O lendário saxofonista de jazz PHAROAH SANDERS, falecido em
24 deste mês com 81 anos de idade, teve
um estilo e um som muito pessoais. Sanders se distinguiu como membro dos grupos
"avant garde", principalmente por sua associação com John Coltrane na
década dos anos 60. Seu estilo era uma mescla de "free jazz" e
elementos rítmicos de origem africana. Sua música tem muito de “spiritual”
tendo colaborado com Coltrane (pelo qual é considerado seu discípulo) em seus
famosos - "Ascension" e "Meditation".
De acordo com o saxofonista Albert Ayler —"Coltrane era
o pai, Sanders era o filho e eu (Ayler) era o espírito santo".
No entanto, o fim da carreira de Coltrane também foi
influenciada por Sanders.
Em sua juventude Pharoah Sanders estudou piano, bateria, clarinete, flauta e saxofone. Ele então tocou com Don Cherry e Sun Ra, antes de se juntar aos grupos de John Coltrane.
De acordo com a Wikipedia — "Embora
a “voz” de Sanders tenha se desdobrado de maneira diferente da de John
Coltrane, Sanders foi influenciado por sua colaboração. Elementos espirituais,
como cantos de Om (*), aparecem mais tarde em muitos dos trabalhos de Sanders.
Sanders também em 1968 participou do álbum Jazz Composer's Orchestra
Association por Michael Mantler e Carla Bley, The Jazz Composer's Orchestra,
com Cecil Taylor, Don Cherry, Larry Coryell e Gato Barbieri". Sua
discografia inclui quarenta álbuns sob sua liderança e quase uma centena de
gravações como sideman.
(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz de Pablo Aguirre)
(*) The Mantra Om -
canto gregoriano, também chamado de cantochão, é um gênero de música
vocal monofônica, monódica, não acompanhada, ou acompanhada apenas pela
repetição da voz principal com ritmo livre utilizado pelo ritual da liturgia
católica romana.
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