Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

RECORDANDO JIM HALL

13 dezembro 2018




Faz cinco anos, nove dias após seu aniversário de 83 anos (4/dezembro/2013) de um dos mais influentes, criativos e admirados da guitarra jazz, Jim Hall, após uma longa e extraordinária vida musical incansável, na qual ele permaneceu ativo até os seus últimos dias.
Desde o início de sua carreira, nos anos 50, Jim Hall não mostrou apenas virtuosismo e criatividade, mas seria transformado em um dos guitarristas de jazz menos previsíveis e exploratórios. Muitos atributos que foram "modernizados" no seu instrumento no jazz se expandiu nas profundezas quase orquestral. No entanto, um de seus méritos artísticos é que ele nunca ostentou grande técnica em seus solos improvisados, mas sempre procurou criar belas frases melódicas e inovadoras.
Hall também foi elogiado como compositor e arranjador.
Sua família era musical. Sua mãe tocava piano, seu avô violino e  um tio violão instrumento que o jovem Jim gostava e que começou a tocar aos 10 anos de idade.
Como um adolescente tocou profissionalmente em Cleveland, uma cidade onde também estudou piano, contrabaixo e teoria musical, bem como guitarra. Logo ele se mudou para Los Angeles, onde foi destacado no estilo "cool", no entanto se concentrou na guitarra clássica entre 1955 e 56. Ele só começou a ser conhecido em jazz ao se juntar ao grupo de Chico Hamilton.
Foi com o famoso grupo "cool" de  Jimmy Giuffre onde começou a desenvolver sua própria personalidade musical e quando sua carreira finalmente decolou. Naqueles dias, apesar de já estar ensinando, ele excursionou com "Jazz At The Philharmonic", organizado por Norman Granz, e tocou com estrelas como Ben Webster, Bill Evans, Paul Desmond, Ella Fitzgerald, Lee Konitz, Sonny Rollins e Art Farmer, entre outros, com quem deixou gravações de inumeráveis álbuns.
Na década de 60, e em Nova York, Jim Hall organizou um trio com Tommy Flanagan e Ron Carter, substituido por Red Mitchell alguns anos mais tarde. Ele também tocou e arranjou músicas para programas de televisão naqueles dias.

Em 1962 ele gravou com Bill Evans, um dueto, o famoso álbum Undercurrant, que foi transformado em uma coleção de discos.
A partir desse momento Hall atuou mais e mais com contemporâneos músicos que surgiram na cena do jazz, incluindo Wayne Shorter, Chris Potter, Michel Petrucciani e Bill Frisell.
Ele se apresentou nos festivais de jazz de New York, que incluía outros guitarristas como Pat Metheny e John Scofield, com quem ele também tocou.
Ao final dos anos 90 estava tocando em um quinteto com Joe Lovano. Ele continuou a participar de festivais de jazz até pouco antes de sua morte e sua última gravação foi feita em 2008.
Desde jovem, ele disse ter sido influenciado por tenoristas como Lester Young e Coleman Hawkins e na guitarra por Charlie Christian e Barney Kessel, antes de desenvolver o seu próprio estilo musical. Para muitos a sua maior influência exercida sobre guitarristas foi sobre John Scofield, Bill Frisell, Pat Metheny, John Abercrombie e Mick Goodrick.
Jim Hall deixou gravado cerca de 100 álbuns, 48 deles como líder. Hall faleceu a 10/dezembro/2013.
JIM HALL COM A JAZZ AT LINCOLN CENTER JAZZ ORCHESTRA

(Traduzido e adaptado do blog  Noticias de Jazz)

3 comentários:

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Estimado MÁRIO JORGE:

Foi importante a participação de JIM HALL em temporada pela América do Sul acompanhando a grande Ella Fitzgerald, ocasião em que esteve no Brasil e apresentou-se no Rio de Janeiro em 02 ocasiões, a primeira na TV TUPI em 28/abril e a segunda no hotel Copacabana Pálace em 01/maio/1960, com a seguinte formação: Ella Fitzgerald (vocal), Roy Eldridge (trumpete), Paul Smith (piano), JIM HALL (guitarra), Wilfred Midlebrooks (baixo) e Gus Jonson (bateria). Essa excursão proporcionou a JIM HALl seu primeiro contato com a Bossa Nova, podendo afirmar-se que ele foi dos primeiros a introduzir o gênero nos U.S.A.
Quanto a nós, espectadores, ficou o prazer e a lembrança de um grupo espetacular, com vontade de tocar e de criar música de qualidade.

Nelson disse...

Jim Hall foi um guitarrista que marcou, junto com Barney Kessel, o jazz californiano da década de 50. Sua participação no quinteto de Chico Hamilton onde Freddie Katz e Buddy Collette são também as estrelas é , simplesmente, sensacional.
Pudemos assisti-lo em duas ocasiões, quando de duas oportunidades, em vindas suas ao Brasil. No Copa, com Ella e, em solo, no saudoso Free Jazz, no Rio, no extinto Hotel Nacional.
Deixou grandes influências no instrumento e um vazio na musica de jazz
Obrigado pela lembrança. Mário.

Abçs.

"Nels"

MARIO JORGE JACQUES disse...

Valeu Pedro e Nelson pelo complemento da postagem, infelizmente não tive a oportunidade de assistí-lo, mas o considero um importante jazzista. Abraços