Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

THOMAS QUASTHOFF, CANTOR LÍRICO E DE JAZZ

17 agosto 2015

Não foi senão neste fim de semana que minha absoluta ignorância a respeito da existência deste cantor - que carrega em si, além de séria disfunção dos membros superiores, uma bela e potentíssima voz -, Thomas Quasthoff, se desfez parcialmente. Fui iluminado nesse sentido por um amigo, um editor com prodigioso intelecto, cujo amor pelo jazz nunca se demonstrou tão evidente quanto o que tem pela música clássica.

Disse-me ele ter chegado à faceta jazzística de Quasthoff através de buscas por suas interpretações em peças clássicas de Mozart, Schubert, Boulez, Mahler, Loewe, entre outros, em companhia de pesos pesados como Claudio Abbado, Anne Sofie van Otter, Charles Spencer e com a Filarmonica de Berlim no YouTube, onde também deparou-se com as interpretações na vertente jazzística.

Divulgo aqui uma pequena interpretação de TQ em Georgia On My Mind para servir de amostra para os que porventura ainda não o conhecem.


Vale a pena a pesquisa no próprio YouTube por mais amostras de seu timbre grave (que nos remete de imediato a Johnny Hartmann) e voz muito bem trabalhada.

E, adicionalmente, perceber como um defeito físico pessoal incapacitante para certas atividades - (que por sua vez nos remete de imediato a Michel Petrucciani) não se tornou limite para o desenvolvimento da sua arte e da beleza musical que transmite.


5 comentários:

MARIO JORGE JACQUES disse...

Muito bom barítono, vou atrás para ver o que tem de jazz. Valeu

APÓSTOLO disse...

Prezado MauNah:
Também ignorava Thomas até este momento.
Belíssima voz (timbre) e registro (barítono) acima de qualquer suspeita.
Perfeita interpretação do magnífico tema de Hoagy Carmichael, com uma dicção absolutamente clara em andamento que não permite erro.
Grato pela indicação e, como diz MJJ, vamos à internet.

Anônimo disse...

Amigos, pesquisando também desde ontem, localizei até agora 2 CDs dele, um de 2006 com Till Bronner chamado "The Jazz Album" (subtítulo Watch What Happens), e um outro de 2010, "Tell It Like It Is".

Estou ouvindo aos poucos mas, de antemão, estou muito bem impressionado com a emissão límpida, que permite entender as palavras perfeitamente - como já se referiu Mestre Apóstolo também, ao citar sua dicção - além de exceder nas variações rítmicas dentro das frases.

Até aqui, uma boa apresentação feita por esse amigo. Pena que não gosto de ópera, mas estou até cogitando ouví-lo em uma aria para ver como é.

Abraços,
MauNah

Anônimo disse...

Retorno para dizer que o CD de Quasthoff de 2010, mencionado no comentário anterior, é um desfile de canções populares bem interpretadas mas não o considero jazzístico, estando muito mais para uma obra pop. Não diminui a qualidade do intérprete, mas por outro lado, e a meu ver, também nada acrescenta para os amantes da "música dos músicos".
Abraços.
MauNah

Carlos Tibau disse...

Olha só. Também não conhecia. Muito bom mesmo.
Obrigado pelo post.
Abraço