Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

ALEXANDERPLATZ , EM ROMA?

02 março 2013

Aqui mais um relato de viagem do nosso editor PeWham, narrando suas aventuras romanas em busca da musica dos músicos.

Com esse nome absolutamente germânico da mais que famosa praça berlinense, funciona em Roma o mais famoso clube de jazz da capital, só perdendo em prestigio na Itália para o Blue Note de Milão.  Num porão, ao melhor estilo novaiorquino, da simpática Via Ostia, desde que se desce a escada a atmosfera já está impregnada de musica com a decoração de capas de LPs, instrumentos musicais, velhas revistas expostas em grandes vitrines.



No pequeno bar e nas salas de musica e ao fundo do palco, paredes quase totalmente cobertas por fotos e mensagens deixadas escritas por muita gente boa que tocou por lá, de Chet Baker a Wynton Marsalis, Archie Shepp, Pharaoh Sanders, Joanne Brackeen, entre muitos, sem falar nos italianos da estirpe de Pieranunzi, Roberto Gatto, são registros marcantes da historia do Alexanderplatz.

Na noite gelada de domingo 24, apresentava-se a americana Joy Garrisson, que aparece bastante nos clubes italianos, está em constantes temporadas nesta casa, e é nada mais nada menos do que filha do grande baixista Jimmy Garrison(!), e devo dizer que foi uma bela surpresa. Muito comunicativa com a platéia, que aliás era mínima e não passava de umas vinte e poucas pessoas, a casa não tinha ocupada nem 20% da capacidade. Uma pena! A certa altura perguntou-me (sentava-me na primeira fila de mesas) de onde eu vinha, e a seguir se gostaria que ela cantasse uma musica brasileira, desconfio que sem saber que havia acabado de cantar, em inglês, "Nada será como antes", e por sinal num ritmo adequado e muito bem! Cantou então "Garota de Ipanema" onde já não foi tão bem. Brincou demasiado com a musica. Desfilou standards mostrando grande versatilidade nos tempos e na facilidade com que improvisava na divisão das frases. "Teach me Tonight", "Oh Lady be Good", e uma linda interpretação em "God Bless the Child", foram alguns dos temas.  Abriu o set e fechou com rapidíssimos e eletrizantes "Love for Sale" e "Foggy Day", apoiada num ritmo vertiginoso de baixo e bateria.





No acompanhamento, na bateria e no baixo dois jovens italianos, Amedeo Ariano e Francesco Pilisi apresentaram-se com muita competência. Ao piano, para mim dos três da “cozinha” o mais interessante, e já mais maduro, Claudio Colasazza, fez um belo solo em "My Funny Valentine" que tocou em duo com Joy. Colazsazza fez jus à tradição dos excelentes pianistas italianos, como o já referido Pieranunzi, Bolani, D’Andrea, Bonafede, Manusardi, entre outros. Valeu a pena, quem passar por Roma não deixe de ir conhecer o ALEXANDERPLATZ.

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