Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

15 fevereiro 2023


 Há dois anos foi anunciada a morte de CHICK COREA, pianista, extraordinário tecladista e compositor que deixou um legado imensurável no mundo do jazz e da música em geral.

Armando Anthony Chick Korea faleceu de câncer aos 79 anos, em 9 de fevereiro de 2021, de acordo com sua página no Facebook. Nele, a lenda do jazz deixou uma mensagem de despedida: — "Quero agradecer a todos que me deram ajuda na minha jornada para manter o fogo da música aceso. O mundo não só precisa de mais artistas, mas também de muitos divertimentos. A todos os meus amigos músicos que têm sido a minha família foi uma honra e uma bênção aprender e tocar com êles. Minha Missão sempre deveria levar aonde pudesse a alegria da criatividade, e tendo conseguido isso com os artistas que eu admirei tornou-se a riqueza da minha vida."

Desta forma, o compositor e pianista se despediu, depois de uma vida inteira dedicada à música. Porque Chick Corea, que nasceu em Chelsea (Massachusetts) em 1941, começou a tocar piano com a idade de 4 anos. Depois de ganhar experiência nas bandas de Herbie Mann e Stan Getz, entrou na banda de Miles Davis, gradualmente substituindo Herbie Hancock, e foi Davis quem o empurrou para tocar piano elétrico, o que lhes levou ao jazz fusion.

No final de 1971 fundou a lendária banda Return to Forever, ao qual se juntou o Al Di Meola em 1974. Eles tocavam músicas de inspiração claramente rock, mas com todos os tipos de variações de jazz.

Sobre sua vida como músico, há cinco anos ele disse em uma entrevista no EL PAÍS: — "Passa-se metade de nossa vida indo de um lugar para outro de ônibus, procurando por onde dormir e comer, todas as noites um cenário diferente... e tudo isso é deixado para trás quando você sobe ao palco. Vejo os músicos como os últimos guerreiros românticos, porque você tem que ser um guerreiro para suportar o que o músico suporta".

Questionado sobre o estilo de sua nova banda, The Vigil, refletiu:

 —"Acho muito difícil falar sobre a música que fazemos. Eu não acho que há palavras para defini-la: jazz-rock? jazz latino? Improvisação livre? música clássica?... Nossa música é tudo isso e muito mais. Que nome dar ao que fazemos? A resposta é a própria música. Porque a música, a música real, não tem nome." E Isso foi verdade para toda a sua carreira.

Naqueles anos setenta, ele investigou todos os tipos de estilos, incluindo sua atração pela música espanhola: —"Em 1976, lancei o álbum My Spanish Heart com o qual eu queria deixar testemunho do meu amor pela cultura musical espanhola, entendendo por tal não só o que vem da Espanha peninsular, mas também a dos territórios históricos em que se fala espanhol, além do Oriente Médio e da África. Eu me sinto muito conectado a esse mundo. Toda vez que venho à Espanha, me sinto como em casa. A cultura deles é, de certa forma, a minha."

De sua prolífica carreira, de seu imenso talento, standards de jazz como Spain, 500 Miles High, Rhumba de Armando, La fiesta e Windows, colaborações míticas com Herbie Hancock ou Paco de Lucía, e formações estelares como a que o uniu em meados dos anos noventa e permaneceram em um quinteto que incluía Kenny Garrett e Wallace Roney e com o que tocou "covers" de músicas de Bud Powell e Thelonious Monk. 

Ganhador de 23 Grammy Awards, Corea é o quarto artista mais indicado destes prêmios de música, com 65 indicações.

Chick Corea: —"Vejo os músicos como os últimos guerreiros românticos".

The Chick Latin Korea, mais flamenco do que nunca.



 (Traduzido e adaptado de El País, artigo de 11 de fevereiro de 2021)

 


Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente artigo ótimo musico