Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

RECORDANDO PHIL WOODS

03 outubro 2017

O saxofonista premiado - NEA Jazz Master - PHIL WOODS morreu há dois anos aos 83 anos e queremos aqui lembrar deste famoso mestre do jazz.
Em sua longa carreira musical de seis décadas, Woods desenvolveu um estilo bastante pessoal, apesar de sempre seguir com admiração o legado de Charlie Parker. Ele nunca abandonou a tradição do bebop.
Woods se retirou dos palcos e gravou em estúdio no início de setembro de 2015 devido a sua condição de saúde, logo depois de tocar a música "Charlie Parker with Strings" com seu trio e a orquestra sinfônica de Pittsburgh, no dia 4 daquele mês, tendo falecido em 29 de setembro de 2015, em East Stroudsburg, Pensilvânia.
Phil Woods começou a tocar saxofone alto aos 12 anos e estudou música com Lennie Tristano e nas escolas de Manhattan e Juilliard, onde também estudou clarinete. Como estudante do ensino médio, ele tocou com a Orquestra Charlie Barnet e depois trabalhou com Kenny Dorham, George Washington e Dizzy Gillespie, que teve um interesse especial em seu estilo bebop, lembrando muito o grande Parker.
Nos anos 60 tocou com Buddy Rich e fez turnês pela Europa com Quincy Jones e na União Soviética com Benny Goodman. Mais tarde, além de ensinar, ele organizou seu próprio quarteto e foi membro da grande banda de Clark Terry.
Desiludido com a vida política dos EUA, Woods mudou-se para a França no ano das revoluções dos estudantes em ambos os lados do Atlântico, em 1968, onde formou sua "European Rhythm Machine" que não teve muito sucesso. Quatro anos depois ele voltou para os EUA, instalou-se em Delaware, onde continuou sua carreira musical até seu falecimento. 
Woods gravou pouco como líder, mas muitas de suas gravações notáveis ​​ fez em conjuntos de outros músicos como Thelonious Monk, Herbie Mann, Bill Evans, Art Blakey, Lou Donaldson, Dizzy Gillespie, Art Farmer, Oliver Carter, Modern Jazz Quartet, Jimmy Smith, Ben Webster, Stephane Grappelli, Bill Evans, Gil Evans, Bryan Lynch, Oliver Nelson, Quincy Jones, Ron Carter, entre muitos outros.
Dentro de sua atividade como educador e mentor de jovens, nos últimos anos Woods promoveu a saxofonista Grace Kelly, com quem também gravou um álbum (2011: Man with the Hate tocou em vários concertos. Ele também foi um admirador e amigo da saxofonista chilena com sede em Nova York, Melissa Aldana. Sua dedicação ao ensino abrangeu várias décadas.
Além do prestigiado NEA Jazz Master, Woods ganhou quatro Grammy Awards e foi nomeado para outros sete. Sem dúvida um dos maiores saxofonistas alto da história do jazz e que deixou enorme saudade.


(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)

Um comentário:

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Estimado MÁRIO JORGE:

A discografia de PW como titular ou "sideman" é alentada, se consideradas as gravações dele para o selo italiano "Philology Records".
Vale a pena consultar porque alí temos momentos notáveis de criação, desse músico ímpar e que elevou o domínio da técnica do sax.alto às alturas, a par de um sentido melódico incomparável.
A meu juizo foi soberano após PARKER.

PEDRO CARDOSO