Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

25 maio 2015


Série   PIANISTAS  DE  JAZZ
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
12ª Parte
 
(15)       DENNY  ZEITLIN   -   Influência de Bill Evans       (Resenha curta)
Dennis Jay Zeitlin, DENNY ZEITLIN, pianista, compositor e eventualmente percussionista, nasceu em 10 de abril de 1938 em Chicago / Illinois, filho de pai e mãe médicos mas também pianistas apaixonados.
ZEITLIN estudou piano com afinco, seriedade, dedicação, chegando a atuar em um grupo “dixieland” antes de descobrir o “bebop” e todo o denominado “JAZZ moderno”.    
A partir de então passou a atuar em trio nos arredores de Chicago, enquanto cursava  medicina e psicologia, ao mesmo tempo em que recebeu aulas de George Russell.
Atuou em clubes da Califórnia e em 1965 apresentou-se nos festivais de JAZZ de Newport e Monterey.
Diplomou-se em  música pela “Johns Hopkins University”, seguiu atuando e gravando simultaneamente com suas atividades de psiquiatria e de professorado na “California University”.
Na década de 1970 “descobriu” os sintetizadores, mas retornou ao piano acústico acompanhado por Charlie Haden.
Gravou com Herbie Hancock (“Jazz At The Opera House”, 1982), com Jeremy Steig e como titular.
ZEITLIN foi profundamente influenciado por Bill Evans (este habitualmente em suas apresentações tocava o tema de ZEITLIN “Quiet Now”), assim como por Lennie Tristano, projetando essas influências em suas gravações de 1965 “Carole’s Waltz” e “What Is This Thing Called Love”.
A internet oferece-nos a oportunidade de apreciá-lo nesse clássico de sua autoria “Quiet Now”, assim como sua presença e atuação no “Festival de Berlim” de 1983 com o hiper-clássico de Cole Porter “What Is This Thing Called Love”.
ZEITLIN viaja por frases com espaços amplos e pela atonalidade, bem pronunciados  em seus álbuns “Spur Of The Moments” (também de 1965) e “Gulf Stream” (de 1978).
Pianista de refinada técnica e de grande brilho, dotado de perfeita articulação, ZEITLIN produz sonoridade marcante amparada em controle absoluto da dinâmica, com perfeita capacidade de improvisação, de  invenção no fraseado.
ZEITLIN pode ser apreciado, além dos álbuns antes indicados, em suas gravações “Starburst” (1977), “Bird Food” (1981, com Charlie Haden), “Chelsea Bridge” (1983) e “Homecoming” (1986).
As gravações de ZEITLIN foram realizadas para os selos “Columbia” e “Sony”.
Também participou da trilha sonora do longa metragem “Invasion Of The Body Snatchers”.
 
(16)       JIMMY  YANCEY    -   Blues  &  Boogie-Woogie    (Resenha  curta)
James Edward Yancey, JIMMY YANCEY, nasceu em Chicago / Illinois em 20 de fevereiro de 1898 e faleceu com 53 anos em sua terra natal, no dia 17 de setembro de 1951.
Seu pai foi guitarrista e cantor.
YANCEY “estreou” no mundo dos espetáculos com 06 anos, como cantor e sapateador em companhia ambulante de vaudeville.
Dos 05 aos 10 anos (1903 / 1908) atuou na revista “Man From Bam” no “Pekin Theatre” de Chicago, à época o mais famoso teatro negro americano.
Após essa temporada e até 1911 retornou à estrada pelo território americano e no período de 1912 a 1914 (dos 14 aos 16 anos)  trabalhou em várias cidades da Europa: Londres, Paris,  Bruxelas, Budapeste e Berlim.
No ano de 1913 em Londres YANCEY apresentou-se no Palácio de  Buckingham para a família real, cantando e dançando.
A partir de 1915 iniciou o estudo do piano com ninguém menos que seu irmão Alonzo Yancey.     Passou a tocar em “rent parties” e em clubes de Chicago.
Simultaneamente passou a praticar  o beisebol.
Com 21 anos e em 1919 YANCEY casou-se com a cantora Estella Harris, famosa como “Mama” Yancey, passando a  acompanhá-la ao piano.
A partir de 1925 YANCEY passou a trabalhar como porteiro no estádio do “Chicago White Soc Baseball Team”, mantendo esse emprego até 1945.
1938 marca o renascimento do “boogie-woogie”, o que proporcionou a YANCEY uma projeção até então inexistente;  sempre foi de estranhar-se o fato de ter sido ignorado pelos produtores das gravações dos “race records” desde os anos 1920.      No ano seguinte, 1939, ele realiza suas primeiras gravações.
Em 1948 YANCEY apresentou-se em New York, com “Mama” Yancey, no “Carnegie Hall”.
Dessa época e até 1950 trabalhou regularmente no “Bee Hive Club” de Chicago, passando depois a  reduzir suas atividades em função de enfermidade, até falecer de coma diabética.
YANCEY, pianista tardio, ainda assim foi dos mais  autênticos e importantes para  o blues e, principalmente, para o “boogie-woogie”. 
Autêntico, original, vibrante, caracterizou-se pelos “baixos” como modelos de pureza (em muitos momentos utilizava somente de 03 a  05 baixos por compasso), com ritmos latinos que tangenciavam a habanera.   Popularizou as figuras com a mão esquerda. 
YANCEY influenciou toda uma “árvore” de cultores do “boogie-woogie”, passando por Pine Top Smith, Albert Ammons, Mead Lux Lewis, Dave Alexander, Roy Byrd, Don Ewell, Charlie Spand e Clarence Lofton.
Gravou em 1939 seu sucesso “Jimmy’s Stuff”, assim como “Beezum Blues”, “Big Bear Train”, “Lean Bacon”, “PLK Special” e outros temas;   em 1940 “35th And Dearborn”, “Yancey’s Bugle Call” e outras.
Prosseguiremos  nos  próximos  dias
 

Um comentário:

MARIO JORGE JACQUES disse...

Meu caro Pedro, DENNY ZEITLIN nunca ouví vou procurar, já Yancey velho conhecido boogie woogie zeiro. Mais Uma ótima resenha. Abraços