Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

SHOW EM PIRACICABA

16 outubro 2010


A Traditional Jazz Band Brasil, o Hot Club de Piracicaba e o Hot Club do Brasil se reúnem, no dia 05 de novembro de 2010, às 20hs30, no Teatro Municipal de Piracicaba “Dr. Losso Neto”, para o Show “100 anos de Django Reinhardt”.

JEAN-BAPTISTE REINHARDT, DJANGO REINHARDT, nasceu em Liverchies / Bélgica, com sua certidão de nascimento datada do dia seguinte, 24 de janeiro de 1910.
A partir de 23 de janeiro de 2010 foram iniciadas as comemorações dos 100 anos do seu nascimento, sem dúvida um dos maiores expoentes da guitarra no JAZZ.
Essas comemorações estão se prolongando por todo o ano de 2010. Particularmente na França, mas também em diversas cidades da Bélgica, por toda a Europa e nos Estados Unidos, as comemorações pelo centenário natalício de DJANGO tem se multiplicado, em reconhecimento à extraordinária contribuição desse músico de exceção para o JAZZ.
A Traditional Jazz Band desfilará clássicos do jazz tradicional gravados por DJANGO, o Hot Club do Brasil apresentará o puro “JAZZ manouche” e temas compostos pelo guitarrista cigano, enquanto que o Hot Club de Piracicaba desfilará temas com seu estilo em que combina de “JAZZ tradicional”, “JAZZ manouche” e música popular brasileira.
No final do espetáculo, os grupos se reunirão em uma grande “jam session”.

SOBRE DJANGO REINHARDT
A figura de DJANGO REINHARDT sempre foi objeto de admiração, pois sem formação escolar e musical mínimas, além de acidente sofrido aos 18 anos (ele perdeu a mobilidade dos dedos anelar e mínimo da mão esquerda), em que todos os prognósticos o davam como "liquidado" para a guitarra, ultrapassou obstáculos em direção ao JAZZ, a "música dos músicos".
Com infância nômade em carroça cigana ("roulotte"), sem ir à escola, somente a duras penas e já adulto, conseguiu assinar o nome em "letra de imprensa". Tocava de ouvido e aos 12 anos era considerado um verdadeiro prodígio.
Suas composições musicais foram transcritas para a pauta por músicos com quem tocou (Grappelli, Rostaing, Levêque e Hodeir).
Em 1928 sua mulher Bella fazia flores artificiais de papel e celulose para viver, enchendo a carroça de materiais inflamáveis; chegando de uma apresentação, DJANGO derrubou uma vela quando ia para a cama; a carroça foi incendiada e ele sofreu ferimentos na perna direita e na mão esquerda, tendo 02 dedos praticamente inutilizados. Contra a previsão dos médicos de que ele não voltaria a tocar guitarra e de que deveria amputar uma perna, DJANGO saiu do hospital pouco depois.
Seu irmão, Joseph Reinhardt, presenteou-lhe nova guitarra. Meses e meses de recuperação e de suprema força de vontade, levaram DJANGO a andar com auxílio de bengalas e a desenvolver uma técnica especial para retornar à atividade musical. Conheceu em Pigalle o grande músico francês Stéphane Mougin, que ensinou-lhe os rudimentos jazzísticos. Aproximou-se, pelo pintor Emile Savitry, da música dos grandes "jazzmens": Louis Armstrong, Lionel Hampton, Duke Ellington, Joe Venuti, Eddie Lang e outros.
DJANGO integrou a orquestra de LOUIS VOLA.
Em 1934 foi formado o “QHCF” = "QUINTETTE DU HOT CLUB DE FRANCE" pelo contrabaixista Louis Vola, que concedeu audição especial para Charles Delaunay (representante do selo Odeon) e, em apresentações na "Ecole Normal de Musique" e no "Hotel Claridge”, o quinteto foi aclamado com entusiasmo. Do quinteto fazia parte o violinista Stéphane Grappelli e logo o "QHCF" gravou os primeiros discos pelo selo Ultraphone, incluindo os clássicos do JAZZ "Tiger Rag" e "Dinah".
A música de DJANGO é o resultado da herança cigana com o JAZZ dos anos 30 e 40 e, portanto, com raízes em guetos culturais distantes das "culturas oficiais".
A incapacidade de sua mão esquerda fez com que criasse uma poderosa técnica autodidata, dominando as cordas de forma absolutamente original, com virtuosismo superior, inesgotável senso de improvisação e de "swing", tanto nas melodias quanto na percussão dos acordes.
Como compositor DJANGO deixou obras maiúsculas: "Daphné", "Nuages", "Swing 42", "Swing Guitars", "Djangology", "Minor Swing", "Swing 39" e "Manois De Mês Reves", para citar apenas as mais conhecidas.
GRUPOS PARTICIPANTES
Criada em 1964, a “TRADITIONAL JAZZ BAND BRASIL” (“TJB”) conta com Alcides “Cidão” Lima (bateria e washboard), Edo Callia (piano), Carlos Chaim (contrabaixo), Austin Roberts (trompete), William Anderson (trombone), Eduardo “Dudu” Bugni (guitarra e banjo) e Marcos Monaco (sax e clarinete).
Desde a sua criação, a “TJB” já vendeu mais de 100.000 CD'S e contabiliza em seu currículo participações em mais de quatrocentos festivais no Brasil e exterior. É considerada a única banda de jazz brasileira catalogada em museus e festivais de JAZZ internacionais.
Apesar de representar gênero musical sem tradição no cenário artístico brasileiro, a “TJB” é um marco histórico no Brasil e no mundo, já que poucas bandas de JAZZ conseguiram permanecer na ativa por um período tão longo, mantendo-se em evidência no cenário nacional, ao mesmo tempo em que ganhou projeção no exterior.
Segundo Callia, a base dessa longevidade é a boa convivência, diálogo e muito trabalho.
Paralelamente aos shows, a “TJB” desenvolve outros projetos. Desde 1990, a banda iniciou a série "Vamos ao Jazz", já assistida por milhares de espectadores. As apresentações semanais ao vivo contam com 30 programas selecionados e mais de 350 temas diferentes. Nos mais recentes 09 anos, a série “Vamos ao Jazz” está em cartaz no teatro da Livraria Cultura no Shopping Villa Lobos.
A “TJB” não depende de gravadoras e de distribuidoras de suas gravações, já que por meio da “TJB Empreendimentos Artísticos” a banda grava seus discos, assim como produz shows de outros artistas emergentes.
Os álbuns da banda estão disponíveis para compra na Livraria Cultura, pelo site do grupo www.jazzband.com.br e, também, são vendidos também após os shows da “TRADITIONAL JAZZ BAND BRASIL”.
Estão em preparo grande turnê da “TJB” pelas principais capitais brasileiras, livro comemorativo e a gravação de um DVD, comemorando os “primeiros” 45 anos de estrada da banda.
O “HOT CLUB DE PIRACICABA”, “HCP”, constituiu o seu quinteto em 2009 (QHCP).
Fernando Seifarth conheceu o virtuoso violonista piracicabano Otiniel Aleixo (o “Legal”) e ambos idealizaram o grupo com o propósito de tocar e divulgar o “JAZZ manouche” no Brasil, orientando o repertório para a música brasileira (choro, bossa nova e rítmos nordestinos).
Agregaram os músicos piracicabanos Ely Roberto (trompete), Eloy Porto (trombone) e Frank Edson (tuba), todos com grande bagagem de JAZZ e de MPB: estava então formado o quinteto ! ! !
O grupo se apresentou, pela primeira vez, no Teatro Municipal de Piracicaba em 2009, juntamente com a “TRADITIONAL JAZZ BAND BRASIL” (“TJB”), em noite dedicada ao “Jazz Tradicional” e ao “Jazz Manouche”. O show converteu-se em grande sucesso de público e de crítica.
Recentemente e em comemoração aos 100 anos do nascimento de DJANGO REINHARDT o “QHCP” realizou uma “Jam Session” com a “TJB” no auditório da Livraria Cultura, no Shopping Villa Lobos da capital paulista.
Informações nos endereços: http://www.myspace.com/hotclubdepiracicaba e http://www.myspace.com/qhcp
Com sonoridade vibrante e execução primorosa, o quarteto “HOT CLUB DO BRASIL” resgata a tradição do “Hot Club de France”, apoiado no “Gypsy Jazz” (“JAZZ manouche”).
Reunindo composições de Django & Grappelli, músicas brasileiras, francesas e “standards” do jazz americano, o “HOT CLUB DO BRASIL” tem o violonista belga Benoit Decharneux e o violinista paulista Sergio Janicki como a dupla responsável pelas linhas melódicas.
A base rítmica fica a cargo do violonista Albano Cunha Junior e do baixista Luis Umberto Bertrami.
Mais informações no endereço http://www.myspace.com/hotclubdobrasil


Um comentário:

Fernando disse...

E, se tudo der certo, o Apóstolo estará no evento, falando um pouco do Django na abertura. Gostaria que o MaJor tambem estivesse presente. Abraços.