TRABALHO DE PESQUISA DE NOSSO EDITOR NELSON REIS
I – BATERISTA – “UM MÚSICO”
Pareceu sempre ao leigo, que o
baterista era um instrumentista de “segunda classe”. Que, tão somente, a
bateria era um acompanhamento rítmico e, que seu executante não necessitava de
grande conhecimento musical, bastando “um bom ouvido musical”, considerando que
quem sola a melodia são as cordas, sopros e o piano, cujos executantes
necessitam estudo teórico musical e prática instrumental.
Ledo engano. E, essa
“conceituação errônea” fez com que o baterista – durante bom tempo de sua
evolução – fosse “o mais mal pago” dos integrantes de um conjunto musical,
pois que necessitava sempre de um
solista da melodia, “para tocar o baile”.
O leigo, por força dessa
conceituação, não imagina que o baterista necessita de “estudo de percussão”.
Que deve ter conhecimento de notação musical. Que, quase sempre para ter
atuação junto aos demais músicos de boa formação, necessita ter conhecimento de
como a percussão funciona no conjunto, por força da composição e arranjo. Que,
assim como os tímpanos de orquestra sinfônica, a bateria de jazz sofre afinação
musical própria de cada tambor e homogeneidade de tonalidade dos pratos. Que os
tambores emitam notas percutidas com altura e tonalidade definidas para com os
demais instrumentos do grupo. Que o baterista necessita, muitas vezes, fazer um
estudo mais amplo através de outros percutidos, como o piano e/ou vibrafone .
Um exemplo, na música de jazz, é
o de Larry Bunker
que aparece em gravações como baterista, vibrafonista ou
pianista com excelentes desempenhos. Outros, também notáveis, foram Vick
Feldman, Chubby Jackson e Lionel Hampton. No Brasil, o conhecido baterista
Chico Batera, em algumas de suas apresentações, toca vibrafone ou marimba além
da sua habitual bateria.
II – O BATERISTA – PAUTA MUSICAL
Como dissemos, o baterista
normalmente possui leitura musical, conhecimento de teoria e solfejo e notação
de pauta para execução, como os executantes dos demais outros instrumentos,
além de estudo da própria técnica instrumental.
Assim, na sua pauta, ficam
configurados os chamados acidentes, como ataques, pausas e, ação de atuação
de cada peça da bateria como instrumento, como é feito para os demais
instrumentos musicais, pelo arranjador e/ou instrumentistas. Não é tão simples,
como parece ao leigo que o julga, muitas vezes, como mero acompanhante.
A título de exemplo, damos uma
pequena e parcial ilustração, feita pela baterista Vera Figueiredo em
publicação de revista, de notação de aprendizado aplicada a ritmos latinos.
Um comentário:
Prezado NELSON:
E o trabalho vai sendo enriquecido e aprofundado.
Vamos colecionando . . . .
APOSTOLOJAZZ
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