Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

RECORDANDO PHIL WOODS

30 setembro 2020


O saxofonista alto e mestre de jazz do NEA PHIL WOODS morreu há cinco anos, aos 83 anos. Nesta data queremos lembrar este famoso mestre do jazz.

Em sua longa carreira musical de seis décadas, Woods desenvolveu um estilo bastante pessoal, apesar de sempre seguir o legado de Charlie Parker com admiração. Ele nunca abandonou a tradição do bebop.

Woods se aposentou dos estúdios e palcos de gravação no início de setembro de 2015 devido ao seu estado de saúde, logo após ter executado a música de "Charlie Parker on Strings" com seu trio e a Orquestra Sinfônica de Pittsburgh, no dia 4 daquele mês.

Phil Woods começou a tocar sax alto aos 12 anos e estudou com Lennie Tristano e nas escolas de música Manhattan e Juilliard, onde também estudou clarinete. Ainda no colégio, tocou com a Orquestra Charlie Barnet e mais tarde trabalhou com Kenny Dorham, George Washington e Dizzy Gillespie, que se interessou especialmente por seu estilo bebop.

Na década de 1960, ele tocou com Buddy Rich e viajou pela Europa com Quincy Jones e na União Soviética com Benny Goodman. Mais tarde, além de dar aulas, organizou seu próprio quarteto e integrou a big band de Clark Terry.

Desiludido com a vida política estadunidense, Woods mudou-se para a França no ano das revoluções estudantis dos dois lados do Atlântico, 1968, onde formou sua "European Rhythm Machine" que não teve muito sucesso. Quatro anos depois voltou aos Estados Unidos, fixando residência em Delaware, onde continuou sua carreira musical até o momento de sua morte.

Woods gravou bastante como líder (mais de 50 álbuns), mas muitas de suas gravações notáveis foram feitas em grupos de outros músicos, como Thelonious Monk, Herbie Mann, Bill Evans, Art Blakey, Lou Donaldson, Dizzy Gillespie, Art Farmer, Oliver Nelson, o Quarteto de Jazz Moderno, Jimmy Smith, Ben Webster, Stephane Grappelli, Bill Evans, Gil Evans, Quincy Jones, Ron Carter, entre muitos outros.

No âmbito da sua atividade de educador e mentor de jovens, nos últimos anos Woods promoveu a saxofonista alto Grace Kelly, com quem também gravou um disco e fez inúmeros concertos. Ele também era um admirador e amigo da saxofonista chilena residente em Nova York Melissa Aldana. Sua dedicação ao ensino durou várias décadas.

Além do prestigioso prêmio NEA Jazz Master, Woods ganhou quatro prêmios Grammy e foi indicado para sete outros.

Phil Woods nos deixa enorme saudade como um dos notáveis jazzmen, mas sua extraordinária obra estará sempre a nossa disposição.

      GRACE KELLY COM PHIL WOODS

   

(Traduzido e adaptado de Noticias de Jazz de Pablo Aguirre)

Nenhum comentário: