Em plena era da segregação racial nos EUA, Benny Goodman teve a coragem e
força para enfrentar os problemas inclundo TRÊS MÚSICOS AFRO-AMERICANOS em sua
grande banda e fazendo turnês com eles quando defendia o direito de ficarem nos
mesmos hotéis com os demais músicos brancos. Eles foram Lionel Hampton (vibrafone),
Teddy Wilson (piano) e CHARLIE CHRISTIAN (guitarra), este nascido
a 29/julho/1916.
Charlie Christian não foi apenas um dos primeiros a incorporar a guitarra
elétrica, mas tornou-se o guitarrista mais influente de sua época e um dos
pioneiros da guitarra no jazz moderno, sendo uma figura importante no início do
bebop e cool.
Charlie Christian é geralmente reconhecido como aquele que popularizou
a guitarra elétrica no jazz (embora não a primeira elétrica a ser usada) e que mostrou
a todos os guitarristas como o jazz poderia ser tocado nela.
Christian foi uma figura chave no desenvolvimento do bebop e do jazz cool,
ganhou exposição nacional como membro do Sexteto e da Orquestra de Benny
Goodman de agosto de 1939 a junho de 1941. Sua técnica de corda única,
combinada com a amplificação, ajudou a libertar a guitarra da seção de ritmo e
à frente como um instrumento solo. Muitos críticos e músicos consideram que
Christian era um dos pais fundadores do bebop, ou se não, pelo menos um precursor
disso.
Sua técnica de tensão e relaxamento ao improvisar na guitarra influenciou
até saxofonistas e arranjadores orquestrais. Christian morreu em 1942 de
tuberculose com a idade de 25 e foi enterrado em uma cova anônima em Bonham,
Texas. Uma comissão cultural do estado instalou no cemitério uma placa
comemorativa com o seu nome em 1994, mas o exato local de sepultamento deste
gigante do jazz permanece desconhecido.
(Extraído parte do blog Noticias de Jazz)
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CHRISTIAN EM 1919 |
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GIBSON ES 150 - primeira usada por Christian |
Infelizmente, não há nenhum filme disponível de Charlie Christian
tocando ao vivo, então incluímos uma apresentação com slides para essa faixa
que pode ser ouvida. Uma execução ao vivo caracterizando-se por um dos solos
mais longos do que Charlie normalmente tocava com Goodman, e é uma boa
indicação de suas incríveis habilidades de improvisação. Sua influência sobre
os guitarristas desde então tem sido enorme. O famoso guitarrista de jazz
Barney Kessel passou três dias com Charlie observando-o tocar.
Kenny Kersey (pi),
Charlie Christian (gt), Nick Fenton (bx) e Kenny Clarke (bat)
SWING TO BOP (Charlie Christian) - Live at "Minton's Playhouse", New York, 12/maio/ 1941
3 comentários:
Estimado MÁRIO JORGE:
O cidadão sabia tudo de guitarra e a gravação postada é um marco de solo: divisão, swing, improviso e absoluta clareza em cada nota.
Bela postagem.
PEDRO CARDOSO
SENSACIONAL ÓTIMA POSTAGEM DE UM ÓTIMO MÚSICO PENA QUE SÓ VIVEU 25 ANOS
CARLOS LIMA
Indubitavelmente "o pai da guitarra elétrica no jazz". Todos beberam dessa fonte". Kessel, Burell e outros.
Charlie saiu cedo desse mundo mas deixou indelével sua marca nele, com a mudança provocada na seção rítmica do jazz moderno,
Obrigado Mário,
"Nels"
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