão Johnny, dedicou-se ao estudo e à prática da guitarra, seu único instrumento e, em 1934 com 18 anos, estreou profissionalmente com o irmão, em trio por eles formado.
Tocou para a trilha sonora de filme da MGM, “Girl Crazy”, em que Mickey Rooney simula tocar guitarra e atua ao lado de Judy Garland (no filme temos a presença da grande banda de Tommy Dorsey).
Apenas 03 anos mais tarde e em 1937 assinou seu primeiro contrato profissional, exatamente para integrar o trio de Nat “King” Cole (completado com o baixista Wesley Prince), então denominado “King Cole And His Swingers” e atuando no “Sewanee Inn”:  estava dada a largada para sua fama nacional e internacional.   No trio de Nat “King” Cole OSCAR MOORE permanecerá por cerca de 10 anos (apenas com um breve intervalo em 1944).
A formação desse trio foi uma verdadeira epopéia, que podemos resumir da seguinte maneira:
-        o proprietário do “Sewanee Inn”, Bob Lewis”, teve oportunidade de apreciar Nat “King” Cole tocando em piano solo no “Century Club”;  
-        convidou-o para formar um grupo de tocar por algum tempo no “Sewanee”; 
-        Nat aceitou e percorreu alguns clubes buscando músicos para a empreitada; 
-        no clube “Paradise” Nat deparou-se com o fato de que o grande Lionel Hampton estava desfazendo sua orquestra para juntar-se a Benny Goodman (o que veio a gerar o formidável quarteto com Goodman / clarinete, Hampton / vibrafone, Teddy Wilson / piano e Gene Krupa / bateria);
-        com essa dispersão o baixista de Lionel, Wesley Prince, ficou desempregado, o que possibilitou a Nat contratá-lo (até porque e além de ser bom músico, Wesley tal como Nat também era filho de Pastor);
-        Wesley tinha OSCAR MOORE como amigo, já então tocando com muito “avanço” ao que os guitarristas da época faziam.
Assim o grupo foi formado e a fama e o respeito vieram pelo público e pela crítica.   Como aspecto humorístico, dizia-se que o trio não incorporou um baterista em sua formação, devido às pequenas dimensões do “Sewanee Inn”;   com piano, guitarra e baixo no pequeno palco, caso entrasse um baterista pelo menos uma dúzia de Clientes teria que sair do local.
O grupo mudou o nome para “The Original King Cole Trio” e até 1939 atuou em temporadas por todo o U.S.A., sempre nos melhores e mais famosos clubes, teatros e outros locais do país.
Nesse ano de 1939 e para a casa “Davis & Schwegler” o trio gravou seus primeiros temas, todos até hoje clássicos do JAZZ em trio:  “Anesthetic For Lovers”, “Ta-De-Ah”, “I Lost Control Of Myself”, “Let’s Get Happy”, “Land Of Make-Believe”, “Riffin’At The Bar-B-Q” e “That Please Be Mineable Feeling”.
Essas gravações, com boa vendagem no mercado americano e excelentes críticas, valeram para o trio em 1940 um contrato com a gravadora “DECCA”, onde estrearam com o sucesso mais que célebre do clássico “Sweet Lorraine”.
Quase que imediatamente foram contratados pela gravadora “CAPITOL”, em vínculo que permaneceu até o falecimento prematuro do líder Nat “King” Cole, vitimado por câncer de pulmão resultante de seu pertinaz apego ao fumo.
Durante toda a sua permanência com o trio de Nat “King” Cole, MOORE foi “o” guitarrista da formação, sempre com grande fama e apenas e de certa forma menos famoso que a figura do grande Charlie Christian, então figura seminal na guitarra do JAZZ, à época criando verdadeira revolução no instrumento.
O estilo e a técnica de MOORE sempre foram muito “avançados”, tanto por suas linhas de solo sobre melodias, quanto pela construção harmônica que impunha como apoio dos solos e nos acompanhamentos para o trio.
Diferentemente dos guitarristas da época cuja concepção do instrumento era “linear’, OSCAR MOORE tratava a guitarra de forma “orquestral” pela combinação eficaz e sempre tecnicamente perfeita das possibilidades e recursos do instrumento, tanto melódicas quanto harmônicas.     Esses estilo e técnica “avançados”, tão modernos para o então, eram imaginativos e coloridos, com sonoridade brilhante, ataque incisivo, freqüente emprego dos glissandos e um portamento, que no contexto do trio contribuíram de forma decisiva para o êxito do trio do grande Nat “King” Cole.
OSCAR MOORE sempre declarou sua admiração pelo guitarrista Eddie Lang e, claro, pelo genial Django Reinhardt.
Nesse contexto de trio MOORE serviu de modelo para muitos guitarristas posteriores, podendo ser citados grandes nomes como Tiny Grimes (com Art Tatum) e Herb Ellis (com Oscar Peterson).
OSCAR MOORE foi o vencedor, como melhor guitarrista, nas enquetes das revistas “Down Beat” e “Metronome” nos anos de 1945 até 1948;  ganhou ainda o “Troféu de Prata da revista “Esquire” em 1944 e 1945, assim como o “Troféu de Ouro” dessa publicação nos anos de 1946 e 1947;   ainda mais e com o trio de Nat, abiscoitou os concursos da “Down Beat” de 1944 até 1947, além dos da “Metronome” de 1945 até 1948.  Esses prêmios dão a exata noção de sua importância em época coalhada de mestres nos instrumento.
Desfeito o trio de “Nat “King” Cole, pelo falecimento deste, MOORE voltou a reunir-se a seu irmão na formação criada por eles e intitulada “The Three Blazers”, baseada em Los Angeles.
Após algum tempo com o irmão MOORE passou a atuar como “free-lance”, com atuações esporádicas e múltiplas gravações na linha do JAZZ e na música “pop”.
MOORE esteve afastado da atividade musical de meados da década de 50 do século passado até 1966, quando retornou gravando um “LP” dedicado a Nat “King” Cole.
OSCAR MOORE é autor de composições de grande beleza, destacando-se “I’ll Remember You”, “Afterglow”, “Old King Cole”, “Tell Me You’ll Wait For Me” e “Beatiful Moons Ago”.
Devem ser citadas como gravações para apreciar a arte e a técnica de OSCAR MOORE, entre outras (em seu nome e para as etiquetas Tampa, Verve e Skylark) as seguintes:
-   Nat King Cole Trio (DJM Records);
-   Nat King Cole Trio (Music For Pleasure);
-   Oscar Moore Trio (Vedette);
-   Fabulous Guitar (Parker);
-   History Of Jazz (Capitol);
-   Just Jazz (Modern);
-   Swing Guitars (Norgran);
-   Nat King Cole  -  The Trio Recordings  -  04 volumes (Laserlight);
-   Nat “King” Cole  -  Sweet Lorraine (MoviePlay);
-   The Nat king Cole Trio  -  Trio Classics – 02 CD’s (Paraboxx Music);
-   Nat King Cole Shows  -  02 volumes (On The Air, Portugal).
É importante assinalar as gravações “Body And Soul” (1944) e “Route 66” (1946) de OSCAR MOORE com o “King Cole Trio”.
Com Lionel Hampton, MOORE fez-se presente na gravação de 1940 “Jack The Bellboy”.
São mais que destaque as gravações de MOORE com muitos músicos “top” do JAZZ, em diferentes formações, podendo ser citados Art Tatum, Benny Carter, Lionel Hampton, Coleman Hawkins, Bill Coleman e os “Capitol International Jazzmen”.
Em conclusão podemos afirmar que OSCAR MOORE foi um guitarrista que, se inicialmente deveu sua fama e prestígio à participação no trio de Nat “King” Cole, com certeza teve total reconhecimento da crítica e do público por suas qualidades de interpretação e de apuradas técnica e inovação.

Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo
             apostolojazz@uol.com.br

 

 

CRÉDITOS DO PODCAST # 209

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS /AUTORES
LOCAL / DATA
MILT HINTON
Milt Hinton (bx), Derek Smith (pi) e Alan Dawson (bat)
SWEET GEORGIA BROWN
(Ben Bernie / Maceo Pinkard / Kenneth Casey)
New York, 1994
ALBERTA HUNTER
Alberta Hunter (vcl), Doc Cheatham (tp), Vic Dickenson (tb), Frank Wess (st), Norris Turney (st, cl), Billy Butler (gt), Gerald Cook (pi,ldr), Aaron Bell (bx) e Jackie Williams (bat) 
New York, 1978
DUTCH SWING COLLEGE BAND
Bert de Kort  (cnt), Dick Kaart (tb), Peter Schilperoort ,(st), Bob Kaper (cl), Arie Ligthart (gt), Henk Bosch (bx) e Huub Janssen (bat)
Biell, Suiça, 12/outubro/1973
ZOOT SIMS, AL COHN
Zoot Sims, Al Cohn (st), Roger Kellaway (pi), Bill Crow (bx) e Mel Lewis (bat)
RED DOOR
(Gerry Mulligan)
Live "The Half Note", New York, 1965
LOUIS ARMSTRONG
Louis Armstrong And His Hot Seven : Louis Armstrong (cnt), John Thomas (tb), Johnny Dodds (cl), Lil Armstrong (pi), Johnny St. Cyr (bj), Pete Briggs (tu) e Baby Dodds (bat)
12th STREET RAG (Andy Razaf / Euday L. Bowman)
Chicago, 10/maio/ 1927
LEE MORGAN
Lee Morgan (tp), Sonny Clark (pi), Doug Watkins (bx) e Art Taylor (bat)
SINCE I FEEL FOR YOU
(Buddy Johnson)
Hackensack, N.J., 18/novembro/1957
ETTA JAMES
Bobby Murray (gt), Tom Poole (tp), Josh Sklair (gt 12 cordas, synthesizer), Lee Thornburg (tb),  Jimmy "Z" Zavala (hcs,sbar) Donto Metto James (bat), Sametto James (bx)
THE BLUES IS MY BUSINESS
(Kevin Bowe / Todd Cherney)
New York, 6/maio, 2003
LAURINDO DE ALMEIDA
Laurindo Almeida (gt), Bob Magnusson (bx) e Jeff Hamilton (bat)
DINGUE LE BANGUE
(Laurindo Almeida)
Venice, Ca., setembro/1978
BRAZILIAN JAZZ QUARTET
Moacyr Peixoto (pi),  José Ferreira Godinho Filho - Casé (sa), Rubens Alberto Barsotti "Rubinho"(bat) e Luiz Chaves Oliveira da Paz (bx)
NO MOON AT ALL (David A. Mann / Redd Evans)
Rio de Janeiro, 11/fevereiro/1958
OLD DEVIL MOON (Burton Lane / E.Y. "Yip" Harburg)
JIMMY CLEVELAND
Ernie Royal (tp) Jimmy Cleveland (tb, ldr), Lucky Thompson (st), Cecil Payne (sbar), Hank Jones (pi), Barry Galbraith (gt), Oscar Pettiford (bx) e Osie Johnson (bat) e o arranjo de Quincy Jones
COUNT 'EM
(Quincy Jones)
New York, 22/novembro/1955
HERBIE MANN
Herbie Mann (fl), Bill Evans (pi), Chuck Israels (bx) e Paul Motian (bat)
CASHMERE
(Herbie Mann)
New York, 4/maio/ 1962
JERZY MALEK
Jerzy Malek (tp), Marek Romanowski (tb), Tomasz Grzegorski (st), Michal Tokaj (pi), Romuald Twarozek (bx) e Sebastian Frankiewicz (bat)
KOLO LOOK FOR THE CHICKEN (Jerzy Malek)
Katowice  Polônia, 13/junho/ 2000
MICHEL LEGRAND
Randy Brecker (tp), Phil Woods (sa), Michel Legrand (pi), Joe Beck (gt), Ron Carter (bx) Grady Tate (bat)
SPLITTONS (Michel Legrand)
Live, New York, 25/maio/1975
LALO SHIFRIN
Dizzy Gillespie, Freddie Hubard, John Faddis, W Marsalis (tp), Jimmy Owens (flh), Benny Carter, Arnie Lawrence, James Moody (sa), Sonny Rollins, Sam Rivers (st), Cecil Payne (sbar), Dave Valentin (fl), David Amran (piccolo), JJ Johnson, Steve Turre (tb), Hank Jones (pi), Rufus Reid (bx), Ignácio Berroa (bat), Ed Cherry (gt), Nickey Marrero (perc), Candido e Mongo Santamaria (congas)
HAPPY BIRTHDAY
WOLF TRAP FARM PARK FOR THE PERFORMING ARTS
6/junho/1987
B G
Joe Albany (pi), Hugo Rasmussen (bx) e Hans Nymand (bat)
I'M GETTING SENTIMENTAL OVER YOU
(George Bassman / Ned Washington)
Live "Jazzhus Montmartre", Copenhagen, Denmark, 25/abril/1973