Série “PIANISTAS
DE JAZZ”
Algumas Poucas
Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
20ª Parte
(24)(b) BILL EVANS Acima de qualquer nivel (Sequência)
A
filmografia de BILL EVANS, ainda que reduzida, nos brinda com excelentes
momentos de seus desempenhos, principalmente em trio. Assim, temos:
(01) The Subject Is Jazz, U.S.A., 1958,
série para a televisão em 13 módulos de 30 minutos cada um, com BILL EVANS
no módulo 13 (“The Future Of Jazz”);
(02) Bill Evans Trio, U.S.A., 1968, 20 minutos, produção para a televisão,
execução de “So What”;
(03) Bill Evans, U.S.A., 1968, 17 minutos, direção de Leland Wyler,
gravação de 03 números em clube, um deles com Scott laFaro (“Jade Visions”);
(04) Jazz At Maintenance Shop, U.S.A.
(versão brasileira dentro da série “O Melhor do Jazz”), 1979, 59 minutos,
gravação para a televisão de apresentação do trio de BILL EVANS em clube
de Iowa;
(05) Jazz Connections - Bill Evans, série da La Sept Art, França, 1996, 53 minutos,
percorre de forma concentrada boa parte da biografia de BILL EVANS, com
excelentes tomadas e fotos de suas infância, juventude e fase adulta, além de
interpretações em trio e depoimentos de músicos de JAZZ;
(06) The Universal Mind Of Bill Evans – O Processo
de Criação, Raphsody
Films, 1991, 44 minutos, produzido por Helen Keane “manager” de BILL EVANS
e rodado em Baton Rouge, Louisiana, com apresentação de Steve Allen;
(07) Piano Legends da série“Naipes do Jazz”, apresentação de Chick
Corea, com BILL EVANS como um dos destaques por sua introspecção e
romantismo em piano.solo;
(08) Bill Evans Trio - The Oslo Concerts, Sanachie, 70 minutos, BILL EVANS em trio, Outubro/1966 no “Oslo Munch Museum” com Eddie
Gómez e Alex Riel executando 07 temas e em Agosto/1980 no “Molde International
Jazz Festival” com Marc Johnson e Joe LaBarbera, executando 04 temas e
entrevista de BILL EVANS ao final;
sobre o “Molde International Jazz Festival” (Molde, Noruega, 1961 a 1980,
organizado pelo “Storyville Jazz Club”),consulte o respectivo verbete no livro
de Mario Jorge Jacques (MAJOR),“Glossário do Jazz”, 2005, 1ª Edição.
A BIBLIOGRAFIA
referente a BILL EVANS é extensa, já que a prática totalidade de obras
sobre JAZZ se alongam ou, pelo menos, citam-no em verbetes e comentários. Como
exemplos entre outras dezenas indicamos os citados a seguir:
(01) Gran Enciclopédia Del Jazz, Editora
SARPE / Espanha, 1980, contém extenso e bem montado verbete sobre BILL EVANS
nas páginas 601 a 603;
(02) The Great Jazz Pianists, Len Lyons, 1983, DaCapo Press, U.S.A., seguramente
um dos melhores livros com conteúdo “jazzístico” dos já escritos, tem nas
páginas de 218 a228 alentada entrevista de 1974 com BILL EVANS,
realizada em quarto de hotel em Monterey com arremate nos estúdios da Fantasy
Records em Berkeley; BILL EVANS enfatiza que ouve e analisa
todo o trabalho de Parker, Gillespie e Getz, suas origens em J.S.Bach e suas
atenções e técnica voltadas para a forma, a estrutura e a harmonia, com a
melodia subjacente;
(03) Los 100 Mejores Discos Del Jazz, Jorge Garcia, Federico G. Herraiz, Federico Gonzáles
e Carlos Sampayo, Editora La Máscara, 1993, Espanha, inclui entre os 100
melhores além do “Kind Of Blue” de Miles Davis e do “The Blues And The Abstract
True” de Oliver Nelson, ambos com a participação de BILL EVANS, 02 álbuns
com BILL como titular e em trio - “Waltz For Debby” e “Alone (Again)”;
(04) Els 25 Grans Del Jazz, Miguel Jurado, 1996, Editora Pirene e Proa,
Barcelona / Espanha (texto em catalão), dedica as páginas de 75 a 79 aum bom
histórico sobre BILL EVANS (segundo o autor, um dos 25 “grans”);
(05) Os Grandes do Jazz, Ediciones Del Prado, 1996/1997, Espanha (tradução
para o português), apresenta bom histórico sobre BILL EVANS nas páginas
de 121 a 132 do 5º volume; traz acoplado CD com 11 faixas, 63’28”, que inclui
“Autumn Leaves”, “Turn Out The Stars”, “Nardis”, “Emily” e outras, gravadas na
turnê européia de 1969 (Itália, Dinamarca, Holanda), com Eddie Gómez e Marty
Morell;
(06) Kind Of Blue, lançado em 2007 (tradução de original americano de
2000), Ashley Kahn, é relato importante sobre a produção desse álbum, com
evidente destaque para BILL EVANS.
INDICAÇÃO RESUMIDA DE DISCOGRAFIA
A carreira discográfica de BILL EVANS
iniciou-se em 1954 (New York), ele então com 24 anos, caminhando a partir dai
por mais de 02 décadas de muito trabalho artístico até setembro/1980 no
"Keystone Corner" em San Francisco / Califórnia, aos 51 anos,
contabilizando cerca de 1.800 registros ("faixas"): a imensa maioria
foi de temas lançados discograficamente no mercado, além de diversos
"alternate takes" e umas poucas entrevistas.
Foi indicado para o "Grammy" em 03
oportunidades.
A prática totalidade de suas gravações encontra-se no
mercado com formação, data e local perfeitamente identificados, mas com alguns
poucos em que não há precisão quanto à data, ao local e/ou à constituição do
grupo integrante da gravação.
Esses registros de BILL EVANS também foram lançados no mercado em diversas coletâneas
mediante dezenas de acordos paralelos entre as gravadoras detentoras das
matrizes originais e os distribuidores em cada caso. Há coletâneas que não cuidaram bem do
produto, enquanto outras constituem-se em documentos sérios e bem tratados - tomamos como bom exemplo a coleção “The Jazz Masters” (101 CD’s e 03
volumes, Ediciones Folio S.A., 1ª Edição, 1996, Espanha, tradução para o
português), que teve reedição de 13 CD’s pela “Delira Música” em sua “Série
Jazz”; o CD nº 13 da coleção original
é dedicado a BILL EVANS e recebeu,
de nosso saudoso J.D.Raffaelli
e nessa reedição, as concisas e precisas notas do encarte, para álbum “obrigatório”
em qualquer discoteca seleta de JAZZ, pela reunião de temas clássicos ou
tornados clássicos por BIIL EVANS,
entre composições dele e de terceiros:
“Waltz For Debby”, “Nardis”, “Time Remembered”, “Twelve Tone Tune”, “What Are You Doing For The Rest Of Your
Life” e outros.
Considerando a alta qualidade da maior parte dos
registros com a participação de BILL EVANS, em estúdio ou ao vivo,
é extremamente arriscada e permeada pelo gosto pessoal a "aventura"
de selecionar o melhor desse músico ímpar. Por esse motivo a discografia
super-resumida apresentada a seguir deverá contar com a indulgência de nossos
prezados colegas Cjubianos, sendo certo que quaisquer consultas que me façam
será devidamente respondida com maiores detalhes (contatar-se pelo email "apostolojazz@uol.com.br").
A primeira gravação de BILL EVANS,
então com 25 anos, aconteceu em 1954 (única gravação nesse ano) em New York com
a banda de Jerry Wald.
01. Jerry Wald
And His Orchestra (arranjos de Al Cohn)
Jerry Wald (clarinete), BILL EVANS (piano) e demais
músicos não identificados
1954, New York,
album da MGM
(02). Miles
Davis – Kind Of Blue
Miles Davis
(trumpete), Cannonball Adderley (sax.alto), John Coltrane (sax.tenor), BILL EVANS (piano), Paul Chambers
(baixo) e Jimmy Cobb (bacteria)
02/março e 06/abril/1959, Columbia 30th
Street Studios (“a Igreja”), New York, album da Columbia
(03). Bill Evans – Explorations
BILL EVANS (piano), Scott LaFaro (baixo)
e Paul Motian (bateria)
02/fevereiro/1961, New York, album da Riverside.
Com seu novo trio BILL EVANS gravou
em 1962 nos meses de fevereiro, maio, junho e julho, entremeando gravações em
álbum.solo ("Bill Evans - Conception" para a Milestone), com as
orquestras de Tadd Dameron e de Benny Golson, em duo com o guitarrista Jim
Hall, novamente com seu trio e Herbie Mann e o álbum "Empathy" para a
VERVE (bela reunião com Shelly Manne), com a primorosa faixa "Let's Go Back
To The Waltz".
04. Emphaty
BILL EVANS (piano), Monty Budwig
(baixo) e Shelly Manne (bateria)
14/08/1962, New York. Album da
Verve
05. California
Here I Come
BILL EVANS (piano) Eddie Gomez
(baixo) e Philly Joe Jones (bateria).
17 e
18/agosto/1967, Village Vanguard, New York, album duplo da VERVE
06. Bill Evans Quintet
Harold Land
(sax.tenor), BILL EVANS (piano),
Kenny Burrell (guitarra), Ray Brown (baixo) e Philly Joe Jones (bacteria)
27 a 30/maio/1976, Berkeley, Califórnia, album da
Fantasy “Bill Evans – Quintessence”
07. Bill
Evans Trio
BILL EVANS (piano), Eddie Gomez (baixo) e
Eliot Zigmund (bateria)
23 a
25/agosto/1977, Hollywood, Califórnia, álbum da Warner Brothers “Bill Evans – You Must Believe In Sprsing”
08. Bill
Evans Trio
BILL EVANS (piano), Marc Johnson (baixo)
e Joe LaBarbera (bacteria)
02, 03 e
08/setembro/1980, Keystone Korner, San Francisco, Califórnia, album da
Milestone “Bill Evans – The Last Waltz”.
09. Importante
é o lançamento de 2012 pela“NOT NOW MUSIC” sob o título “Bill Evans
– The Riverside Years”, em estojo com 05 CD’s (“New Jazz
Conceptions”, “Everybody Digs Bill Evans”, “Portrait
In Jazz”, “Explorations” e “Sunday At The
Village Vanguard”), trazendo precioso encarte com texto de Peter
Gamble que comenta as gravações, datas, componentes etc. Item de qualidade e
para colecionadores exigentes.
Prosseguiremos nos próximos dias
Um comentário:
Olá, pessoal, tudo bem?
Sou Ivan Chagas, responsável pela organização do Gourmet Jazz Festival. Enquanto fazíamos o clipping, acabamos nos deparando com o seu site.
Gostaria de saber se você tem interesse em cobrir mais o evento :-)
Nosso site é o www.gourmetjazzfestival.com.br
Meu endereço é o contato@gourmetjazzfestival.com.br
Um abraço!
Postar um comentário