Há dois anos foi anunciada a morte de CHICK COREA, pianista, extraordinário tecladista e compositor que deixou um legado imensurável no mundo do jazz e da música em geral.
Armando Anthony Chick Korea faleceu de câncer aos 79 anos, em 9 de fevereiro de 2021, de acordo com sua página no Facebook. Nele, a lenda do jazz deixou uma mensagem de despedida: — "Quero agradecer a todos que me deram ajuda na minha jornada para manter o fogo da música aceso. O mundo não só precisa de mais artistas, mas também de muitos divertimentos. A todos os meus amigos músicos que têm sido a minha família foi uma honra e uma bênção aprender e tocar com êles. Minha Missão sempre deveria levar aonde pudesse a alegria da criatividade, e tendo conseguido isso com os artistas que eu admirei tornou-se a riqueza da minha vida."
Desta forma, o compositor e
pianista se despediu, depois de uma vida inteira dedicada à música. Porque
Chick Corea, que nasceu em Chelsea (Massachusetts) em 1941, começou a tocar
piano com a idade de 4 anos. Depois de ganhar experiência nas bandas de Herbie
Mann e Stan Getz, entrou na banda de Miles Davis, gradualmente substituindo
Herbie Hancock, e foi Davis quem o empurrou para tocar piano elétrico, o que
lhes levou ao jazz fusion.
No final de 1971 fundou a
lendária banda Return to Forever, ao qual se juntou o Al Di Meola em 1974. Eles
tocavam músicas de inspiração claramente rock, mas com todos os tipos de
variações de jazz.
Sobre sua vida como músico, há
cinco anos ele disse em uma entrevista no EL PAÍS: — "Passa-se metade de
nossa vida indo de um lugar para outro de ônibus, procurando por onde dormir e
comer, todas as noites um cenário diferente... e tudo isso é deixado para trás
quando você sobe ao palco. Vejo os músicos como os últimos guerreiros
românticos, porque você tem que ser um guerreiro para suportar o que o músico
suporta".
Questionado sobre o estilo de sua nova banda, The Vigil, refletiu:
—"Acho muito difícil falar sobre a música
que fazemos. Eu não acho que há palavras para defini-la: jazz-rock? jazz
latino? Improvisação livre? música clássica?... Nossa música é tudo isso e
muito mais. Que nome dar ao que fazemos? A resposta é a própria música. Porque
a música, a música real, não tem nome." E Isso foi verdade para toda a sua
carreira.
Naqueles anos setenta, ele
investigou todos os tipos de estilos, incluindo sua atração pela música
espanhola: —"Em 1976, lancei o álbum My Spanish Heart com o qual eu
queria deixar testemunho do meu amor pela cultura musical espanhola,
entendendo por tal não só o que vem da Espanha peninsular, mas também a dos
territórios históricos em que se fala espanhol, além do Oriente Médio e da
África. Eu me sinto muito conectado a esse mundo. Toda vez que venho à Espanha,
me sinto como em casa. A cultura deles é, de certa forma, a minha."
De sua prolífica carreira, de seu imenso talento, standards de jazz como Spain, 500 Miles High, Rhumba de Armando, La fiesta e Windows, colaborações míticas com Herbie Hancock ou Paco de Lucía, e formações estelares como a que o uniu em meados dos anos noventa e permaneceram em um quinteto que incluía Kenny Garrett e Wallace Roney e com o que tocou "covers" de músicas de Bud Powell e Thelonious Monk.
Ganhador
de 23 Grammy Awards, Corea é o quarto artista mais indicado destes prêmios
de música, com 65 indicações.
Chick Corea: —"Vejo os
músicos como os últimos guerreiros românticos".
The Chick Latin Korea, mais
flamenco do que nunca.
Um comentário:
Excelente artigo ótimo musico
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