Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

RECORDANDO TOOTS THIELEMANS

23 agosto 2018


Em 22 de agosto de 2016, o mais famoso intérprete da harmônica no jazz morreu, o belga Toots Thielemans, aos 94 anos de idade. Seu primeiro instrumento foi o acordeão, quando ele tinha 3 anos de idade. Com o tempo ele também aprendeu violão e harmônica. Hoje queremos lembrá-lo mais uma vez.
No jazz, ele se destacou como o mais famoso intérprete da harmônica, mas também como guitarrista. Além disso, ele tinha uma imensa facilidade para fazer solos improvisados ou interpretar melodias assobiando.
Thielemans descobriu o jazz durante a ocupação alemã de seu país. Muitos de seus amigos e familiares tinham discos de jazz e se reuniam escondidos para ouví-los e que lhe causaram um profundo fascínio. Ele ouviu Django Reinhardt e Stephane Grappelli e começou a tocar jazz em sua harmônica com um desenvolvimento técnico e emocional incomum.
Depois da guerra, ele tocou com músicos de seu país, mas no final dos anos 40 Benny Goodman pediu-lhe para se juntar a sua orquestra, depois de ter tocado juntos na Europa, mas dificuldades com o visto não lhe permitiu entrar os EUA até 1951. Contudo tornou-se cidadão americano em 1958
Uma de suas primeiras apresentações naquele país foi com Charlie Parker e Miles Davis, mas durante essa década ele esteve por muito tempo tocando guitarra com o quinteto de George Shearing.
Em 1961 ele gravou sua famosa composição "Bluesette", que se tornou um padrão de jazz. Ele então trabalhou com Chet Baker, Bill Evans e outros grandes nomes do jazz sob a direção do empresário e promotor Norman Granz.

Ele também foi músico solista de vários filmes famosos, como Midnight Cowboy, The Getaway, Sugarland Express, Turks Fruit e Jean de Florette.
Thielemans gravando e em concertos tocou com muitos músicos tais como: Ella Fitzgerald, Quincy Jones, Natalie Cole, Diana Krall, Johnny Mathis, Pat Metheny, Paul Simon, Billy Joel, Elis Regina, Herbie Hancock, Jaco Pastorius, Joe Lovano, e Oscar Peterson, entre outros.
Nos últimos anos de sua carreira, ele tocou regularmente com o pianista Kenny Werner. Em 2014 ele começou a cancelar concertos devido a problemas de saúde.
Como um líder, Thielemans gravou 26 álbuns aos quais adicionou outras centenas nas quais participou como membro de vários outros conjuntos.
Em 2011, o rei Albert II da Bélgica concedeu-lhe o título de barão. Nesse mesmo ano foi nomeado Professor Honoris Causa em duas universidades belgas. Em 2008, recebeu o prêmio NEA JAZZ MASTER 2009. No ano seguinte, ganhou o Amsterdam Concertgebouw Jazz Award, na Holanda.
Conheceu o nosso Maurício Einhorn e tornaram-se amigos. Na década de 1960, no ano de 1968, participou do Festival Internacional da Canção (da Rede Globo de Televisão) junto com o Toots Thielemans, como também no festival da Rede Record de Televisão. Em 1972, a convite do músico brasileiro Sérgio Mendes, residente nos Estados Unidos, Einhorn foi para esse país e chegou a tocar com famosos expoentes do jazz e principalmente com Toots Thielemans.


(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)

Nenhum comentário: