Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

JAZZ EM PORTUGAL

06 julho 2011



LUIS VILAS BOAS
Tivemos notícia, há uns poucos anos atrás, do incêndio ocorrido no HOT CLUB DE LISBOA, que em 2008 havia completado 60 anos de existência, havendo sido fundado pela figura mais emblemática da divulgação do jazz em Portugal. Trata-se de Luis Vilas Boas, que logo à partir do final da Segunda Guerra Mundial, sendo radialista e amante do jazz, fez surgir uma agremiação jazzística que tem sido um marco na cultura do jazz em Portugal. A velha sede, que incendiou-se, onde além de uma sala ( no “underground”) em que ocorriam as apresentações, situada na Praça da Alegria, em Lisboa, tinha também uma escola – no andar superior – que dedicava-se ao ensino musical da técnica jazzística, a qual fazia parte da Instituição. Pelas notícias posteriores que tivemos após o incêndio, o acervo cultural da agremiação havia sido salvo, pois havia sido removido do local anteriormente ao incêndio. Todavia, danificando todo o restante da sede sem condições de aproveitamento, tratando-se de um prédio bastante antigo, onde se situava. O local, onde grandes nomes do jazz como Count Basie e Errol Gardner haviam deixado suas impressões, ficou irreconstruível após o sinistro, irremediavelmente perdido.
Em julho de 1992, estivemos lá em visita por diversas noites onde, em uma delas, encontramos o saudoso Márcio Montarroyos, que estava de passagem por Lisboa, juntamente com Wagner Tiso, vindos de um trabalho que haviam feito juntos na Espanha.
Marcio foi convidado a subir ao palco para uma “canja” com o grupo que estava se apresentando naquela noite. Foi uma noite estupenda, onde o mundial idioma jazzístico reuniu em um mesmo palco, um português, dois alemães, um brasileiro, um americano e um inglês. Coisas que são proporcionadas por quem conhece a música, deixando fluir no ambiente consagrados temas como “In Walked Bud” e “ The Blues Walk”.
Infelizmente, não temos notícias onde, atualmente, o clube acha-se assediado após o sinistro, uma vez que Mestre Major esteve mais recentemente em Lisboa e, apesar de nossas trocas de “mensagens cibernéticas”, na ocasião, ele não conseguiu localiza-lo.




3 comentários:

APÓSTOLO disse...

Estimado NELSON:

Onde quer que esteja, vida longa para o longevo "Hot Club" dos irmãos lusitanos, que há tantas e tantas décadas mantem a chama do que é bom.

José Domingos Raffaelli disse...

Prezado Nelson,

Connheci Luis Vilas Boas quando numa de suas viagens de férias ao Rio.

Ele era o produtor do vitorioso Festival de Jazz de Cascais e, por sugestão minha, fomos ouvir no extinto clube Prudente Demais o sensacional conjunto O Nosso Sexteto, liderado pelo baixista Zerró Santos.

Vilas Boas ficou tão impressionado com o que ouviu, especialmente com o trombonista Roberto Marques, que aventou a possibilidade de levá-los a Cascais no ano seguinte.

Todavia, a KLM cancelou o patrocínio do evento.

Vilas Boas faleceu há alguns anos, deixando uma imensa saudade no coração de todos os que, como eu, tiveram a felicidade de conhecê-lo e desfrutar da sua amizade.

Keep swinging,

Raffaelli

APÓSTOLO disse...

E viva o Roberto Marques, trombonista da pesada. Um cracaço !