
Aqui você vai encontrar as novidades sobre o panorama nacional e internacional do Jazz e da Bossa Nova, além de recomendações e críticas sobre o que anda acontecendo, escritas por um time de aficionados por esses estilos musicais. E você também ouve um notável programa de música de jazz e blues através dos PODCASTS.
Apreciando ou discordando, deixem-nos seus comentários.
NOSSO PATRONO: DICK FARNEY (Farnésio Dutra da Silva)
..: ESTE BLOG FOI CRIADO EM 10 DE MAIO DE 2002 :..
Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna
“SATCHMO AT SYMPHONY HALL” FAZ 65 ANOS
22 outubro 2012
A gravadora VERVE está lançando um álbum duplo com a gravação integral do famoso concerto, com uma das melhores formações dos “All Stars” de Satchmo, com Jack Teagarden Barney Bigard, Dick Cary, Arvell Shaw , Big Sidney Cattlet e a vocalista Vela Midleton. O álbum leva por título “Satchmo at Symphony Hall/ 65th Aniversary: The complete performance” , isto porque a VERVE conseguiu colocar na íntegra todo o concerto, aumentando em meia hora o tempo de audição.
Poucos sabem mas, esse álbum, em sua forma original foi lançado no Brasil, integrando a coleção “Jazz Odissey” , pela gravadora Warner e esse escriba foi o encarregado da tradução e adaptação do texto da contracapa de autoria de Ernest Anderson.
" BIG APPLE 2012 "
21 outubro 2012
1) HELEN SUNG Quartet ( Dizzy's Club Coca Cola ), pianista e compositora americana de Houston de descendencia chinesa, razão do sobre nome, vencedora em 2011 do " Mary Lou Williams Piano Competition " bem cercada por Ron Carter (b), Eric Harland (ds) e Seamus Blake (ts & ss), realizou uma apresentação surpreendente com destaques para " Love For Sale " com quase 10 minutos e " In Walked Bud " cheia de improvisos e citações.
@@@@
2) MICHAEL FORMANEK Quartet ( Jazz Standard ), contra baixista de muita improvisação acompanhado por Tim Berne (ts & as), Craig Taborn (p) da nova geração e bem interessante destaque do grupo, composto ainda pelo bom baterista Gerald Cleaver.
Apresentação eterea e confusa para o meu gosto.
@@@
3) CHARLES TOLLIVER & Music Inc Continuum ( Jazz Standard ), concêrto dentro do Festival of New Trumpet Music (FONT), com Xavier Davis (p), Bruce Edwards (g), Devin Starks (b) e Gene Jackson (ds) um quinteto da pesada tocando jazz de 1ª linha, "be bop" na veia.
No FONT se apresentou também nosso Claudio Roditi com a West Point Jazz Knights Big Band.
@@@@ 1/2
4) CHICAGO SYMPHONY ORCHESTRA ( Carnegie Hall ) sob a regência e consagração de Riccardo Muti, e saindo do roteiro jazzístico sem qualquer culpa para essa memorável e emocionante apresentação, com destaque para a 5ª Sinfonia de Dvorak.
@@@@@
5) JIM HALL Quartet ( Birdland ) com Steve Laspina (b), Joey Baron (ds) e Greg Osby (as) em uma de suas últimas apresentações segundo o próprio, mestre da guitarra silenciosa, formador de inúmeros seguidores ( Russell Malone, presente inclusive ) e ainda emocionando aos 82 anos.
Destaques para " All Across The City " e uma homenagem a Sonny Rollins com quem tocou na festa de 80.
@@@@
6) BRAD MEHLDAU ( Lincoln Center - The Allen Room ) apresentação solo soberba, desse mago das teclas como dito pela crítica local, sem falar do auditório lotado e elogiado pelo próprio Mehldau em noite engalanada com destaques para "And I Love Her" e uma linda balada de Elvis Costello.
@@@@@ + @@@@@
7) JOHN SCOFIELD Trio ( Blue Note ) com Steve Swallow (b) e Bill Stewart (ds), apresentação sem brilho com Scofield e suas caras e bocas, tangenciando o "rock" e se não fossem Swallow dentro da sua costumeira introspecção elegante e a criatividade de Stewart acredito que o desastre seria maior.
@@ 1/2
8) VILLAGE VANGUARD ORCHESTRA ( Village Vanguard ) sempre as segundas feiras no templo máximo do jazz de N.York, essa super orquestra com Terell Stafford (tp), Luis Bonilla e John Mosca (tb), Gary Smulyan (bs), Michael Weiss (p) e John Riley (ds) entre outros.
Sem comentários e para quem gosta de jazz @@@@@
9) WALT WEISKOPF Group ( Smalls ), no buraco sensação entre os novos clubes da ilha, esse grande saxofonista acompanhado por Peter Zak (p), Paul Gil (b) e o ótimo baterista Billy Drummond.
@@@@
10) DAVE GRUSIN Quartet ( Blue Note ) comemorando 30 anos da GRP, gravadora onde além de pianista, arranjador é hoje um dos sócios, um maestro comandando um belo quarteto com Lee Ritenour (g), John Patitucci (b) e Will Kennedy (ds) com destaques para Arlequin do Ivan Lins nosso musico de maior reconhecimento internacional ( o que estranhamente não ocorre aqui ) e Stone Flower ( Jobim ).
@@@@ 1/2
Fechando essa mini maratona musical BILL CHARLAP Trio ( Village Vanguard ) pois afinal ir a grande maça e não assistir a um trio "fala sério" e que trio é esse, Charlap em grande forma com os Washington, que não são irmãos Peter (b) e Kenny (ds) em total sintonia, quebrando tudo e não a toa fazendo 2 semanas no Vanguard, que por si só já diz tudo.
@@@@@
É isso, só faltando o blues do guitarrista inglês MATT SCHOFIELD ( Iridium ) dica do Guzz e que fica para outro tipo de coluna.
A ressaltar e enaltecer a companhia do cejubiano sumido L. Carlos Fraga, que só fez aumentar ainda mais o brilho da temporada, fechando com PAT METHENY UNITY BAND ( Town Hall ).
Sá
FIM DO BLOG PORTUGUÊS JAZZ NO PAÍS DO IMPROVISO
17 outubro 2012
JNPDI: The End.
Chega hoje ao fim o blogue Jazz no País do Improviso.
Quando fundei este espaço, a 11 de Setembro de 2003, Portugal estava já mergulhado numa crise política, económica e, sobretudo, moral. Era o tempo do célebre “discurso da tanga” de Durão Barroso, então primeiro-ministro, que sucedera ao “pântano” de António Guterres.
Foi precisamente por causa deste cenário político que idealizei o título do blogue: num país em que a política é um eterno e mau exercício de improviso, nada melhor do que Jazz no País do Improviso...
Ironicamente, essa foi também a década (2000-2009) do maior boom jazzístico registado até à data entre nós, com a multiplicação de festivais, concertos, escolas, músicos, media, licenciaturas em jazz, etc.
Foi, pois, neste contexto que surgiu JNPDI, o primeiro grande blogue de jazz em Portugal.
Porém, há 9 anos atrás não podia imaginar que este blogue viria a ter a projecção que hoje se lhe reconhece, com cerca de 465 000 visitas acumuladas, e, muito menos, que viesse a consumir-me tantas e tantas horas, contabilizadas em mais de 3100 posts! Para quem gosta de médias, são cerca de 28 posts por mês…
JNPDI foi de facto uma tribuna importante para a divulgação do jazz, objectivo que sempre o norteou, e chegou a todo o mundo, sendo considerado em Espanha como o blogue de jazz de referência também nesse país.
Em jeito de puro serendipitismo, em que julgo saber ler os propósitos, JNPDI extingue-se no momento em que Portugal está de novo confrontado com uma crise, desta feita a maior crise do pós 25 de Abril, um tempo que Medina Carreira classificou recentemente de austeridade máxima e moralidade mínima.
O jazz, esse, está de boa saúde, ainda que pairem no horizonte nuvens carregadas de tensão e ameaças, nomeadamente com a diminuição dos meios de divulgação. De facto, nos últimos anos, desapareceram a única rádio dedicada ao jazz (Europa Lisboa) e a única revista de jazz (Jazz.pt). Também alguns festivais encerraram definitivamente ou emagreceram ao ponto de uma quase total descaracterização. Por outro lado, a porventura excessiva oferta de formação académica vai ter consequências inevitáveis num mercado que está já fragilizado a vários níveis.
Mas sejamos optimistas e acreditemos que é possível manter acesa a chama do jazz porque tal corresponde a perpetuar o importante farol de fraternidade, liberdade e diálogo que este representa desde a sua origem na Luisiana dos séculos XIX e XX.
Para tal é, porém, necessária cada vez mais uma mudança de mentalidades, que é transversal ao país. O futuro, creio-o bem, exige a aposta na união, a valorização do mérito e o foco nos destinatários finais das instituições, programas e projectos, sejam eles alunos ou ouvintes. Exige também visão, uma ideia federadora capaz de mobilizar todos os actores e agentes do mundo do jazz em Portugal. E exige, ainda, uma enorme generosidade por parte de todos os que fazem o jazz acontecer, partilhando com os seus concidadãos os seus conhecimentos, experiências e saberes.
Penso ter contribuído para tal ao longo destes 9 anos de JNPDI, mas também dos 7 livros que publiquei sobre a história do jazz em Portugal, da centena de artigos que desde 1995 venho publicando na imprensa generalista e especializada, do programa radiofónico “O Espírito do Jazz” (Antena2, 2011 – 2012), das exposições e roteiros do jazz, das inúmeras palestras e dos festivais e concertos que tenho organizado e dos dois discos produzidos.
Por diversas razões, pessoais e profissionais – a que não é alheia a forma como o jazz em Portugal se encontra institucionalizado, muito à semelhança de um poder político/partidário cristalizado e tribal – o tempo é agora de mudança de ciclo, com uma maior aposta em projectos profissionais cada vez mais incompatíveis com a manutenção deste fórum num patamar de qualidade aceitável.
Por todos estes motivos, este é o último post que publico em JNPDI. O blogue ficará todavia disponível para que os seus conteúdos possam continuar, como até aqui, a ser consultados em Portugal e no estrangeiro. Continuarei também disponível, tal como até aqui, para esclarecer quaisquer dúvidas e para apoiar trabalhos académicos na área do jazz, o que poderá ser feito através do e-mail joaomoreirasantos@gmail.com
As últimas palavras em Jazz no País do Improviso vão para os muitos que ajudaram a fazer este blogue ao longo dos anos e, sobretudo, para os milhares de leitores em todo o mundo.
A todos, o meu muito obrigado! Foi uma honra poder fazer convosco esta viagem de 9 anos.
João Moreira dos Santos
CRÉDITOS DO PODCAST 124
EXECUTANTES
|
TEMAS
|
DATA
|
|
TETE MONTOLIU
|
Tete Montoliu (pi), David
Thomas (bx) e Peer Wyboris (bat)
|
YOU'VE CHANGED
|
Radio Nacional de España, Madrid, 22/março/1982
|
RED RODNEY
|
Red Rodney (tp,flh), Charlie Rouse (st), Albert Dailey (pi), Cecil McBee
(bx) e Kenny Washington (bat)
|
SOCIAL CALL
|
Englewood
Cliffs, N.J., janeiro / 1984
|
EMILY ASHER
|
Emily Asher (tb, vocal) e Gordon Webster (pi)
|
SOMEDAY WILL BE
SORRY
|
dezembro / 2011
|
STEPHANE
GRAPPELLI
|
Stephane Grappelli (vln), Oscar Peterson (pi), Niels-Henning Orsted
Pedersen (bx) e Kenny Clarke (bat)
|
MY HEART STOOD
STILL
|
Paris,
fevereiro,22 & 23, 1973
|
WES MONTGOMERY
|
Ernie Royal, Snooky Young, Clark Terry (tp), Jimmy Cleveland, Urbie
Green, Quentin Jackson, Chauncey Welsch (tb), Don Butterfield (tu), Jerome
Richardson (fl,st), Bobby Scott (pi), Wes Montgomery (gt), Bob Cranshaw (bx),
Grady Tate (bat) Willie Bobo (perc) e Johnny Pate (arranjo)
|
MOÇA FLOR
|
New York, 11/ novembro / 1964
|
LIL HARDIN ARMSTRONG
|
George Mitchell (cnt), Kid Ory (tb), Johnny Dodds (cl), Joe Clark (sa),
Lil Armstrong (pi) e Johnny St. Cyr (bj)
|
PERDIDO STREET
BLUES
|
Chicago,
13/julho/1926
|
DEWEY
REDMAN
|
Dewey Redman (st), Harald Haerter, Philipp Schaufelberger
(gt), Banz Oester (bx) e Marcel Papaux (bat)
|
DEWE'S TUNE
|
Zurich, junho 1996
|
DAVE MCKENNA
|
Dave McKenna (pi) John Drew (bx) Osie Johnson (bat)
|
FOOLS RUSH IN
|
New York,
22/julho/1958
|
JIMMY REED
|
não assinalados
|
COLD AND
LONESOME e SHAME, SHAME, SHAME
|
1968
|
HERBIE HARPER
|
Herbie Harper (tb), Bud Shank (st), Marty Paich (pi,arrj), Harry
Babasin (bx) e Roy Harte (bat)
|
THE HAPPY CLOWN
|
Los Angeles, summer 1954
|
B G
|
Freddie Hubbard e Chet Baker (tp), Paul Desmond (sa), Sir Roland Hanna
(pi), Jim Hall (gt e lider), Ron Carter (bx) e Steve Gadd (bat)
|
THE ANSWER IS
YES
|
Hackensack, N.J., abril /
1975
|
COPIANDO (AS BOAS) IDÉIAS
A iniciativa rendeu a mais alentada quantidade de comentários do blog em todos os tempos, exatos 221, sucesso absoluto de público! E discussões de excelente nível, com a participação de muita gente boa.
Daí que peço licença ao mui prezado amigo para reeditar essa boa idéia, de modo a revigorar a troca de informações e assim dar uma atualizada nas playlists de todos, coletivamente, como numa vasta mesa de bar onde não haja televisão e, menos ainda, as "Carminhas" e "Maxes" da vida.
No próximo post, que permanecerá fixo no topo do blog - com as matérias mais novas se encontrando abaixo dele, portanto, a reedição da vencedora idéia do BraGil. Abraços.
O ANIVERSÁRIO DO MESTRE RAF
16 outubro 2012
Decidi postar antes de ligar pra ele, daí estar incerto quanto ao ordinal alcançado, mas o que tenho certeza é do desejo de seus amigos e discípulos de que continue firme e forte tanto física quanto mentalmente, nos mantendo sabedores de que podemos recorrer aos seus conhecimentos enciclopédicos e memória prodigiosa por mais inúmeros anos.
Grande Mestre, como você mesmo diz, keep swingin' !!!
Saúde e Paz de Espírito!
MauNah (do celular)
MARVIO CIRIBELLI EM SÃO PAULO
Para participar do “Brooklinfest” a se realizar em 20 e 21 de outubro em São Paulo, o pianista Márvio Ciribelli se apresentará acompanhado pelo baixista Adalberto Miranda e do baterista Douglas Las Casas. Farão dois shows com entrada franca.
MORREU JOHN TCHICAI
RIP