Série “PIANISTAS DE
JAZZ
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas”
12ª Parte
(15)
DENNY
ZEITLIN - Influência de Bill Evans (Resenha curta)
Dennis
Jay Zeitlin, DENNY ZEITLIN,
pianista, compositor e eventualmente percussionista, nasceu em 10 de abril de
1938 em Chicago / Illinois, filho de pai e mãe médicos mas também pianistas
apaixonados.
ZEITLIN
estudou piano com afinco, seriedade, dedicação, chegando a atuar em um grupo
“dixieland” antes de descobrir o “bebop” e todo o denominado “JAZZ
moderno”.
A
partir de então passou a atuar em trio nos arredores de Chicago, enquanto
cursava medicina e psicologia, ao mesmo
tempo em que recebeu aulas de George Russell.
Atuou
em clubes da Califórnia e em 1965 apresentou-se nos festivais de JAZZ de Newport e Monterey.
Diplomou-se
em música pela “Johns Hopkins
University”, seguiu atuando e gravando simultaneamente com suas atividades de
psiquiatria e de professorado na “California University”.
Na
década de 1970 “descobriu” os sintetizadores, mas retornou ao piano acústico
acompanhado por Charlie Haden.
Gravou
com Herbie Hancock (“Jazz At The Opera House”, 1982), com Jeremy Steig e como
titular.
ZEITLIN
foi profundamente influenciado por Bill Evans (este habitualmente em suas
apresentações tocava o tema de ZEITLIN
“Quiet Now”), assim como por Lennie Tristano, projetando essas influências em
suas gravações de 1965 “Carole’s Waltz” e “What Is This Thing Called Love”.
A
internet oferece-nos a oportunidade de apreciá-lo nesse clássico de sua autoria
“Quiet Now”, assim como sua presença e atuação no “Festival de Berlim” de 1983
com o hiper-clássico de Cole Porter “What Is This Thing Called Love”.
ZEITLIN
viaja por frases com espaços amplos e pela atonalidade, bem pronunciados em seus álbuns “Spur Of The Moments” (também
de 1965) e “Gulf Stream” (de 1978).
Pianista
de refinada técnica e de grande brilho, dotado de perfeita articulação, ZEITLIN produz sonoridade marcante
amparada em controle absoluto da dinâmica, com perfeita capacidade de
improvisação, de invenção no fraseado.
ZEITLIN
pode ser apreciado, além dos álbuns antes indicados, em suas gravações
“Starburst” (1977), “Bird Food” (1981, com Charlie Haden), “Chelsea Bridge”
(1983) e “Homecoming” (1986).
As
gravações de ZEITLIN foram
realizadas para os selos “Columbia” e “Sony”.
Também
participou da trilha sonora do longa metragem “Invasion Of The Body Snatchers”.
(16)
JIMMY YANCEY
- Blues &
Boogie-Woogie
(Resenha curta)
James
Edward Yancey, JIMMY YANCEY, nasceu
em Chicago / Illinois em 20 de fevereiro de 1898 e faleceu com 53 anos em sua
terra natal, no dia 17 de setembro de 1951.
Seu
pai foi guitarrista e cantor.
YANCEY
“estreou” no mundo dos espetáculos com 06 anos, como cantor e sapateador em
companhia ambulante de vaudeville.
Dos
05 aos 10 anos (1903 / 1908) atuou na revista “Man From Bam” no “Pekin Theatre”
de Chicago, à época o mais famoso teatro negro americano.
Após
essa temporada e até 1911 retornou à estrada pelo território americano e no
período de 1912 a 1914 (dos 14 aos 16 anos)
trabalhou em várias cidades da Europa: Londres, Paris, Bruxelas, Budapeste e Berlim.
No
ano de 1913 em Londres YANCEY
apresentou-se no Palácio de Buckingham
para a família real, cantando e dançando.
A
partir de 1915 iniciou o estudo do piano com ninguém menos que seu irmão Alonzo
Yancey. Passou a tocar em “rent
parties” e em clubes de Chicago.
Simultaneamente
passou a praticar o beisebol.
Com
21 anos e em 1919 YANCEY casou-se
com a cantora Estella Harris, famosa como “Mama” Yancey, passando a acompanhá-la ao piano.
A
partir de 1925 YANCEY passou a
trabalhar como porteiro no estádio do “Chicago White Soc Baseball Team”,
mantendo esse emprego até 1945.
1938
marca o renascimento do “boogie-woogie”, o que proporcionou a YANCEY uma projeção até então
inexistente; sempre foi de estranhar-se
o fato de ter sido ignorado pelos produtores das gravações dos “race records”
desde os anos 1920. No ano seguinte,
1939, ele realiza suas primeiras gravações.
Em
1948 YANCEY apresentou-se em New
York, com “Mama” Yancey, no “Carnegie Hall”.
Dessa
época e até 1950 trabalhou regularmente no “Bee Hive Club” de Chicago, passando
depois a reduzir suas atividades em
função de enfermidade, até falecer de coma diabética.
YANCEY,
pianista tardio, ainda assim foi dos mais
autênticos e importantes para o
blues e, principalmente, para o “boogie-woogie”.
Autêntico,
original, vibrante, caracterizou-se pelos “baixos” como modelos de pureza (em
muitos momentos utilizava somente de 03 a
05 baixos por compasso), com ritmos latinos que tangenciavam a
habanera. Popularizou as figuras com a mão esquerda.
YANCEY
influenciou toda uma “árvore” de cultores do “boogie-woogie”, passando por Pine
Top Smith, Albert Ammons, Mead Lux Lewis, Dave Alexander, Roy Byrd, Don Ewell,
Charlie Spand e Clarence Lofton.
Gravou
em 1939 seu sucesso “Jimmy’s Stuff”, assim como “Beezum Blues”, “Big Bear
Train”, “Lean Bacon”, “PLK Special” e outros temas; em 1940 “35th And Dearborn”, “Yancey’s Bugle
Call” e outras.
Prosseguiremos
nos próximos dias
Um comentário:
Meu caro Pedro, DENNY ZEITLIN nunca ouví vou procurar, já Yancey velho conhecido boogie woogie zeiro. Mais Uma ótima resenha. Abraços
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