Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

15 janeiro 2010

RETRATOS 13 = ERROLL GARNER
Um Panorama de 88 Teclas Mágicas

(I) BIBLIOGRAFIA

As enciclopédias clássicas e os livros sobre JAZZ, em geral e obrigatoriamente citam Erroll Garner mas, em contrapartida, a imensa maioria dessas publicações não lhe reserva espaço à altura de sua música.
Como já comentado em sua “Mini-biografia”, há inclusive parte da crítica e de escritores que não o entende como músico de JAZZ ou que, infelizmente, não lhe concede louvores após seus passos e gravações iniciais em New York (primeiros anos da década de 40 do século passado). Entendemos que os meios de comunicação, em boa parte das ocasiões, pressionam ditos “críticos” em função de data, de horário, de pauta e/ou espaço disponível em suas programações; resulta que esses “críticos” ficam encurralados pela falta de tempo, passando a ouvir pouco e com pouca atenção, sem profundidade, mais ainda quando se trata de material complexo, como o que Garner tocou e deixou registrado. Muito além do pouco ouvir e da falta de formação para entender qualidade, Garner é uma exceção acima dessas pressões e dos “críticos” de oportunidade, infelizmente a maioria.
Ainda assim e por dever de ofício desfilamos a seguir algumas publicações que, mesmo de forma sucinta, poderão servir de referência para o Leitor.

a. The Encyclopedia Of Jazz, Leonard Feather, 1ª edição, 1956 (reimpressão de 1960), U.S.A., página 223. Verbete simplificado mas preciso, redigido no meio da carreira de Garner (com foto na página 279). Feather indica Garner como tocando em “estilo inclassificável e completamente original”, no capítulo relativo à retrospectiva de 60 anos de JAZZ (páginas 21 a 51).
b. Diccionario del Jazz, Philippe Carles / André Clergeat / Jean-Louis Comolli, 1ª edição, 1995, Espanha (tradução de original francês de 1988), páginas 444-445. Um pouco menos avarento no espaço concedido, esboça boa perspectiva da vida e da obra de Garner.
c. Gran Enciclopédia del Jazz, Editora SARPE, 1ª edição, 1980, Espanha, páginas 675-676. Verbete bem conciso sobre Garner, ainda que a certa altura com crítica repetida por outros ("boas obras iniciais e, posteriormente, material de consumo").
d. Os Grandes Criadores do Jazz, Gérald Arnaud / Jacques Chesnel, 1ª edição, 1989, Portugal (tradução de original francês), página 50. Um exemplo de qualidade de crítica em espaço adequado.
e. Os Grandes do Jazz, Ediciones del Prado, 1ª edição, 1996, Brasil (tradução de original espanhol), 4º volume, páginas 97 a 108. Talvez o melhor sobre Garner como biliografia, apesar da péssima tradução.
f. O Piano no Jazz, Roberto Muggiati, encarte para a revista “Som Três”, 1982, Brasil, página 25. Pinta em meia página um perfil exato de Garner.
g. O Ragtime e os Caminhos do Jazz, Caio Vono, 1ª edição, 1989, Brasil, página 141. Foco preciso sobre o "estilo" de Garner.
h. Enciclopédia Ilustrada del Jazz, Brian Case / Stan Brit, 3ª edição, 1982, Espanha (tradução de original inglês), página 75. Verbete muito simplificado, mas correto, sobre Garner.
i. The Ilustrated Story of Jazz, Keith Shadwick, 1ª edição, 1991, Inglaterra, páginas 101-102. Excelente apreciação sobre a técnica de Garner.
j. Jazz – History, Instruments, Musicians, Recordings, John Fordhan, 1993, Inglaterra, páginas 81 e 180. Marca o estilo e o sucesso (“Concert By The Sea”) em poucas palavras.
k. Arte do Piano - Compositores e Intérpretes, Sylvio Lago, 1ª edição, 2007, Brasil, principalmente páginas de 527 até 530. Com certeza um dos melhores verbetes sobre Erroll Garner sobre o ponto de vista musical e de técnica pianística. Além do verbete mais 12 citações sobre Garner, em verbetes sobre diversos outros pianistas de JAZZ, caracterizando influências e descendências desse “mágico das 88 teclas”.

(J) FILMOGRAFIA

O material com Erroll Garner “ao vivo” não é tão vasto quanto sua discografia mas, ainda assim, reserva-nos excelentes momentos de prazer musical. Além do que é adiante citado, com certeza teremos nos próximos anos alguns lançamentos com a participação de Erroll Garner, em função do trabalho de recuperação de arquivos que vimos observando, particularmente na Europa Central.
As indicações a seguir contemplam, também, a participação de Errol Garner em trilhas sonoras, assim como de músicos executando seus temas.

a. A New Kind Of Love
U.S.A., 1963, 109 minutos, direção de Melville Shavelson. Parte da trilha sonora por Erroll Garner.
b. Especial de Erroll Garner
BBC, Inglaterra, 1964, 41 minutos, produção de Terry Hemebery e apresentação de Steve Race para a importante série “JAZZ 625”. Garner em trio (Kelly Martin / baixo e Eddie Calhoun / bateria), em diversos temas e ao vivo.
c. Negresco – Eine Todliche Affaire (My Bed In Not For Sleeping)
Alemanha, 1967, 93 minutos, direção de Klaus Lemke, trazendo Erroll Garner como convidado.
d. Play Misty For Me
U.S.A., 1971, 96 minutos, Erroll na trilha sonora, em longa metragem que marca a estréia de Clint Eastwood na direção.
e. JAZZLAND – Special Erroll Garner
ORTF
, França, coleção J.C.Averty, série Vintage, Estúdio 12, 29 de maio de 1972, 30 minutos. Garner em trio mais Jose Mangual na conga, executando diversos temas, destacando-se um “Misty” inolvidável.
f. Drive-In
U.S.A., 1976, 96 minutos, direção de Rod Amateau, contendo interpretação de Ray Stevens para “Misty”.
g. Poto and Cabeng
Alemanha / U.S.A., 1979, 73 minutos, direção de Jean-Pierre Gorin, com Erroll Garner na trilha sonora trazendo-nos o clássico “I Found A Million Dollar Baby".
h. Erroll Garner In Performance
DVD da “Kultur” (via-de-regra sinônimo de qualidade), que teve como consultora da produção Martha Glaser, com 02 “sets” (total de 18 temas), galeria de fotos e “bonus track” com “Misty”, e nos presenteia Erroll Garner em trio (Eddie Calhoun / baixo e Kelly Martin / bateria). U.S.A., 1995, 72 minutos. Na verdade é o total da apresentação de 1964 para a BBC, indicada no item “b” anterior, podendo apreciar-se muito da técnica e da musicalidade de Garner, além de suas famosas introduções, em que cria “suspense” até a decolagem de cada tema.
i. Erroll Garner 1963-1964
É mais um DVD de alta qualidade da série “JAZZ ICONS”, lançado em 2009. Erroll Garner apresenta-se em trio (Eddie Calhoun / baixo e Kelly Martin / bateria), na Bélgica/1963 e na Suécia/1964. São 60 minutos de interpretações de clássicos do populário americano, tais como “I Get A Kick Out Of You”, “Fly Me To The Moon”, “Thanks For The Memories”, “Where Or When” e outros (alentados 17 temas no total das 02 apresentações). Encarte com 20 páginas, texto bem descritivo sobre as apresentações, por John Murph.
Segue em
(K) DISCOGRAFIA EM CD’s - RESUMO

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