Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

ADEUS A BOBBY HUTCHERSON

18 agosto 2016

 Bobby Hutcherson, nasceu em Los Angeles, 27 de janeiro de 1941, foi um dos mais importantes vibrafonista e marimbista de jazz. A sua forma de tocar o vibrafone sugere o estilo de Milt Jackson no seu fluxo melódico livre, mas o seu senso de harmonia e de interação com o grupo é inteiramente moderno. Hutcherson influenciou vibrafonistas mais jovens, como Steve NelsonJoe Locke e Stefon Harris.
Em 2010 recebeu o prêmio Jazz Master Fellowship Award da "National Endowment for the Arts" (NEA), um dos mais importantes prêmios concedidos ao Jazz nos EUA.
Hutcherson nasceu em 1941 em Los Angeles e quando criança, havia um piano em casa, tendo estudado com uma tia. Contudo, o seu real interesse por se tornar um músico profissional nasceu ao passar ocasionalmente na rua numa loja de discos e ouvir o vibrafonista Milt Jackson em "Bemsha Swing" no álbum de Thelonious Monk -  "The Giants of Jazz". O som de Jackson impressionou-o tanto que começou a trabalhar com o pai (pedreiro, de profissão) para juntar o dinheiro suficiente para comprar um vibrafone. Seguiram-se os estudos com o conhecido vibrafonista Dave Pike, e em breve Hutcherson tocava num grupo local. 
Em 1960, Hutcherson junta-se ao grupo liderado por Al Grey e Billy Mitchell. Um ano depois, o grupo atua no lendário Birdland em Nova York, em presença de Charles Mingus. Em breve Hutcherson muda-se definitivamente para Nova York, e assina com a etiqueta Blue Note. Em Nova York, além de Eric Dophy, seu conhecido de Los Angeles, rápidamente conhece John ContraneAndrew Hill e faz a primeira sessão gravada com Grant Green.
Hucherson trabalha com músicos como Dizzy GillespieHerbie Hancock e McCoy Tyner, mas tem uma estreia arriscada no trabalho "One Step Beyond" (1963) de Jackie McLean, seminal da New Thing, fornecendo uma harmonia não ortodoxa ao quarteto sem piano, mas o seu trabalho no álbum de Eric Dolphy "Out to Lunch", de 1964, é um dos seus mais magistrais trabalhos como sideman fornecendo uma textura vibrante a um quarteto também sem piano. Em 1965, a Blue Note publica a sua espantosa gravação de iniciante como bandleader "Dialogue". Hutcherson foi acompanhado nesse álbum por alguns dos grandes músicos emergentes: o baterista Joe Chambers, o baixista Richard Davis, o pianista Andrew Hill, o trompetista Freddie Hubbard e o saxofonista Sam Rivers.
Bobby Hutcherson pode facilmente ser incluído entre os mais importantes vibrafonistas da história do Jazz, com muitos trabalhos como lider, mas relevantes são também as participações como sideman, Ao todo Bobby Hutcherson assinou 39 álbuns e dezenas de participações como sideman.
 Faleceu a 15 de agosto de 2016 em sua casa, em Montara, California.


Um comentário:

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Estimado MÁRIO JORGE:

E participou do premiado "Por Volta da Meia Noite" ("Oscar" de trilha sonora para Herbie Hancock e indicação de melhor ator no mesmo prêmio para Dexter Gordon), com brilho ainda que em papel com pouca presença.

PEDRO CARDOSO