Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 44 - HENRY "RED" ALLEN

12 agosto 2008

O trompetista Henry James "Red" Allen Jr. era o filho do líder da Allen Brass Band da cidade de Algiers na Louisiana. Nascido em New Orleans a 7 de janeiro de 1908, ainda jovem tocou na banda do pai com o tio o clarinetista George Lewis e ainda na Excelsior Band (1924) e na Sam Morgan Band (1925). Em 1926 deixou New Orleans para tocar com os Sidney Desvigne's Southern Syncopaters no barco a vapor Island Queen fazendo a linha entre St. Louis e Cincinnati. Em 1927 juntou-se aos King Oliver's Dixie Syncopators quando de uma apresentação em St. Louis em turnê a qual não foi muito boa para Oliver retornando a New York quando então Allen fez as primeiras gravações com Clarence Williams.
No final da década de 20, retornou a New Orleans atuando com Fats Pichon e logo após juntou-se a Fate Marable no barco Capitol no rio Mississippi, nesse período foi descoberto por ‘olheiros’ da Victor, que pensaram encontrar nele uma alternativa capaz de rivalizar com o imenso sucesso da Okeh, ninguém menos que Louis Armstrong. Retornando a New York, grava quatro faixas para a Victor em 1929, acompanhado pela banda de Luis Russell, alcançando imediato prestígio entre os músicos de jazz. A partir daí, Red tornou-se o primeiro trompete das bandas de Russell de 1929 a 1932, de Fletcher Henderson de1933 a 1934) substituindo o grande cornetista Rex Stewart e da Mills Blue Rhythm Band de 1934 a 1937, estabelecendo-se como o melhor trompetista do período inicial do swing.
Após cumprir um contrato de gravações para a Victor onde fez vários registros sob seu próprio nome trabalhou com Duke Ellington, retornando então ao grupo de Luis Russell no qual defrontou-se com Louis Armstrong. Durante este período Allen fez várias gravações com Coleman Hawkins, onde cantava e executava o trompete. Permaneceu com Russel até 1940 quando passou a liderar combos atuando em nightclubs de New York e gravando com Jelly Roll Morton e Sidney Bechet em um revival de New Orleans e fazendo uma turnê com Billie Holiday. Nas décadas de 50 e 60 continuou ativo a liderar grupos em trabalhos com seus velhos amigos George Lewis, Coleman Hawkins e o trombonista Kid Ory até abril de 1967 quando sucumbiu a um câncer pancreático.
Em um artigo da Down Beat de 1965 intitulado — "Henry Red Allen o mais avant garde trompetista de New York" o crítico Don Ellis escrevia: — "Qual outro trompetista toca rítmos assimétricos em arranjo também suingante? Qual outro trompetista possui uma surpreendente variedade de cores de som, inflexões diversas, efeitos de meia- válvula, glissandos e o controle completo da emissão do som?"
Bem, Ellis naturalmente se referia a Louis Armstrong como sendo o "outro" já que Allen era com certeza o mais intenso e brilhante seguidor de Armstrong, contudo com enorme personalidade. Por vezes soa muito parecido mas se observarmos bem sua técnica é semelhante mas seu estilo é outro.
"Allen deixou marcas no início da carreira de Roy Eldridge que por sua vez influenciou Dizzy Gillespie" — "Allen é caprichosso, inquieto e altamente lírico.... seu sentimento melódico é governado quase completamente pelos blues infundindo em cada tema extenso emprego das blue notes". (Whitney Balliet).
Um de seus grandes trabalhos intitula-se — It Should Be You que escolhemos para ilustrar o Museu de Cera onde podemos atestar tudo o que foi dito acima.
Na abertura com Allen pode-se jurar que se trata de Armstrong depois desenvolve seu estilo e ainda temos Higginbotham, Holmes e Nicholas em ótimos solos.

It Should Be You - (Henry Allen) – Henry Allen & His New York Orchestra: Henry "Red" Allen (tp), J.C. Higginbotham (tb), Albert Nicholas (cl, sa), Charlie Holmes (sa), Teddy Hill (st), Luis Russell (pi,arranjo), Will Johnson (bj), Pops Foster (bx) e Paul Barbarin (bat)
Gravação original: Victor V38073 (mx 55133-3) - New York, 16/julho/1929
Fonte: LP Vintage series LPV 556 – RCA Victor , 1966 – USA

Boomp3.com

Nenhum comentário: