Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

19 novembro 2014

ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS  -  32
DOUG RANEY, guitarrista norte-americano, nasceu na cidade de New York, estado de New York (cuja capital é Albany e que conta com outras 373 cidades, quantidade somente inferior à do estado da Califórnia com 482 cidades), nasceu no dia 29 de agosto de 1956, filho do também guitarrista Jimmy Raney (nascido em 20 de agosto de 1927, também filho de guitarrista, sua avó e portanto, verdadeira linhagem de guitarristas). 
De certa forma e com praticamente as mesmas idades, a “família” RANEY acompanha a linhagem dos Pizzarelli, já que o pai, John “Bucky” Pizzarelli (09 de janeiro de 1926), aprendeu a guitarra com 02 tios, assim como iniciou seu filho, John Pizzarelli (04 de abril de 1960) nos meandros do guitarrismo.
DOUG RANEY queria inicialmente ser baterista, mas com 13 anos optou pela guitarra e  interessando-se, em função do que era voga na época, por Eric Clapton, Jimmy Hendrix e Jeff Beck, assim como pelo “blues” de Muddy Waters e B.B.King.
Todavia e em função da coleção de discos de JAZZ da família, que seu pai deixou em New York ao mudar-se para Louisville (estado de Kentucky, estado com 97 cidades, capital Frankfort), DOUG desvencilhou-se dessa onda primária descobrindo Charlie Parker, Sonny Stitt, Bud Powell, Fats Navarro, Sonny Rollins e outros músicos de JAZZ.
DOUG passou a estudar a música desses ícones e, paralelamente, internou-se na audição dos discos dos guitarristas Charlie Christian, Wes Montgomery, Jim Hall, Tal Farlow e, nada como ter uma origem de qualidade, de Jimmy Raney, seu pai.
Aprofundou imensamente seus conhecimentos com o guitarrista Barry Galbraith (já resenhado anteriormente dentro desta série).
Estreou profissionalmente com o grande pianista norte-americano Alan “Al” Haig (Nutley / New Jersey, 22 de julho de 1924 a New York, 16 de setembro de 1982) em um “cabaret” de Manhattan, o “Gregory’s.
No ano de 1972 o pai de DOUG retornou a New York, o que possibilitou-lhe estudar com a maior seriedade a técnica da guitarra, seus recursos e toda as possibilidades de solo e de acompanhamento harmônico do instrumento.
Em 1975 DOUG adentrou por primeira vez um estúdio de gravação, tendo sido convidado para uma sessão de gravação do selo “Choice” com o pai, Jimmy, e com Al Haig, ocasião em que deixou registrado o tema “You Came To Her Front Out Of Nowhere” em quarteto.
No alvorecer do ano de 1977 (abril) DOUG forma um duo com o pai, em função de contrato com o “Bradley’s” de New York.
O duo permanece unido para um sucessão de apresentações, assim como para temporada européia.
DOUG gravou seu primeiro álbum como titular (“Introducing Doug Raney”) em Copenhague, muito bem acompanhado por Duke Jordan ao piano, Hugo Rasmussen no baixo e Billy Hart à bateria.  Mais adiante seguiram-se “Cuttin Loose” e “Stolen Moments” (1979).
Passa a residir na Dinamarca, gravando e apresentando-se em clubes com Horace Parlan em 1978, com Chet Baker em 1979 e com o saxofonista Bernt Rosengreen em 1983.
Nesse encontro com Chet Baker, DOUG teve a oportunidade de realizar extensa temporada de apresentações na França e na Itália.  
Durante a década de 1970 e na seguinte DOUG gravou intensamente para o selo “SteepleChase”, como titular ou contracenando com, entre outros, Kenny Barron, Joey DeFrancesco, Billy Hart, Duke Jordan, Jesper Lundgaard, Horace Parlan, Niels-Henning Ørsted Pedersen, Tomas Franck, Bernt Rosengren e Chet Baker, assim como com eles atuou em clubes e temporadas européias.
Com o pai DOUG gravou com bastante regularidade álbuns de qualidade superior, em que as harmonias e o “swing” são presenças de refinamento e de maravilha técnica.
DOUG RANEY como acompanhante é um guitarrista rítmico que sabe antecipar e sublinhar muito bem as intenções dos solistas que acompanha, com certeza inspirando-os.
DOUG RANEY, enquanto solista, é guitarrista de entranhada e fina melodia, agudo sentido harmônico com improvisação em linhas plenas de lirismo e de elegância.  Possui um fraseado impecável e muitíssimo bem articulado, com sonoridade clara, e perfeita definição das notas.
Como gravações de DOUG, entre as muitas que registrou até o momento, indicamos além das já mencionadas anteriormente:
-        “Introducing Doug Raney” (já pelo selo “SteepleChase”), 1977;
-        “Mr. P.C”, 1977;
-        “How Deep Is The Ocean”, 1978;
-        “West Coast Blues” (com Horace Parlan), 1978;
-        “Stolen Moments” (com o pai), 1979;
-        “Someday My Prince Will Come” (com Chet Baker), 1979;
-        “”Nardis” (com o pai), 1983;
-        “Solar” (com Bernt Rosengreen), 1983;
-        “Meeting The Tenors” (pelo selo “Criss Cross Jazz”), 1983;
-        “Lazy Bird”, 1984;
-        “Laura”, 1985;
-        Doug Raney Trio” (pelo selo Pony Canyon”), 2001.
Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo.

Nenhum comentário: