Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

COLUNA DO MESTRE LOC NO JB DE SÁBADO, 12/7

15 julho 2014

Nosso preclaro Mestre LOC, em vez de perder tempo com Copas do Mundo, manda muito bem no meio de campo da informação, que é o que interessa à torcida pelo Jazz.

Downbeat, a "bíblia do jazz", celebra 80 anos
Luiz Orlando Carneiro

"Para celebrar o 80º aniversário, na edição deste mês, a Downbeat - ainda considerada a “bíblia do jazz” - decidiu “olhar para o presente e para o futuro, e não para o passado”. Assim é que o editor, Bobby Reed, e os principais colaboradores da revista publicaram uma enorme lista comentada das “80 coolest things in jazz today”, ou seja, as “80 coisas mais legais (ou bacanas, como se dizia antigamente) do jazz de hoje”. Tais coisas incluem pessoas, lugares e clubes “que ilustram porque o jazz é uma arte tão vibrante em 2014”.

Vale recordar que há 80 anos, em 1934, quando nasceu a Downbeat, Louis Armstrong já era uma celebridade de apelo popular, e gravava em Paris algumas faces (em 78 r.p.m., é claro) para a Brunswick; Duke Ellington e a sua orquestra, também já famosos, brilhavam numa longa tournée europeia; Count Basie ainda tocava piano em Kansas City, na banda de Bennie Moten, cujo comando assumiria no ano seguinte, com a morte do chefe; Benny Goodman fundava a sua orquestra; Coleman Hawkins, o “reinventor do saxofone”, deixava a orquestra de Fletcher Henderson e trocava os Estados Unidos pela Europa, onde viveu e tocou até 1939.

Edição de junho da revista publicou lista de 80 destaques do jazz de hoje

Nesta edição comemorativa dos 80 anos, a Downbeat publica duas listas de maior destaque: a dos mestres vivos (“The living masters”) e a intitulada “The next generation” - uma seleção de algumas das estrelas em ascensão do jazz que poderão ser os living masters do futuro.

Os 10 mestres vivos do jazz assim nomeados pelos críticos da DB são: Os saxofonistas Sonny Rollins (83 anos), Ornette Coleman (84), Wayne Shorter (80) e Phil Woods (82); os pianistas Herbie Hancock (74) e Keith Jarrett (69); o baterista Roy Haynes (89); o guitarrista John McLaughlin (72); o baixista Dave Holland (67); o cantor Tonny Bennett (87), que não é propriamente um vocalista especializado, apenas, no modo de expressão musical chamado jazz.

Como os expoentes da nova geração, a DB nomeou os seguintes músicos, por ordem alfabética (sobrenomes): Ambrose Akinmusire, 32 anos, trompetista, que “estourou” depois de ter vencido a Thelonious Monk International Competition de 2007; Gerald Clayton, 34, pianista, filho e sobrinho dos afamados jazzmen John (baixista) e Jeff Clayton (saxofonista), respectivamente; Jason Adasiewicz, 36, vibrafonista de concepção bem free; Amir ElSaffar, 36, filho de pai iraquiano e mãe americana, e que emprega microtons e “arabescos” orientais nas suas peças e improvisações; Mary Halvorson, 34, a guitarrista mais vanguardista e “sônica” da cena atual; Julian Lage, 25, também guitarrista, ex-garoto prodígio, e que gravou, no ano passado, um belo CD, Free flying (Palmetto), em duo com o pianista maior Fred Hersch; o pianista-compositor Vijay Iyer, 42, filho de imigrantes indianos, que consolidou o seu prestígio, em 2012, com o CD Accelerando (ACT), eleito o “álbum do ano” pelos críticos da DB; Cécile McLorin, 24, de ascendência haitiana, a vocalista-sensação do jazz contemporâneo, desde que venceu a Thelonious Monk Competition de 2010; o já bem conhecido Gregory Porter, 42, vocalista (barítono) esongwriter, premiado com o Grammy 2014 na categoria best vocal jazz álbum (CD Liquid spirit, Decca); o baterista Kendrick Scott, 34, líder do quinteto Oracle (John Ellis, saxes; Mike Moreno, guitarra; Taylor Eigsti, piano; Joe Sanders, baixo).

DOWNBEAT CONSAGRA CÉCILE McLORIN SALVANT


Os resultados do 62º “Annual Critics Poll” da Downbeat (edição de agosto, já acessível na versão digital) consagraram, definitivamente, a vocalista Cécile McLorin Salvant (acima destacada). Ela foi a vencedora, no cômputo final dos votos de 154 críticos de jazz do mundo todo, nas seguintes categorias: melhor álbum do ano (CDs lançados no período junho de 2013-maio de 2014), com Woman Child (Mack Avenue), à frente do trio Aaron Diehl (piano)- Rodney Whitaker (baixo)-Herlin Riley (bateria); melhor vocalista (221 pontos), ganhando de Cassandra Wilson (130), Gretchen Parlato (90) e Dianne Reeves (90);Rising Star-Jazz Artist, ou seja, “estrela em ascensão” do ano, englobando todas as categorias; Rising Star também entre as vocalistas."

Nenhum comentário: