Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

ADEUS A ARETHA FRANKLIN

17 agosto 2018


A rainha do SOUL, ARETHA FRANKLIN, morreu quinta-feira (16/08) em Detroit aos 76 anos. Filha de um reverendo famoso, começou a cantar no coro da igreja de seu pai e sacudiu a cena musical dos anos 60 com a introdução de recursos do GOSPEL na música secular, com hits, hoje lendário, como You Make Me Feel - A Natural Woman do álbum Lady Soul - Data de lançamento: 1968.
Ela teve uma vida precoce e turbulenta, quando era apenas uma menina, um casamento violento e uma considerável história de desentendimentos e infortúnios. Em 2010,  sofria de câncer de pâncreas e sua saúde havia piorado há alguns meses. Com isso, desaparece o último grande sobrevivente da idade de ouro da música negra norte-americana.
Ela nasceu em 1942 em Memphis (Tennessee), mas cresceu no mesmo lugar que se despediu em Detroit (Michigan), a outrora próspera capital da música e do automóvel. Era uma das muitas famílias afro-americanas que nos 40 migraram do sul para o norte no calor do "boom" industrial. O esplendor do jazz e outros ritmos em cidades como Chicago ou na já mencionada Detroit são entendidos a partir desse fenômeno econômico e demográfico.
Uma classe média afro-americana incipiente que se formou no cinturão industrial entrou em declínio. No entanto, Aretha já se tornara uma artista reconhecida. Seu pai foi LeVaughn Clarence Franklin, um pastor bem conhecido e influente, um amigo de Martin Luther King, cuja voz era tão musical que seus sermões terminaram publicados em registros fonográficos.
Foi no coro da igreja de seu pai que a artista começou a cantar, com suas irmãs, e estava em sua própria casa quando entrou em contato com o movimento dos direitos civis. Mas o privilégio de sua casa - dentro da comunidade afro-americana - não a livrou de uma infância difícil e, acima de tudo, muito breve. O Rev. C. L. Franklin, um bebedor e acusado de abuso sexual em sua biografia, teve outros filhos fora do casamento e sua esposa Barbara, mãe de Aretha, os abandonou. Aos 12 anos, ela engravidou de um menino de  escola e aos 15 anos ela já tinha seu segundo filho com outro homem. Ambos carregam o sobrenome Franklin. Ela se casou aos 19 anos com Ted White, que foi violento com ela e se divorciou oito anos depois. Eles tiveram um menino. Anos depois, ela se casaria (e se divorciaria) de novo e teria um quarto filho. O reverendo Franklin morreu em 1984 depois de passar cinco anos em coma como resultado de um tiroteio quando enfrentou ladrões.
Embora ela tenha começado a gravar na Columbia Records, os grandes sucessos vieram na Atlantic Records. No final dos anos 60, ela já havia se tornado um dos ícones da comunidade afro-americana, com canções que transpiravam reivindicações femininas e raciais. Ela cantou no funeral de Martin Luther King, a quem tinha conhecido como criança em sua casa, em 68, e também cantou em janeiro de 2009 na Casa Branca, quando Barack Obama assumiu o cargo e se tornou o primeiro presidente negro da história americana.

Baseado no artigo recém-publicado em "El Pais" na Espanha

Abaixo um vídeo de Aretha Franklin - You Make Me Feel Like - A Natural Woman - Kennedy Center Honors 2015


Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente Major foi uma grande cantora independente de jazz, pop, soul, tem raízes afro era muita boa
Carlos Lima