Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

RECORDANDO TOOTS THIELEMANS

23 agosto 2017

 














Em 22 de agosto do ano passado morreu o mais famoso intérprete em harmônica do jazz, TOOTS THIELEMANS, belga, na idade de 94 anos. Seu primeiro instrumento foi o acordeão, quando tinha 3 anos de idade. Com o tempo, ele também aprendeu guitarra e harmônica (gaita).
No jazz, ele se destacou como o executante de harmônica, mas também como guitarrista. Além disso, tinha uma imensa facilidade para fazer solos sozinho improvisando.
Thielemans descobriu o jazz durante a ocupação alemã de seu país. Muitos de seus amigos e familiares tiveram discos de jazz que lhe causaram um profundo fascínio. Ele ouviu Django Reinhardt e Stephane Grappelli e começou a tocar jazz em sua harmônica com um desenvolvimento técnico e emocional incomum.
Depois da guerra, ele tocou com músicos de seu país, mas no final dos anos 40 Benny Goodman convidou-o para se juntar a sua orquestra, depois de terem tocado juntos na Europa, mas dificuldades com o visto não lhe permitiu entrar os EUA até 1951. Se tornou cidadão norte-americano em 1958.
Uma de suas primeiras performances nos EUA foi com Charlie Parker e Miles Davis, mas durante essa década foi durante muito tempo músico com guitarra no George Shearing Quintet.
Em 1961, gravou sua famosa composição "Bluesette", que se tornou um padrão de jazz. Ele então trabalhou com Chet Baker, Bill Evans e outros grandes do jazz sob o guarda-chuva do empreendedor e promotor Norman Granz. Ele também foi um músico solo para vários filmes famosos como Midnight Cowboy, The Getaway, Sugarland Express, Turks Fruit e Jean de Florette.
Thielemans atuou em concertos com muitos músicos tais como: Ella Fitzgerald, Quincy Jones, Natalie Cole, Diana Krall, Johnny Mathis, Pat Metheny, Paul Simon, Billy Joel, Elis Regina, Herbie Hancock, Jaco Pastorius, Joe Lovano, e Oscar Peterson entre outros.
Nos últimos anos de sua carreira tocou regularmente com o pianista Kenny Werner. Em 2014, começou a cancelar concertos devido a problemas de saúde. Como líder, Thielemans gravou 26 álbuns aos quais ele somou meia centena de outros em que participou como membro de vários conjuntos.
Em 2011, o rei Alberto II da Bélgica lhe concedeu o título de Barão. Nesse mesmo ano foi nomeado Professor Honoris Causa em duas universidades belgas. Em 2008, foi premiado com o NEA JAZZ MASTER. No ano seguinte, ele ganhou o Amsterdam Concertgebouw Jazz Award na Holanda.

(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)

Um comentário:

Beto Kessel disse...

Bluesette, o tema da minha vida. Tive a satisfação de ver Toots ao vivo no Jazzmania e no Canecão! Uma lenda!